Vasco

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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

VASCO DAS CAPAS - SABARÁ

Sabará, o valoroso ponteiro do Vasco da Gama, que tem apresentado excelentes atuações no presente campeonato, sendo apontado atualmente como o melhor jogador da cidade, na posição”, segundo o texto que apresenta a capa, abriu o Nº 917 de “Esporte Ilustrado”, em circulação a partir de 3 de novembro de 1955. Conta o mesmo escrito, que, “no clássico de domingo, frente ao Botafogo, assinalou um belo tento e contribuiu para outro, tendo ainda destacada ‘perfomance”.
O elogio ao atleta – clicado na capa, por Alberto Ferreira – referia-se ao que fizera em Vasco 3 x 2 Botafogo, de 30 de outubro de 1955, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca, quando o Time da Colina fechou o primeiro turno líder, com três pontos perdidos (era assim, na época, com vitória valendo dois pontos), em 11 jogos, com nove vitórias, um empate e uma derrotra, marcando 27 e sofrendo sete gols. Até ali, Válter Marciano e Pinga eram os sus principais artilheiros, ambos com sete tentos, seguidos pelo paraguaio Paródi, com seis.
O clássico foi apitado por Eunápio de Queiroz, com o Vasco virando o placar – 1 x 2 no primeiro tempo – na etapa final. A renda atingiu Cr$ 615 mil, 872 cruzeiros e 20 centavos e os gols vascaínos foram de Sabará, Paródi e Pinga.
O Vasco venceu com: Hélio, Paulinho de Almeida e Haroldo; Laerte, Orlando Peçanha e Beto; Sabará, Válter, Vavá, Pinga e Paródi. Botafogo: Lugano, Tomé e Nilton Santos; Orlando Maia, Pampoline e Juvenal; Garrincha, João Carlos, Baiaco, Paulinho e Neivaldo.

ESTÁ ESCRITO - A crônica do jogo está na página cinco, onde, sob o título “Vasco, líder absoluto do turno”, o repórter Leunam Leite fala da rodada, e encerra na folha 20. Escreve ele que ...”tivemos um clássico emocionante, em que Botafogo e Vasco brindaram o público com uma excelente porfia, cheia de alternativas interessantes”. Jogando pra cima, Leunam conta que os primeiros minutos do confronto “valeram por todo o ‘match’, dando-lhe um um colorido notável e um clima de sensação verdadeiramente espetacular”. Sobre o início da etapa final, diz que os alvinegros “pareciam envolvidos por um torpor geral...” Do primeiro gol vascaíno, escreveu ter sido “... numa jogada em que Sabará fugiu sozinho pela direita – pois Santos, de acordo com a ‘marcação por zona’, não podia dar combate”.
Na página 2, os gráficos de seis jogos da rodada, desenhados por William Guimarães, mostram Sabará chutando, para o canto esquerdo defendido pelo goleiro Lugano, sob as vistas de Juvenal e Tomé. Do segundo gol, o texto conta que Sabará cruzou, pelo alto, da direita, para Tomé e Orlando Maia falharem em suas tentativas de cabeçadas, e Paródi , “inteiramente livre, colhêr um pelotaço de extraordinária precisão e potência, decretando o empate”– o gráfico mostra a bola entrando pelo mesmo local do tento anterior.
 O gol da vitória, marcado pro Pinga, aos 43 minutos da fase final, é visto por Leunam como prova de que o Vasco “... foi bafejado pela ‘chance’ como sói acontecer a todos os campeões” – ao final do campeonato, o campeão foi outro. Por sinal, com foto e José Santos, em tamanho de toda a página, o gol da vitória vascaína, marcado por Pinga, toma toda a segunda folha da revista.
Nas páginas 12 e 13, como era tradicional, “Esporte Ilustrado” exibe oito fotos (sem créditos) de lances do clássicos, sedo três dos gols da vitória vascaína. Da foto 5, revela que Lugano arroja-se aos pés de Paródi e detém o couro”; da 6, que o mesmo goleiro “consegue afastar a pelota de munhecaço”.

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