O Vasco era o time a ser batido. Liderava o Campeonato Carioca.. Se perdesse do Fluminense, em 16 de novembro de 1958, a disputa ficaria bem mais quente. Era o Flu encarar e a concorrência secar.
E rola a bola. No primeiro tempo, 0 x 0. Quando nada, já era um pontinho sendo perdido pelo líder, comemoravam os perseguidores, torcendo para que os vascaínos continuassem daquele jeito, e os tricolores fizessem, ao menos, um golzinho. Ficaram assim, durante o intervalo, na expectativa de que o “Homem Lá de Cima” tricolasse, daquela vez.
Passou-se o tempo regulamentar de descanso e Alberto da Gama Malcher apitou o reinício da contenda. Para desespero dos rivais, dois minutos depois, Sabará fez um passe comum, despretensioso, para Pinga. Falha coletiva da defesa do Flu, principalmente do goleirão Castilho. José Robles, o homem que não bebia pinga, não o perdoou: Vasco 1 x 0.
Écio não acredita que Barbosa está batido. Quem não queria bater no líder? |
Segue o jogo. A torcida vascaína nem acabara de comemorar o gol, quando Valdo empatou, aos sete. Comemoração geral. Dos tricolores e dos demais. Eram todos contra o “Almirante”. Lá de sua cadeira, o cronista tricolor Nélson Rodrigues viu Malcher deixando de marcar dois pênaltis contra o Vasco. Ele e toda a tricolagem. Mas, do lado da “Turma da Colina”, a coisa foi bem pior. Aos 44 minutos do seguindo tempo, a rapaziada viu bola entrando no gol do time tricolor. Que pancada desferida pelo centroavante Delém! Mas acertou a trave, e não a rede. A concorrência agradeceu ao poste e respirou aliviada. O Vasco havia perdido um ponto. Seguia líder, mas havia balançado, Ficara a dois pontos do Botafogo, a três do Flamengo, e a quatro de Fluminense e América.
Naquele dia, o time do técnico Francisco de Sousa Ferreira, o Gradim, alinhou: Barbosa; Paulinho de Almeida, Bellini, Orlando e Coronel; Écio e Valdemar; Sabará, Roberto Pinto, Delém e Pinga. Da ótima renda, de Cr$ 1 milhão, 572 mil, 643 cruzeiros, a moeda da época, evidentemente que a maior parte saíra do bolso dos cruzmaltinos. Afinal, a rapaziada era em muito maior número do que a tricolada da freguesias. Confere? (foto reproduzida do Nº 157 de Manchete Esportiva).
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