Vasco

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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

CLUBE DOS ESQUECIDOS - RAIMUNDINHO


De um lado, o “Rei Pelé”,  que levou 65.157 pagantes ao carioquíssimo Maracanã, na expectativa de vê-lo marcando o seu milésimo gol, durante a noite de 19 de novembro de 1969. Muitos dos personagens daquele jogo já estão esquecidos, entre eles Raimundinho, que era meia cruzmaltino e entrou em campo substituindo Acelino – Andrada: Fidélis, Moacir, Fernando e Eberval; Renê, Buglê e Benetti; Acelino (Raimundinho), Adílson e Danilo Menezes (Silvinho) foi o time.
Mas, quem foi este Raimundinho? Ele saiu do Villa Nova-MG, juntamente cm Eberval, e teve por seus últimos clubes representantes do futebol goiano, entre eles o Goiás, do qual guarda esta foto, reproduzida de WWW.OPOPULAR.COM.BR. Agradecimento.                                    CHEGADA - O treinador Paulinho de Almeida queria um bom banco de reservas para a temporada-1968. Fora para isso que ele substituíra Ademir Menezes, que substituíra Gentil Cardoso. Ambos não conseguiram fazer o Vasco decolar na temporada-1967.

Raimundinho fotografado por www.opopular.com.br

Para armar a sua patota, o treinador que fora lateral-direito vascaíno, examinou posição por posição e viu que, em uma delas, o mineiro Silvinho administrava bem a ponta-esquerda, mas seria bom ter uma sombra, pois não havia mais ninguém para o setor. E recebeu um outro mineiro, Raimundinho.
 QUANDO A NOTÍCIA do interesse vascaíno pelo futebol de Raimundinho chegou até a sua casa, Dona Nilda Romana Martins Pires se apegou com o Céu, para dar tudo certo, pois o seu marido, que ganhava pouco jogando pelo Villa Nova, de Nova Lima-MG, ainda tinha que trabalhar, como soldado da PM de BVelo Horizonte, para poder sustentar a casa e proporcionar boa criação à filha do casal, Rita de Cássia, de dois anos de idade. E saiu tudo conforme as suas rezas e mais rezas.
 Raimundo Nonato Pires, nascido em 22 de julho de 1942, em Santa Rita do Sapucaí, ao contrário do baixinho Silvinho (1m62cm), media 1m79cm de altura, algo não muito normal para o atleta brasileiro da década-1960. Ficou, logo, amigo do conterrâneo, com o qual brincava: “Já que somos mineiros, sô, cada um joga um tempo”. 
MARCAR GOLS para o Villa Nova-MG era hábito de Raimundinho, mas o seu forte era na armação de jogadas, o que já fazia desde os tempos em que defendia o Sete de Setembro (incorporado pelo América-MG, em 1997). Em uma emergência que o técnico Yustrich (Dorival Knippel) o lançou pela ponta-esquerda. Fisicamente, muito parecido com o antigo médio (atual volante) vascaíno Moacir Rodrigues (depois, treinador), ele ganhou elogios de Paulinho de Almeida, que o via fazer, com perfeição, o 4-3-3, e nunca ser surpreendido pelo adversário. Vencer em São Januário era, também, para ele, uma vitória sobre o racismo.
À edição de 10 de agosto da Revista do Esporte, Raimundinho contou ter sido dispensado do Atlético-MG, em seu início de carreia, como juvenil, porque o treinador Wilson de Oliveira “não gostava” de jogadores negros e os preteria, mesmo que fossem bons, em favor de um branco de nível regular.  
Raimundinho estreou como vascaíno, em 27 de julho de 1968, pela primeira rodada da Taça Guanabara, coincidentemente, no mesmo dia em que estreavam, também, o lateral-esquerdo Eberval e o zagueiro Moacir, contratados no mesmo “pacote” negociado junto ao “Leão do Bonfim”, o apelido do Villa Nova-MG.
SE ELE BRIGAVA, com Silvinho, para cada um jogar um tempo,  o técnico Paulinho de Almeida o atendeu, naquele dia em que mais de 33 mil torcedores foram ao Maracanã assistir Vasco 1 x 1 Botafogo  – Pedro Paulo; Lourival (Zé Carlos), Brito, Moacir e Eberval; Buglê, Alcir e Danilo Menezes; Nado, Nei e Raimundinho (Silvinho foi a “Turma da Colina.  
  Por ter sido muito mais reserva de Silvinho do que titular, Raimundinho só foi marcar um gol em 26 de abril de 1969, em Vasco 6 x 0 Madureira, no Maracanã, visto por 15.859 pagantes. Saiu aos 57 minutos do jogo válido pelo primeiro turno do Campeonato Carioca e o seu treinador já era Evaristo de Macedo – Pedro Paulo; Fidélis, Brito, Fernando e Eberval; Buglê e Alcir (Benetti); Nei Oliveira, Valfrido, Adilson (Raimundinho) e Silvinho foi a rapaziada. Raimundinho ficou até o Torneio Roberto Gomes Pedrosa-1969, a Taça de Prata, também chamada por Robertão. Em 1970, já não aparece mais nas escalações vascaínas.     
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