Vasco

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

HISTORI&LENDAS DA COLINA - SANTANA

   Durante a noite em que o Vasco quebrou o tabu, de 12 anos, sem conquistar um título no futebol profissional carioca, em 1970, o massagista "Pai" Santana não deixou de fazer a sua festa particular.
Vestido de branco, acendeu 22 velas no gramado do Maracanã, segundo ele, para agradecer à ajuda do caboclo Pena Branca.  Além daquilo, espalhou sal pelo pedaço. 
 Depois, Santana trancou a porta do vestiário, escondeu a chave e avisou aos jogadores que ninguém poderia pisar no campo, antes do horário marcado, para subir o túnel que levava ao gramado.
 Se alguém lhe desobedecesse,  cortaria a sua corrente de energia positiva para a vitória, avisou. Assoprado o apito final, o "Pai" Santana “garantiu ter garantido” Vasco 2 x 1 Botafogo, com gols de Gílson Nunes e de Valfrido, por conta de sua reza brava.

                                                                SANTANSAMBA

Em agosto dee 1983, o Vasco da Gama fez aquela tradicionale scapadinha do Campeonato Carioca – muito normal, na época -  e foi morder uma ganinha na Europa. Já havia disputado um amtisoso na Alemanha e dois na Itália, quando foi encerrar o giro na também italiana Catânia. Era 18 de agosto ea rapaziada se aprontou para encarar o time do mesmo nome da cidade. O árbitro Rossario Lo Bello esperou o que pode, mas o adversário dos vascasínos não apareciam. Então, foi procurar saber da demora. Informaram-lhe que os jogadores do Catânia esdtasvam firmes a decisão de só entrarem em campo se a diretoria do clube pagasse um prêmio prometido e não cumprido. Que horror!

 Já que a bola não rolava, os 50 mil toredores presentes ao Estádio Angelo Massimino começaram a assobiar, gritar, xingar. Mas nada disso adiantava. Até que o massagista vascaíno Santana tomou uma providência inesperada: vestiu o seu paletó branco – já estava usado calça e camisa na mesma cor – e uma cartola. Adentrou ao garmado fazendo evoluções carnavalescas e contagiuou a galera. Enquatno ela fazia o seu espetáculo, os brasileiros Pedrinho (ex-Vasco) e Luvanor (ex-Goiás) convenceram os colegas a deixarem a cobrançaa para depois, em respeito ao público. E foram à luta.

 Antes tivessem continuado com a ameaça de grave, pois o Vasco mandou-lhes 4 x 0, com gols de Marcelo (2) e Amauri (2), formando com: Acácio (Orlando); Galvão, Chagas, Celso (Rondinelli) e João Luís (Roberto Teixeira); Serginho, Dudu Coelhão e Amauri; Ernani, Marcelo (Geovani) e Marquinho (Pedrinho Gaúcho), comandados pelo ex-apoiador vascaíno Carlos Alberto Zanatta.   

 Encerrada a partida, a torcida da terra nem se preocupou em apular os jogadores do seu time. Preferiu saudar, efusivamente, o animado massasgista Eduardo Santana, que teve de executar passos extras do seu repertório de sambista.       

Chamado pelos torcedores por “Pai Santana”,  por manter contatos imediatos com o além,  o mineiro Eduardo Santana fazia tabelinha com o 'preto velho' Pai Joaquim, com Santo António, Xangô e Joana D'Arc. Mas só  “para ajudar ao Vasco”, garantia. O que exigia-lhe vestir-se de todo branco e acender velas nos vestiários e gramados.          

Nascido em  Andrelândia, em 1934, Santana, aos oito meses,  foi  morar  em Salvador (com os pais), para  descobrir a magia dos terreiros do candomblé. Aos sete anos, estava no Rio de Janeiro. Ao 18, já era boxeador, campeão carioca e bra­sileiro dos meio-médio ligeiro.  Mas a sua batida maior seria em outro terreno: no futebol,  “enfeitiçado” pelo  treinador Gentil Cardoso. Só o seu desembarque em São Januário não é bem certo. Falam em 1953, mas, naquela temporada, Gentil não estava  por lá. Outros apontam para 1954 e 1957.       

O certo é que, entre entradas e saídas, o  massagista mais famoso que o futebol brasileiro já teve viveu mais de meio-século sob os ares da Colina. Brisa  que o ajudou a carregar os canecos de campeão brasileiro-1974 e da Taça Guanabara-1976/1977, só par citar poucos. Quando fez algumas puladas de cerca vascaínas, Santana passou por “sete casas diferentes”. Pé quentísismo! Em 1957, cam­peão carioca, pelo Botafogo. Em 1959,  da Taça Brasil,  pelo Bahia.

 |Na temporada citada acima foi quando o presidente da CBD, João Havelange, o convidou a trabalhar na entidade. Em 1961, esteve no Flamengo, juntamente o médico Hilton Gosling. Depois, Sílvio Pirilo convocou-o para servir a Seleção Paulista que disputou e ganhou o sul-americano de acesso, em Lima, Peru. Em 1969, papava mais um Estadual: pelo Fluminense. Em 1970, João Silva o encontrou, zanzanado, pela Ureca, e o levou para acertar, com as suas divindades, o fim da urucubaca, de 12 anos, sem títulos pelos lados da Rua General Almério de Moura. Por sinal, na  revista “Placar” Nº  26 (?), a reportagem sobra a conquista do título carioca de 1970, pelos cruzmlatinos,  um dos destaque era a foto do “glorioso Pai Santana” acendendo as suas velas no gramado do Maracanã. Uma grande figura do folclore da bola canarinha!                       

                    


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