Nesses tempos
modernos, de grande e rápida evolução da
tecnologia da informação, o jovem torcedor
só recorre ao noticiário veiculado
pela Internet. Pior para os atletas do passado. A galera de agora não é de
pesquisar em revistas antigas, onde
apareceram. Simplesmente, eles não existem. Assim, só grandes pesquisadores
são capazes de destrinchar todos aqueles que deram sangue e suor com a jaqueta
cruzmaltina, em tempos muitos antigos.
Jansen jogava também pelo time aspirante |
Na época do
“Expresso da Vitória”, entre 1945 e 1952, quando o Vasco era um dos mais fortes
do planeta, seus treinadores podiam contar com três times de bons atletas, pois
o sonho de todos era ir para São Januário. No entanto, como as equipes
ganhavam formação-básica constante,
muitos jogadores tinham poucas chances de atuar. São os mais do que esquecidos
de hoje. Caso, por exemplo, do capixaba Lola, dos gaúchos Sarará e Cabano, e de
Noca, só para citar poucos. A sorte deles é que havia a categoria de
aspirantes, para não ficarem parados
Em 1951, quando
Oto Glória comandava o time vascaíno, o então médio (atual volante) Danilo
Alvim recebeu três jogos de
suspensão. Apelar para improvisações de
Jorge e Alfredo não deu certo. Então, Lola teve mais sorte do que Sarará e a
sua chance. O que não sorriu para Aldemar, que foi se consagrar no Palmeiras,
como um dos melhores marcadores de Pelé.
Com Ademir Menezes também desfalcando a equipe
de Oto Glória, por contusão, a vez foi de Edmur. Como seria titular por
tempo marcado, o jeito foi ir para Portugal.
Quanto a Cabano, que não conseguia barrar Tesourinha, na ponta-direita,
disputava vaga, nos aspirantes, com Célio e Jansen.
Encerada a viagem do “Expresso da Vitória”, o
Vasco voltou a ser carregador de taça em 1956. Duas temporadas depois,
tornou-se “SS”, isto é, “SuperSuper” campeão carioca, com uma nova geração.
Quem são os
“supersuperesquecidos” daquela rapaziada? Já ouviu falar de Ramos? Frederico Ramos. Um capixaba, de Vitória,
nascido em 1931, dono de um emprego público e que custara Cr$ 200 mil cruzeiros
ao Vasco. Jogou uma partida da campanha de 1958, substituindo Sabará.
O mesmo caso viveu Roberto Peixoto Peniche,
mineirinho, de Palmas. Ainda era juvenil, quando o treinador Gradim,
surpreendentemente, o fez substituir Pinga, que foi substituído, também, por um
outro mineiro, o Dominguinho, isto é, Domingos Abdala, juvenil da Colina, desde
1956.
História idêntica
à dos dois substitutos de Pinga viveu o baiano Teotônio. Os vascaínos pagaram Cr$ 1 milhão para tê-lo, com 23 anos de idade. Só fez um jogo do “SuperSuper”, pois a camisa
9 tinha, entre outros “vestintes”, o
campeão mundial Vavá – da Copa da
Suécia. Também, Wilson Moreira, por sete jogos. Este, campeão, também, no Torneio Rio-São Paulo, aos 23 anos, seguiu o
destino de Vavá e foi para o futebol espanhol.
Como se observa,
Pinga tem sido muito citado. Foi um dos maiores ídolos da torcida vascaína da
década-1950, autor de 250 gols
vascaínos. Mesmo assim, o José Lázaro Robles já está no time dos poucos
lembrados. E olhe que foi capa de revistas em várias ocasiões. Bem como
Paulinho de Almeida, Laerte, Dario e Válter Marciano e até Orlando, campeão
mundial-1958.
Sabará, em foto reproduzida de www.supervasco.com, brigando com a turma do Real Madrid, em 1957, também já está esquecido |
Mas, se campeão do
mundo é esquecido, o que não dizer de Ortunho e de Viana? Integraram os grupos vencedores
dos Estaduais-1956/1958; dos Torneio Início-RJ-1958; Rio-São Paulo-1958; Paris-1957 e Tereza
Herrera-1957.
O primeiro, era um gauchão muito forte, um “armário”. Substituiu o lateral-esquerdo Coronel, em três pugnas do “SS”, pois mandava ver em qualquer setor defensivo.
De sua parte, Viana, com três substituições, também, era reserva do capitão Bellini. Aos 22 anos, vangloriava-se de ter marcado e vencido o então maior atacante do mundo, Di Stefano, do Real Madrid, na final do torneio parisiense. A galeria dos esquecidos é grande. Confira em futuras matérias.
O primeiro, era um gauchão muito forte, um “armário”. Substituiu o lateral-esquerdo Coronel, em três pugnas do “SS”, pois mandava ver em qualquer setor defensivo.
De sua parte, Viana, com três substituições, também, era reserva do capitão Bellini. Aos 22 anos, vangloriava-se de ter marcado e vencido o então maior atacante do mundo, Di Stefano, do Real Madrid, na final do torneio parisiense. A galeria dos esquecidos é grande. Confira em futuras matérias.
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