Pela décadas-1950 a 1970, a
rapaziada se fazia, escondidamente, com
os “catecismos” vendidos, mais escondidos,
ainda, dentro de revistas, ou livros insuspeitos.
Eram desenhadas, em preto e branco, por Carlos Zéfiro, em tamanho pequeno, contendo até 32 páginas que cabiam nos bolsos.
Eram desenhadas, em preto e branco, por Carlos Zéfiro, em tamanho pequeno, contendo até 32 páginas que cabiam nos bolsos.
As donas” (como chamava as
“gostosonas” de hoje) de Zéfiro eram donas de coxas e seios fartos. Todas,
rigorosamente, devassas, principalmente, quando a edição trazia uma viúva.
Circularam calculadas 862 historinhas sacaninhas, com tiragem média de cinco mil “catecismos”, as vezes atingindo 30 mil, a depender do grau de transpiração da aventura pornoerótica, enviadas aos vendedores por Hélio Brandão, proprietário de um sebo na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro.
Circularam calculadas 862 historinhas sacaninhas, com tiragem média de cinco mil “catecismos”, as vezes atingindo 30 mil, a depender do grau de transpiração da aventura pornoerótica, enviadas aos vendedores por Hélio Brandão, proprietário de um sebo na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro.
Carlos Zéfiro, na verdade, era o servidor
público Alcides Aguiar Caminha, que escondia-se da Lei 1.711, de 1952, prevendo
demissão por “incontinência pública escandalosa”.
Servidor da Divisão de Imigração, do Ministério do Trabalho, tinha cargo e casa humildes (de dois quartos), no subúrbio carioca de Anchieta. Precisava daquela renda para sustentar a família. Só saiu do anonimato em novembro de 1991, descoberto pelo jornalista Juca Kfuri, que o explicitou pela revista “Playboy”.
Servidor da Divisão de Imigração, do Ministério do Trabalho, tinha cargo e casa humildes (de dois quartos), no subúrbio carioca de Anchieta. Precisava daquela renda para sustentar a família. Só saiu do anonimato em novembro de 1991, descoberto pelo jornalista Juca Kfuri, que o explicitou pela revista “Playboy”.
Nascido em 26 de setembro de
1921, no bairro de São Cristóvão-RJ, aos 25 anos, casou-se com
Serat e gerou cinco filhos. Aos 58 de idade, terminou o ensino médio. Seus
desenhos eróticos surgiram após concluir curso dos generais-presidentes, o
editor Hélio Brandão foi preso e Caminha abordado. Mas não deu em nada.
Pelo mesmo
período, após surgirem revistas como “Ele&Ela” e “Playboy”, contendo fotos mulheres
exuberantes enuas, os “catecismos” foram para o inferno, e Zéfiro parou de desenha-los.
Na dédada-1980, com o fim da censura, duas editoras o relançaram.
Em 3 de julho de 1992, Zéfiro foi recebeu o
Troféu HQ Mix, no Rio, seu primeiro prêmio, na categoria de artista veterano,
pelo conjunto de sua obra. Dois dias depois, após voltar de uma festa,
sentiu-se mal e um derrame cerebral o tirou de cena, aos 70 anos de idade. Em
1996, a cantora Marisa Monte usou uma de suas “gostosonas” na capa e no encarte
do CD “Barulhinho bom”.
IMAGENS REPRODUZIDAS DA COLEÇÃO DE "CATECISMOS" DO KIKE
IMAGENS REPRODUZIDAS DA COLEÇÃO DE "CATECISMOS" DO KIKE
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