1 - Torcedores da década de 1960, costumavam contar que Mário Vianna levara
o volante Maranhão, para o Flamengo, e o Vasco o “roubara” da Gávea. Não foi
bem assim. Ao ver o baixinho atuando pela seleção maranhense, o ex-árbitro o
indicou aos rubro-negros, é verdade. No entanto, um amigo da família do atleta,
chamado Joaquim Pereira, arrumou uma passagem, com a Força Aérea Brasileira,
mandou buscá-lo e o levou para São Januário, o entregando a Hílton Santos. Isso
pelo final de 1958. Maranhão era tão mirrado, que o cara achou que ele fosse
infanto-juvenil. Logo, subiu ao time juvenil. Em 1961, já profissional,
tornou-se titular a partir do returno do Campeonato Carioca-1962. Foi bicampeão
de aspirantes e da Taça Guanabara de 1965.
CHEGOU AO VASCO, ACHANDO que estivesse no Flamengo. Errou
o clube e acertou no destino.
2 - Alcir Portella foi o quarto atleta que mais vestiu a camisa do
time de futebol vascaíno: 511 vezes jogos, de 1963 e 1975. Glória máxima: o
título de campeão brasileiro, em 1974, como capitão da equipe, posto ocupado
por 10 anos. Mesmo sendo um volante, função que obriga a fazer faltas, jamais
foi expulso de campo, o que valeu-lhe o Prêmio Belfort Duarte. Após encerrar a
carreira de atleta, Alcir foi contatado como empregado do Vasco, tendo sido
auxiliar técnico e treinador. Assim, participou das campanhas dos títulos dos
Brasileiros de 1974, 1989, 1997 e de 2000, a primeira como jogador e
as outras três como auxiliar. O único. Viveu durante 64 anos.
CRUZMALTINO EM TEMPO INTEGRAL. No mínimo, é o que se pode
escrever sobre Alcir Portella.
3 - O atacante
Valdemar, supercampeão carioca, em 1958, quando estava no Olaria, não se
conformava em ter sido barrado, com a chegada de Lorico, um meia revelado pelo
amador Esporte Clube Senador Feijó, de Santos-SP, que o Vasco buscara na
Portuguesa Santista. Profissional desde 1949, quando chegou à Seleção Paulista
de Novos. Lorico estreou no Vasco contra o Real Madrid, que era considerado o
melhor time do mundo. Além de Valdemar, dois outros campeões que saíram da
Colina aborrecidos com os cartolas foram Sabará e Bellini.
UM TRIO DE
EX-CRUZMALTINOS que pareciam não saber como eram as curvas do caminho da bola.
Um dos maiores ídolos tricolores, Telê Santana, deixou o Fluminense na
mesma situação. Depois de passar pelo Guarani de Campinas e o Madureira,
encerrou a carreira pelo Vasco. Feliz da vida!
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