Vasco e Internacional se pegavam, no 23 de março de 1980, pela Taça
Libertadores, no Maracanã. Aos 28 minutos do segundo tempo, o lateral-esquerdo
vascaíno, Marco Antônio, que disputara, pele Seleção Brasileira, uma partida da campanha do Mundial-1970,
no México, cortou um lance aéreo dos gaúchos, com uma das mãos, dentro de sua
área. Não era a primeira vez em que ele fazia daquilo. Em um jogo contra o
Fluminense, já o havia feito.
Reprodução de álbum de figurinhas |
Pênalti assinalado, pelo árbitro Arnaldo César Coelho. Dos 53.408
pagantes de olho no lance, ninguém discordou da marcação. E a torcida vascaína
tinha por certo levar o gol, pois o cobrador colorado, o meia Jair, filho do ex-vascaíno Laerte, treinava
bastante o fundamento. E foi para a cobrança. Definiu o canto, mas, de
repente, mudou a direção do chute e perdeu a chance de gol. O garoto do placar não trabalhou naquele jogo: 0
x 0.
Segundo Jair, fora a primeira penalidade máxima que ele perdera. No entanto, o goleiro Leão o desmentia.
À saída do estádio, ele disse pra o camisa 1 vascaíno: “Até o próximo pênalti,
no dia 20, no Beira-Rio”. Naquele dia, no entanto - o Vasco viajara animado,
por ter feito quatro pontos na Venezuela - 0 x 0 Deportivo Galícia e 1 x 0 Deportivo Tachira -, mas o time levava,
também, na bagagem, ecos de uma tremenda crise vivida em terras venezuelanas. No
Beira-Rio, não houve pênalti, mas Jair botou a bola na rede, naquele Inter 2 x
1 Vasco. Só que não contra Leão, que havia brigado com o “Almirante” e sido banido
de São Januário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário