Protagonista de jogadas monumentais, especificamente, clássicas e
inteligentes, Ipojucan foi campeão carioca pelo Vasco da Gama de 1949/50/52,
formando um ataque fera, com Tesourinha, Maneca, Ademir Menezes e Chico, todos
jogadores que vestiram a camisa da Seleção Brasileira, pela qual foi campeão
pan-americano-1952, no Chile.
Pelo final da década-1960,
Ipojucan passava por problemas de saúde,
nefrite e artrite, no braço esquerdo e chorava a falta de solidariedade
dos que se diziam amigos, em seus tempos de craque badalado.
Reprodução de "O Cruzeiro" |
Ao saber do que acontecia, enviou um dirigente à capital paulista, a fim de ver atende-lo em todas as necessidades, inclusive, financeiras.
Além disso, os vascaínos propuseram um amistoso, com a Portuguesa de Desportos, o último clube de Ipojucan, com toda a renda em seu benefício.
No estado em que se encontrava,
o antigo meia cruzmaltino lia em jornais que ele estava na miséria, o que
negava, afirmando não precisar de esmolas, só de consideração, por achar-se
merecedor.
A uma revista carioca, ele queixou-se, em 1968: “Não é justo que agora, quando a saúde me impede de trabalhar, aqueles a quem eu servi me abandonem assim, com tanta indiferença”.
A uma revista carioca, ele queixou-se, em 1968: “Não é justo que agora, quando a saúde me impede de trabalhar, aqueles a quem eu servi me abandonem assim, com tanta indiferença”.
ALÉM DO VASCO, Ipojucan revelava
ter recebido apoio só da Fundação de
Garantia ao Atleta Profissional-FUGAP-RJ, presidida pelo ex-goleiro vascaíno
Humberto Torgado, e que a Lusa do Canindé só o procurou depois de ele ter conseguido assistência
médica no Hospital das Clínicas de São Paulo.
Sem nada ter a ver com a Portuguesa de Desportos, ele recebeu Cr$ 751 mio cruzeiros, grana razoável para o tratamento e proveniente da renda de um jogo entre os veteranos daquele clube e uma seleção paulista de velhos companheiros.
Sem nada ter a ver com a Portuguesa de Desportos, ele recebeu Cr$ 751 mio cruzeiros, grana razoável para o tratamento e proveniente da renda de um jogo entre os veteranos daquele clube e uma seleção paulista de velhos companheiros.
Jogador muito alto, para os padrões métricos do futebol brasileiro do
seu tempo, Ipojucan Lins Araújo, com o seu malabarismos que improvisava e
destilava genialidade com o pé esquerdo, tornou-se o quarto maior “matador da
Colina”, com 225 gols em 413 jogos, entre 1944 e 1954.
O treinador Flávio Costa considerava Ipojucan um artista com a bola. Nunca esquecia
do dia em que o meia driblou vários defensores do América e tentou o gol de
placa, permitindo a defesa do goleiro.
Reprodução de "Esporte Ilustrado" |
VAVÁ, BICAMPEÃO MUNDIAL-1958/62, atribuía a Ipojucan a sua titularidade no ataque vascaíno, a partir
de 1953, quando marcou dois gols sobre o
Bangu. Por uma de suas entrevistas, ele contou: "Eu era juvenil e fã dos
astros vascaínos. Em um daqueles tentos, o Ipojucan me deixou na cara do gol.
Malmente a bola chegou ao seu pé, já
estava à minha frente. Só peguei o embalo”
Ao deixar São Januário e ir para o Canindé, o alagoano Ipojucan formou
o seu primeiro ataque no nova casa ao lado do
magistral Julinho Botelho, e de Renato, Átis e Ortega.
Em 1955, ajudou a Lusa a conquistar o Torneio Rio-São Paulo. Ficou pelo clube até 1960, quando iniciou a carreira de treinador das suas categorias de base. Trabalhou até o abalo na saúde.
Nascido em Maceió, em 3 de junho de 1926, viveu até 19 de junho de 1978. Na véspera, a Seleção Brasileira empatava, por 0 x 0, com a dona da casa, pela Copa do Mundo-1978, na Argentina.
Em 1955, ajudou a Lusa a conquistar o Torneio Rio-São Paulo. Ficou pelo clube até 1960, quando iniciou a carreira de treinador das suas categorias de base. Trabalhou até o abalo na saúde.
Nascido em Maceió, em 3 de junho de 1926, viveu até 19 de junho de 1978. Na véspera, a Seleção Brasileira empatava, por 0 x 0, com a dona da casa, pela Copa do Mundo-1978, na Argentina.
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