Vasco

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

CASAMENTO DE VASCAÍNOS - BELLINI

Deveria ter sido em  22 de dezembro de 1962. Não deu! No entanto, depois de dois adiantamentos, em 30 de janeiro de 1963, o zagueiro (cruzmaltino entre 1952 e 1961) Hideraldo Luís Bellini e Giselda Rodrigues de Oliveira compareceram a um local inusitado e casarem-se na capela da usina de Nossa Senhora Aparecida, em Itapira,  no interior paulista. Se bem que o pai da noiva, Antônio Rodrigues de Oliveira, era usineiro.
Foi  o casamento mais noticiado da paróquia, conforme noticiou a “Revista do Esporte” Nº 207, de 23 de fevereiro de 1963. Conta o texto (acompanhado por sete fotos, em duas páginas) que, entre fotógrafos e cinegrafistas, havia uns 200 profissionais cobrindo o evento. Sem falar do grande número de curiosos e de convidados.
O noivo, anotou o repórter, “subiu ao altar muito sério”, trajando paletó escuro e calça listrada. A noiva “estava belíssima, no seu moderno e arrojado vestido (branco) que recebeu os maiores elogios”. Sorriu o tempo todo, embora demonstrando “ligeiro embaraço” diante da multidão.
No instante do “sim” – está, também, na RE 207–, Bellini “portou-se com descrição”, enquanto Giselda “mostrou-se mais alegre (e nervosa) do que nunca. Os padrinhos do casal, no religioso, foram o presidente do São Paulo Futebol Clube (e então vice-governador paulista), Laudo Natel/esposa, e o igualmente dirigente do tricolor paulistano, Manuel Raimundo Pais de Almeida/senhora. A lua-de-mel foi em São Paulo, porque o atleta tinha compromissos (nos gramados) que lhe impediam de ir mais longe.
 Embora já tivesse deixado São Januário, quando casou-se, Bellini sempre será visto como uma cruzmaltino. Foi com a camisa do Vasco que ele consagrou-se e chegou à Seleção Brasileira, para ser o capitão e erguer a Taça Jules Rimet, em 1958, na Suécia. Além do mais, é o décimo atleta que mais defendeu a "Turma da Colina", com 430 atuações – fica atrás de Roberto Dinamite (1.110 jogos), Carlos Germano (632), Sabará (576), Alcir Portela (511), Barbosa (485), Mazaropi (477), Pinga (466), Coronel (449) e de Paulinho de Almeida (436).

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