Dizem que mineiro trabalha em silêncio. E parece
que, também, ouve baixinho. Ou nem escuta, parece. Exemplo? Em 1948, o Vasco
tinha um dos times mais fortes do planeta, rolando pelos trilhos a bordo do
“Expresso a Vitória”, que atropelava tudo o que encontrava pela frente – dentro
e fora do país. Seis meses depois de o time montado pelo uruguaio Ondino
Viera ter-se tornado o primeiro campeão sul-americano, a rapaziada estava
aprontando o festão pelos 50 anos de patente bem usada pelo
Almirante. E convidou o Clube Atlético Mineiro para um furdunço. O
Galo topou, achando que poderia ir à Colina reduzir o preju nas
sete encruzilhadas em que havia cruzado com a Turma da Colina, que
já lhe arrancara as penas em quatro oportunidades.
Veio, então, o 8 do 8 de 48 e o 8º duelo entre vascaínos
e atleticanos, amistosamente. A turma da casa deixou o terreiro pronto para os
galenses ciscarem, pois eles andavam querendo vingar os 2 x 0 do
jogo anterior, por um torneio homenageando o 8º prefeito de Belo Horizonte,
Octacílio Negrão de Lima. Enfim, que bicho deu? A moçada malvada de São
Januário torceu a crista do galináceo, enfiando-lhe 3 x 2 pescoço a dentro
e aumentando, para 5 x 2, o placar do confronto.
Apitado pelo
mineiro Francisco Graça Filho, o jogo festivo rendeu Cr$ 120.880,00 e foi mais
uma vitória de virada, transcorrida assim nas redes: Lêro, aos 5; Ademir
Menezes, aos 42; Chico, aos 46 e aos 49, e Carlyle, aos 86 minutos . O time
vascaíno comemorou "bodas de prata" treinado pelo
“sargentão” Flávio Costa e festejando às custas de: Barcheta,
Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Alfredo: Djalma (Nestor), Ademir Menezes
(Maneca), Dimas, Tuta e Mário (Chico). Técnico: Flávio Costa.ericano-RJ.
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