O capixaba José de Anchieta Fontana, nascido em 31 de dezembro de 1940, em Santa Tereza, no Espírito Santo, não esperava ser titular, a curto prazo, no time do Vasco da Gama. Simplesmente, porque o clube tinha Russo para a sua posição, entre os aspirantes, e Barbosinha, no time principal. Mas chegou lá, depois de recusar convite de Zoulo Rabelo, para treinar no Fluminense, e de desprezar o São Cristóvão, pelo qual chegara até a preencher ficha de inscrição.
Entre os obstáculos enfrentados por Fontana para fazer nome em São Januário esteve a noite do sábado 16 de fevereiro de 1963, no Maracanã. Os cruzmaltinos venciam o Santos, com Pelé, por 2 x 0, pelo Torneio Rio-São Paulo. No decorrer da pelejaa, ele substituiu Barbosinha, e terminou sendo um dos principais personagens dos dois gols marcados pelo "Camisa 10", nos minutos finais.
Fontana marcava o "Rei do Futebol", que jogava com um supercílio ferido, e era sacaneado, por ele e Brito, que ironizavasm: "Cadê a Rei? Tem algum Rei aqui?". E foi, então, que deu no que deu. Pelé, após o empate, apanhou a bola no fundo da rede do goleiro Ita e a entregou a Fontana, sugerindo: "Tome! Leva para a sua mãe!"
Fontana foi um zagueirão tagarela, que se transtornava dentro de campo. Tentava irritar o adversário e reclamava muito dos companheiros que erravam uma jogada. Mas, fora dos gramados, era uma grande figura, garantiam os colegas. Ao lado de Brito, formou uma das mais famosas e temíveis zaga do futebol carioca da década-1960, por jogarem duríssimo "esbanjando vitalidade no menor lance", como definiu a "Revista do Esporte" Nº 345, ressaltando que os becões vascaínos não eram violentos. E explicava "a coragem e o empenho" com que eles se empregavam em campo: "Ambos venceram pela perseverança. Tiveram que lutar bastante e enfrentar muitos obstáculos antes de ganharem o prêmio de jogar no time titular do Vasco da Gama", escreveu o redator.
Fontana viveu até 10 de setembro de 1980. Fez parte do grupo tricampeão na Copa do Mundo do México, em 1970, tendo disputado 11 partidas com a camisa canarinha – venceu oito, empatou duas e perdeu só uma. A estreia foi em 8 de junho de 19656, com 3 x 1 sobre o Peru, ao lado do parceiro Brito, com o qual formal dupla de "xerifes", também, contra a então Tchecoeslováquia – 12.06.1966 (2 x 1) e 15.06.1966 (2 x 2); Argentina - 04.03.1970 (0 x 2) e 08.03.1970 (2 x 1); Paraguai - 12.04.1970 (0 x 0) e Romênia - 10.06.1970 (3 x 2), este seu único jogo pelo Mundial-70.
Fontana viveu até 10 de setembro de 1980. Fez parte do grupo tricampeão na Copa do Mundo do México, em 1970, tendo disputado 11 partidas com a camisa canarinha – venceu oito, empatou duas e perdeu só uma. A estreia foi em 8 de junho de 19656, com 3 x 1 sobre o Peru, ao lado do parceiro Brito, com o qual formal dupla de "xerifes", também, contra a então Tchecoeslováquia – 12.06.1966 (2 x 1) e 15.06.1966 (2 x 2); Argentina - 04.03.1970 (0 x 2) e 08.03.1970 (2 x 1); Paraguai - 12.04.1970 (0 x 0) e Romênia - 10.06.1970 (3 x 2), este seu único jogo pelo Mundial-70.
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