Zico, o maior ídolo da história do Flamengo, foi vascaíno por 45
minutos; Garrincha, o mais amado pela galera do Botafogo, por 90; Zizinho, o
maior craque brasileiro pré-Pelé, por 180, e Pelé, o “Rei do Futebol”, por 360.
Quem esteve também vascaíno, e poucos sabem, foi um dos maiores ídolos da nação
corintiana, o lateral-direito Zé Maria.
Na época, José Maria Rodrigues Alves pertencia
à Portuguesa de Desportos e ainda não tinha a fama que valeu-lhe, no Parque São
Jorge, o apelido de “Super Zé”. O Vasco o teve durante a Taça Guanabara-1968 e
a sua vascaínagem durou apenas 180 minutos, o tempo dos jogos contra o
Bonsucesso e o Flamengo.
Imagem reproduzida de álbum de figurinhas |
Pode-se dizer que ele foi quebrar um galho para o
“Almirante”, que precisava, urgente, de um lateral-direito, pois os
especialistas da posição – Ferreira, Jorge Luís e Ari – ficaram contundidos ao
mesmo tempo.
O treinador Paulinho de Almeida lembrou-se do garoto
convocado para a reserva de Carlos Alberto Torres e que entrara em alguns jogos
da recente excursão da Seleção Brasileira à Europa, México e Paraguai, atuando
muito bem.
A “Lusa do Canindé”, no entanto, não deixou o “có-irmão lusitano” se animar
muito. Avisou que precisava do seu jogador para o Torneio Roberto
Gomes Pedrosa, o Robertão, também chamado Taça de Prata.
Zé Maria nasceu em Botucatu-SP, em 18 de maio
de 1949. Filho de Durvalino Rodrigues Alves
e de Maria dos Santos Alves, jogava usando chuteiras-41, pesando 72
quilos, condizentes com seu 1m75cm de altura – 85cm de cintura. Ele sentiu-se
em casa, em São Januário, por conviver com o clima “lusitano” em que vivia em
São Paulo. Deixou saudadas na torcida pelas duas partidas disputadas n Maracanã:
03.08.1968
- Vasco 1 x 1 Bonsucesso, com arbitragem de Luís Carlos Félix e público
de 9.427 pagantes. Vasco do dia: Pedro Paulo (Errea); Zé Maria, Brito, Moacir e
Eberval; Buglê, Alcir e Danilo Menezes; Nado, Nei e Raimundinho (Silvinho).
08.08.1968 – Vasco 0 x 1 Flamengo, apitado por Armando Marques e assistido por
86.102 pagantes, 21.400 menores 5.415 caronas. O time: Pedro Paulo; Zé Maria,
Brito (Moacir), Ananias e Eberval; Buglê (Paulo Mata), Alcir e Danilo Menezes;
Nado, Nei e Silvinho.
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