Reprodução da revista A+ Nº 265, de 1º a 7 dr outubro de 2005 - agradecimento |
As emoções de um GP de automobilismo, motociclismo começavam bem antes
da largada. Pela curtição daquelas belas meninas que desfilavam pela pista,
portando cartazes e enormes sombreros. Quem eram elas? Quase sempre, garotas
começando a carreira de modelo, selecionadas por agências do ramo para
patrocinadores de produtos associados aos GPs e às escuderias.
Não era fácil a vida delas durante uma
corrida. Não se alimentavam do bom e do melhor, como muitos pensavam. Nem mesmo
do tradicional frango e macarrão, ou com bife, ou com pizza, ou ainda do sushi
e do sashimi que pilotois e mecânicos comiam. Mandavam ver o que as suas
agências serviam, quase sempre lanchões. O vinho que algumas escuderias servem
à sua patota, nem pensar para elas. Comer bem mesmo só depois que receberem a
grana pelo serviço, mais de mil reais, a depender do oferecido pela diária.
À noite, quando
alguma escuderia oferecia uma churrascada com batatas, para confraternização da
sua moçada, elas não eram convidadas. Convite infalível era para dar quórum nas
festas de encerramento, quando se deveria babar o piloto vencedor.
Além de desfilarem com guarda-sois, as garotas
do GP recepcionavam convidados, distribuíam brindes de patrocinadores e
ciceroneavam pilotos. Todas eram obrigadas a colocar nos ouvidos protetores
para suportar o insuportável barulho dos motores.
De vez em quando,
elas esbarravam com outras mulheres nos boxes - mais velhas: engenheiras e
mecânicas das equipes e que, também, não escapavam de umas paqueradinhas.
Em 2015, o
Campeonato Mundial de Endurance tirou das meninas a chance de morder uma
graninha exibindo os seus belos sorrisos e corpos. Os cartolas deram um pit
stop naquela tradição do automobilismo, que glamuriou-se muito a partir da
década-1970, alegando que o papel da mulher na sociedade mudara. Para eles, não
havia mais porque colocá-las entre carros e homens, levando cantadas.
Na Fórmula-1, a proibição chegou em 31 de janeiro de
2018, com os cartolas dizendo que o desfile das belas modelos "não fazer parte dos valores da marca,
além de ser questionável com as normas sociais modernas". Para jornalistas
que acompanham a F-1, a decisão seria puramente comercial. Com o fim das grid girls, a categoria lucraria com o
espaço antes ocupado por elas.
Alguns salões do automóvel de vários
países também decidiram parar de associar carrões às imagens das belas modelos.
Evidentemente,
que elas não gostaram e espalharam pelas rede sociais que “o politicamente correto enlouqueceu”..
Quando nada, para o GP de Mônaco-2018, o principado conseguiu
autorização especial da Federação Internacional de Automobilismo uso das banidas grid girls, agrandando a pilotos como Lewis Hamilton, da Mercedes,
e Sebastian Vettel, da Ferrari.
Entre famosas ex-grdf grlls, a hoje atriz e apresentadora de TV Adriane Galisteu
conseguiu vaga para o GP Brasil-1993, acontecendo de conhecer e namorar o piloto
campeão Ayrton Senna.
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