Sem erro! Ninguém famoso; ninguém indiscutível; ninguém
aspirando vaga na Seleção Brasileira; ninguém idolatrado pela torcida; ninguém
sondado por nenhum outro clube; ninguém inegociável, etc, etc, etc.
Confira a
patota: Jair Bragança, Ivã, Léo, Gomes, Fernando, João Luís, Wilsinho,
Peribaldo, Aílton, Catinha. Davam pro
gasto os já decadentes laterais Orlando e Marco Antônio, o meio-campista Zé
Mário “Pinóquio”, o indisciplinado meia Guina e o atacante Paulinho.
Ressalte-se o lateral-esquerdo Marco Antônio (tri em México-70) dava pena vê-lo
fazer cruzamentos de bola para a área.
Foi, então, que o “Almirante”
embarcou o seu homem da mala pra São
Paulo, levando antigos Cr$ 10 milhões de cruzeiros, para repatriar ao futebol
carioca o meia-atacante Jorge Mendonça, com 25 de idade e uma Copa do Mundo nos
costados-Argentina-1978. Ideia do Vasco da Gama: ter um nome de peso no time e
fazer a galera esquecer de Roberto Dinamite, que fora negociado com o espanhol
Barcelona; planos do jogador: mostrar que não era pipoqueiro, indisciplinado
taticamente e voltar ao escrete nacional.
Cria do Bangu (1971 a 1973), Jorge Mendonça
cresceu com a camisa do Náutico-PE (1973 a 1976) e chegou à fama com a do
Palmeiras, disputando 217 jogos e marcando 117 gols (1976 a 1980). Pelo escrete
nacional, foram 11 jogos e dois gols.
Nascido em 6 de junho de 1954, na
região de Silva Jardim-RJ, Jorge Pinto Mendonça estreou vascaíno no domingo 23
de fevereiro de 1980, diante de 40.150
pagantes, atraídos pela sua escalação. E, os 38 minutos do primeiro tempo,
marcou o gol da vitória da patota, por 1 x 0 América, no Maracanã, pela primeira rodada da Taça de Ouro do
Campeonato Nacional, espécie de Série A do Brasileirão, em jogo apitado pelo
carioca José Roberto Wright. Dos Cr$ 10 milhões que os vascaínos haviam gastos
naquela aposta, a renda da estreia do atleta fora animadora: Cr$ 3 milhões, 003
mil, 560 cruzeiros.
Treinado Por Orlando Fantoni, o
Vasco do dia teve: Jair Bragança; Orlando ‘Lelé”, Ivã, Léo e Marco Antônio
‘Tri”; Zé Mário, Guina e Jorge Mendonça; Wilsinho, Paulinho (Peribaldo) e
Aílton (Catinha), que, ainda, não se escrevia com “K”.
Jorge Mendonça não conseguiu o
sucesso que o Vasco da Gama dele esperava. Só ficou pela temporada-1980, tendo
sido negociado, em 1981, com o Guarani de Campinas, por Cr$ 15 milhões.
Reprodução de www.vaskipedia.com |
No dia seguinte, Pintinho completou os exames
médicos e foi para o gramado treinar com os reservas - os titulares haviam
jogado e vencido (2 x 1 São Paulo) na noite anterior, pela Taça de Ouro. Ao
cruzar com o goleiro Emerson Leão (recuperava-se de lesão), este sacaneou:
- Chegou cedo demais para o
treino... de amanhã, meu irmão!”
Carlos Alberto Pintinho estreou
vascaíno no 5 de março daquele 1980, em São Januário, diante de 7.691 almas e
com renda que até deu para pagar as despesas da pugna, Cr$ 661.830,00 cruzeiros. José Faville Neto-SP apitou e Paulinho
anotou: Vasco 1 x 0 Nacional-AM. A moçada do dia chamava-se: Leão; Orlando,
Ivã, Fernando e Marco Antônio; Pintinho, Guina e Jorge Mendonça; Catinha (Zé
Mário) Paulinho e Aílton (Peribaldo).
Carlos Alberto Gomes, o Pintinho,
carioca nascido em 25 de junho de 1955, esteve vascaíno somente em 1980/1981,
tendo da Colina partido para o espanhol Sevilla. Disputou apenas 13 partidas
pela Turma da Colina, não marcou
nenhum gol e nem conquistou nenhum título. Demorou pouco em São Januário porque
não conseguia se acertar com o treinador Zagallo.
Pela Seleção Brasileira, Pintinho disputou
quatro jogos do time olímpico-1972 e seis das equipe principal, entre 1977 a
1979.
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