Uma "beldade que desponta entre tôdas as estrêlas do grêmio cajuti". Com se acentuava na década-1950, foi assim que o hoje membro da Academia Brasileira de Letras, Arnaldo Niskier, escreveu um alegre texto sobre Marai Magdala Raupp Barreto, acompanhando um ektachorme coloridíssimo, produzido Jankiel Gonzgarowska, para o Nº 21 da "Manchete Esportiva" que circulou a partir de abril de 1956.
Nos conta Niskier, que foi um grande jornalista esportivo, nos dourados anos -1950, que Magadala, voleira do Tijuca Tênis Clube, embora ainda não tivesse títulos nas quadras, aos 20 anos, botava pra equivaler, com a sua belíssima beleza morena – 1m69cm de altura; 60 kg; 97cm de busto e 50 cm de cintura – não morenicamente carioca, mas gaúcha, gerada na trepidante Don Pedrito, onde ela, volta e meia, sempremente, levava um tombo do cavalo passeador.
A chegada de Magadala ao vôlei rolou em 1954, revela o repórter, pelo time do treinador Wilson Barroso. Quando ela já era uma cortadora castigadeira do "sexteto principal", não foi que a gauchinha, em uma jornada de "Jogos da Primavera", botou pra chover! (lágimas). Não admitiu a derrota do Tijuca ante às "tricas"(Flu). Enfim, era a sua filosofia, de estudante da terceira série da Faculdade de "Filó" da UDF. Aliás, por falar em intelectualidades, Magdala contou a Niskier que (mesmo sendo uma gatinha ecologicamente correta) adorava desfolhar Erico Veríssimo e Somerset Maugham. Nas telas, curtia a ação de Marlon Brando. E, aos navegantes que se aproximavam dos seus encantos, avisava: personalidade, cavalheirismo, generosidade, inteligência e fidelidade eram os mandamentos da mandala de Magdala.
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