Zagallo reproduzido do arquivo do Jornal de Brasília |
São muitas as superstições no
futebol, uma boa parte ligada ao número 13. Por exemplo: há muitas temporadas, a
ponta--direita era considerada uma posição maldita no Vasco da Gama; pela
década-1980, quando comandou a moçada de São Januário, o técnico Mário Jorge
Lobo Zagallo só trabalhava com o número 13 às costas da camisa. Mais? Havia atletas supersticiosos que só entravam em campo com o pé direito; batiam no chão, com a ponta da chuteira direita, por três vezes,
antes de cobrar uma falta; goleiro tocando com a chuteira, por três vezes, na
baliza, antes do início da partida. E mais e mais e mais, de uma lista
interminável.
A Última Ceia reproduzida em www.mercadolivre.com.br |
Acharam, também, de lembrar, que 13 fora o número de apóstolos juntos com Jesus Cristo na Última Ceia. Para a sexta-feira, valeu a data da crucificação de Cristo.
DOBRADINHA - A associação mitológica do número
13 com a sexta-feira começou em 1907, quando Thomas Lawson escreveu o livro
“Sexta-feira 13”, em torno de um corretor financeiro norte-americano que atuava
em Wall Street, manipulando valores e deixando os seus inimigos na miséria.
Antes disso, em 1882, William
Fouwler liderou, em Nova York, um grupo de 13 amigos para desafiar
superstições. A turma reuniu-se, pela primeira vez, na quarta-feira 13 de
setembro de 1881, mas deixou para oficializar tudo no 13 de janeiro de
1882. Os 13 amigos entravam no salão do
restaurante de Fowler passando por baixo de uma escada, derrubavam saleiros das
mesas e quebravam espelhos. Sempre em um dia 13.
Embora os 13 não achassem evidências
razoáveis nos séculos anteriores para que as sextas-feiras fossem consideradas
dias negativos, o certo foi que o dia uniu-se ao número 13 e os supersticiosos
não se desligam desse mito.
PULO DO BACALHAU - Ao disparar as suas maiores goleadas, o Vasco da Gama saltou o número 13. Mandou 12 x 0 Andaraí, em 29 de dezembro de 1937, e 14 x 1 Canto do Rio, em 6 de setembro de 1947, ambas valendo pelo Campeonato Carioca, com a primeira no estádio das Laranjeiras (do Fluminense), e a outra em São Januário, a casa vascaína.
Nas Laranjeiras, reproduzida de www.perspectiva online, o Vasco fez 12 gols no Andaraí. Faltou um para os 13. |
PULO DO BACALHAU - Ao disparar as suas maiores goleadas, o Vasco da Gama saltou o número 13. Mandou 12 x 0 Andaraí, em 29 de dezembro de 1937, e 14 x 1 Canto do Rio, em 6 de setembro de 1947, ambas valendo pelo Campeonato Carioca, com a primeira no estádio das Laranjeiras (do Fluminense), e a outra em São Januário, a casa vascaína.
O primeiro jogo da rapaziada em um dia 13 foi no sábado e no mesmo maio de 1916, levando 1 x 5 Brasil, pela mesmo Estadual da
Série C. Escapou da sexta-feira 13, por
questão de 24 horas. Subido à elite do
Campeonato Carioca, o primeiro encontro vascaíno com um dia 13 foi em um
domingo de maio de 1923, com 1 x 0 América.
Os rubro-negros já foram goleados pelos vascaínos em um dia 13 - reprodução de www.jornalheiros |
RUBRO-NEGRADA - Na mesma temporada, no 13 de dezembro, com 2 x 1 Madureira a rapaziada ficava com o título carioca, em um domingão festivo. Tão festivo quanto ao 13 de maio de 1945, um domingo, quando o Vasco mandou 5 x 1 Flamengo, pelo conquistado Torneio Municipal.
Em 1947, no domingo 13 de abril, temporada do título do Torneio Municipal, 4 x 1 América. E, pra fechar a primeira metade do Século 20, em nova temporada de título estadual, rolaram os 2 x 1 Flamengo, dominicalmente, também, no 13 de novembro de 1949.
Dali vamos ao calendário de 1970, quando a Turma da Colina quebrou o tabu, de 12
temporadas, sem carregar taças e faixas. No 13 de setembro, um domingão, rolou
3 x 2 América. Esperou-se mais sete temporadas, para um novo dia 13 pintar em
campanha vitoriosa vascaína. Daquela vez, em uma quarta-feira de abril, 3 x 0
Olaria. Coincidentemente, em mais um 13 de 1977, o de setembro, novo 3 x 0
Olaria, mas em uma terça-feira.
Pedrinho reproduzido de www.netvasco |
ESCORREGADEIRA - A primeira derrota vascaína em
época de títulos e em um dia 13 rolou no 1 x 2 Fluminense, pela Taça Rio, em
junho de 1993. Era domingo e não teve importância a escorregada, pois uma
vitória e um empate, no meio daquilo, valeram o caneco.
No 13 de fevereiro de 1999, um sábado, pelo Torneio Rio-São Paulo, ajudou em mais uma taça: Vasco 2 x 1 Palmeiras, dentro da campanha. Raspou a sexta-feira. O 13 parece ser mesmo um amigão de São Januário. Amistosamente, no de março de 1988, um sábado, a moçada não teve pena do Combinado de Petrópolis-RJ e sapecou 11 x 0. Barbaridade!
No entanto, no 13 de janeiro de 2013, quando o ídolo e meia Pedrinho se despedia do futebol, a moçada pegou mais leve e ficou pelo 1 x 0 Ajax, da Holanda, em um domingo.
APITO FINAL - Nem só de sucessos registram-se os dias 13 vascaínos. No de julho de 1947, a rapaziada levou uma chinelada do Bangu: 2 x 6, dominicais. Quando levou a sua maior sarrafada, o Almirante caiu por 1 x 10 Paladino, no 3 de maio de 1916, estreando no Campeonato Carioca da Terceira Divisão, no estádio da Rua General Severiano (do Botafogo). Portanto, jogo de 11 gols, faltando dois para o 13 pintar. E chega, né?
No 13 de fevereiro de 1999, um sábado, pelo Torneio Rio-São Paulo, ajudou em mais uma taça: Vasco 2 x 1 Palmeiras, dentro da campanha. Raspou a sexta-feira. O 13 parece ser mesmo um amigão de São Januário. Amistosamente, no de março de 1988, um sábado, a moçada não teve pena do Combinado de Petrópolis-RJ e sapecou 11 x 0. Barbaridade!
No entanto, no 13 de janeiro de 2013, quando o ídolo e meia Pedrinho se despedia do futebol, a moçada pegou mais leve e ficou pelo 1 x 0 Ajax, da Holanda, em um domingo.
APITO FINAL - Nem só de sucessos registram-se os dias 13 vascaínos. No de julho de 1947, a rapaziada levou uma chinelada do Bangu: 2 x 6, dominicais. Quando levou a sua maior sarrafada, o Almirante caiu por 1 x 10 Paladino, no 3 de maio de 1916, estreando no Campeonato Carioca da Terceira Divisão, no estádio da Rua General Severiano (do Botafogo). Portanto, jogo de 11 gols, faltando dois para o 13 pintar. E chega, né?
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