O casal com os pais do noivo, reproduzido de www.blogrealmonarquias |
Noiva
casando-se com o pai do noivo? Só em livro de sacanagem! Ou em filme. Mas aconteceu no reino mais charmoso do
planeta. Não que rolasse uma sacanagem a três, mas tudo por conta de uma
tremenda gafe.
Rolava a manhã dia 29 de julho de 1981, na
catedral de Saint Paul, em Londres, quando a noiva Diana Frances Spencer chamou
o noivo Charles Philip Arthur George Windsor por Philip Charles Arthur George, o nome do pai.
Nada chocante, porém, para os 2.500 convidados, que nem se tocaram.
Nada chocante, porém, para os 2.500 convidados, que nem se tocaram.
A
cerimônia prosseguiu com o casal trocando alianças feitas do ouro da mina de
Saint David, no País de Gales, do mesmo veio que já dera argola à sogra da
nubente. Foram 70 minutos de cerimônia religiosa, 25 a mais do que um jogo de
polo a cavalo, esporte no qual Charles Philip batia bem na “gorduchinha”. Aliás,
para não perder a forma, rapidão, deixou
Diana gorduchinha, aferindo material de primeiro uso.
Para ouvir amigo de Charles ler espístola de
São Paulo aos coríntios e Sir John Betjeman poema de sua autoria, Diana
precisou cumprir uma lei mais antiga do
que a Inglaterra, o exame de virgindade, no qual foi aprovada por conta do
devagar e único namorado que tivera antes, Simon Berry, filho de um rico
comerciante de vinhos.
Vinho,
no entanto, não foi escalado para o almoço oferecido pela família real a 108
chegados, no Palácio de Buckingham. No lugar, entrou a champanhe Krug - linguado
com molho de ostras e frango ao creme Cornish foi o rango. Por sobremesa, bolo
de noiva, com 1m50cm de altura, pesando 84 quilos, dos quais 25 em marzipã,
cobertos por outros quilos de glacê.
Cinco andares de um bolo delicioso, reproduzido de www.pinterest |
Todo aquele trabalho do confeiteiro
David Avery foi decepado por Diana e pela espada de Charles, componente do seu
uniforme de gala da Marinha. De sua parte, ela uniformizara-se com um vestido
de tafetá de seda marfim, com pérolas naturais aplicadas no decote e nas mangas,
produção dos estilistas David e Elizabeth Emmanuel – o véu com oito metros de renda, a mesma
usada no casamento da Rainha Elizabeth I, meio-século antes.
E quem, entre as moças casadoiras do
reino, não estava de olhol no buquê da noiva? Este foi oferecido pela Royal
Companyh of Gardners, composto por rosas e orquídeas brancas, entremeado por
muguês, agardênias, frésias e um ramo de mirta, como no buquê da rainha
Vitória.
Penteada por Kevin Shanley, todas as
cabeças coroadas do mundo cumprimentaram a noiva, homenageada, pelo noivo, com
um hino religioso entoado pelo Coral Bach, de 150 vozes. A pedido dela, os
presentes ouviram, também, Kiri Te Kanawa
cantar, acompanhada por três orquestras,
“I vow to thee my country”, canção medieval que ouvia no colégio, quando
garotinha.
Todavia, nem só aquele som os convidados
ouviram. Também, por 30 minutos, dos dois sinos maiores e dos 12 menores da
catedral de Saint Paul, antes da chegada da noiva, e por mais quatro horas depois do final do enlace – isto
é o que se pode chamar de casamento bem sinalado.
A história
dessa história começou às 9h daquele 29 do 07 do 81, com o recebimento dos
convidados na catedral. Às 10h22, começava a rolar a carruagem da Raínha
El.izabeth II, seguida por por mais oito, numa das quais estava o noivo.
As
10h40, a noiva e o pai, o Conde Spencer, deixavam Clarence House e faziam um
trajeto enfeitado por flores azul, rosa e branca. À porta da igeja, Diana
ouviu a galera cantar o hino britânico, “God save the queen (Deus salve a
rainha)”.
Csamento selado, carimbado, colecionado |
Para a lua-de-mel, o casal, em traje de
passeio, partiu às 16h20, em carruagem que parou na Estação Waterloo, onde o
trem real esperava para largar às 17h em ponto, rumo ao vilarejo de Romsey, a
150km de Londres. Hospedou-se, por
alguns dias, no palacete de um amigo lorde e, depois, a bordo do navio
Britannia, viajou por ilhas do Mediterrâneo, até o Egito, de onde pegaram um
avião, para a Escócia.
Por fim, de volta a Londres, Charles e
Diana tinham duas mil caixas de presentes para abrir e fabricar um herdeiro ao
trono dos Windsor, o que foi comunicado à galera no 5 de novembro do mesmo
1981.
Em 21 de junho de 1982, chegava William, 12 da linha sucessória e que poderá ser o 42 rei da Inglaterra e 33 da linhagem de Guilherme o Conquistador. Em 15 de setembro de 1984, era a vez de pitar Henry Charles Albert David.
Em 21 de junho de 1982, chegava William, 12 da linha sucessória e que poderá ser o 42 rei da Inglaterra e 33 da linhagem de Guilherme o Conquistador. Em 15 de setembro de 1984, era a vez de pitar Henry Charles Albert David.
A história mereceu capa da mais importante revistas semanal brasileira |
Pena que, no meio dessa história, havia um tampax, que tapava o futuro e não deixou a ilha de Sua Majestade ver o último conto de fadas do século 20.
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