O meio-campista Andrade foi, sem dúvida, um dos melhores do futebol canarinho da década-1980. Tanto que jogou em 11 oportunidades pela Seleção Brasileira - quatro vitórias, seis empates, uma escorregada e um gol, em Brasil 2 x 0 Áustria, em 04.08.1988 -, em uma época que o número de convocações eram bem menores do que hoje.
Jorge Luiz Andrade da Silva, mineiro, de Juiz de Fora, nascido no 21.04.1957, passara a temporada-1988 defendendo a italiana Roma e, quando voltou ao Brasil, não teve mais vez no selecionado canarinho do treinador Sebastião Lazaroni. Mas, para o Vasco da Gama, era um grande reforço.
Nem tanto. Andrade passaras a sua vida atlética quase toda no rival Flamengo - 566 jogos e 28 gols - e voltou com a cabeça no antigo clube, que não o quis mais, por já estar com 32 de idade.
À revista paulistana Placar - N 1001, de 18.08.1989 - ele declarou: "Disseram que (com ele) a equipe ficaria com um meio-de-campo muito velho. Mas tenho a certeza de que Zico, Júnior (Leovegildo Lins Gama) e eu poderíamos dar várias dar alegrias para a torcida (rubro-negra)".
Um autêntico desrespeito à galera cruzmaltina, contratação bola fora. Verdadeira tragédia. Porquê contratar jogador com a cabeça no maior rival? Quem lucrou foi Andrade, que terminou ganhando o seu quinto título de campeão nacional, quando o Vasco nem precisaria tanto dele, que nem foi titular - Acácio; Luís Carlos Wnck, Marco Aurélio, Quiñonez e Mazinho; Zé do Carmo, Marco Antônio Boiadeiro, Willian e Bismarck; Bebeto e Sorato foi o time-base, dirigido por Nelsinho Rosa.
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