Vasco

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sábado, 9 de novembro de 2019

O VENENO DO ESCORPIÃO - CHÊ E FIDEL, GRANDES ESCROTINHOS DA 'PARÓCHIA'

A imagem mais famosa do Chê...

 Há mitos que parecem terem bastantemente  sido mitificados, exclusivamente, para sacanear a mitologia. Casos do argentino Chê Guevara e do cubano Fidel Castro.
O primeiro, mitologou-se, por completo acaso, a partir de 1967, quando o italiano Giangiacomo Feltrinelli comprou cópias de uma foto clicada por Alberto Korda, em Havana, e a tal rodou pela Europa.
 Quem a quem viu na revista francesa Paris Match, de agosto daquele 67, gostou. Dois meses após Guevara ter sido fuzilado na Bolívia, virou poster e foi às ruas, durante protestos políticos na italiana Milão.
 A imagem virou coqueluche e, entre 1967 e 1968, vendeu dois milhões de cópias usadas nas mais diversas atividades do Velho Mundo, até mesmo em passeatas de anarquistas. Ninguém segurou mais o Chê, que virou símbolo hippie de paz e amor.
 Uso, completamente, equivocado. Chê Guevara poderia ser tudo, menos pacifista. Era seu desejo levar o planeta a uma guerra nuclear, o que só não rolou porque Wasnington e Moscou, depois de ensaiarem a peça, concluíram não fariam  muito sucesso.
... e publicada, primeiramente, pela revista francesa Paris Match.
Era 1961, quando Guevara foi a Moscou e propôs à patota soviética instalar 42 mísseis, em Cuba, 20 deles com ogivas nucleares, os Estados Unidos reagiram, a então União Soviética recuou o lance e o mundo respirou aliviado. Menos ele e Fidel Castro, que xingaram o líder comunista Nikita Cruschev, de  filho daquela senhora sem parceiro definido e de outros impropérios impublicáveis (na época). 
Ao jornal comunista inglês London Dayli Worker, Guevara disse que as bombas explodiriam no coração do Tio Sam, a começar por Nova York.   Antes da tomada do poder cubano, comandando pelotão de guerrilheiros, na Sierra Maestre, entre 1957 e 1958, Ernesto Guevara de La Serna mandou fuzilar vários companheiros que discordaram de algum dos seus pontos de vista - os considerou traidores. 
Sobre um dele, escreveu eu seu diário, entregue pela sua mulher ao historiador John Lee Anderson: “...acabei com o problema dando-lhe um tiro com pistola calibre 32 no lado direito do crânio com o orifício de saída no temporal direito...”.
De acordo com o Arquivo Cuba – entidade tipo a brasileira Tortura Nunca Mais -, Guevera participou da execução de 22 companheiros de lutas, em Sierra Maestra e,  no total, após o triunfo da revolução, de 144. A pior delas suplantou até as crueldades do carrasco nazista Josef Mengele. 
No Brasil, a foto tem sido muito usada...
Em 1959, quando ele comandava o presidio La Cabaña, em Havana, recebeu num garoto, de 12 de idade, acusado de tentar defender o pai quando a sua turma chegou para mata-lo. O encaminhou para o paredão, ao lado de outros 10 condenado e, antes do fuzilamento, mandou a criança ajoelhar-se. Por ter o menino valente se recusado, Guevara disparou-lhe um tiro na nuca.
 Esta, também, está na conta dele: a criação de trabalhos forçados que levou milhares de jovens a trabalhar, de graça, para o Governo, sob a acusação de precisarem ser reeducados pela Revolução. Traduzindo: jovens que se recusavam a serem comunistas, bem como religiosos e gays. Mais: como dirigente do setor econômico, foi um desastre. Esfacelou a economia cubana e descobriu que era um analfabeto em matemática. 
...por revistas de todos os tempos...
Um dia, no entanto, Fidel Castro começou a distanciar-se do Chê, que se mancou e caiu fora de Cuba, para tentar fazer novas Cubas, em Angola e Bolívia. Nesta, foi fuzilado por completa brutalidade. Viu que não havia a menor condição e repetir o sucesso cubano, mas insistiu. Sorte dele ter virado pôster e sido cultuado por analfabetos políticos, como uma escola de samba, de Santa Catarina, em 2001.
 No que diz respeito a El Comandante Fidel Castro, este sacaneou até mesmo o jornalista (Herbert Mathwes, do New Yrk Times)  que o ajudou a derrubar Batista, com os seus editoriais e matérias que levaram povão e empresários a contribuir para a sua causa. Em visita aos Estados Unidos, Fidel disse tê-lo enganado, afirmando não ser comunista e nem antiamericanista. E o ridicularizou, ainda mais, contando que o havia enganado sobre o número de seus combatentes n Sierra Maestra. 
Após tanto elogiar Fidel, o repórter/editorialista caiu em desgraça. Colegas viraram-lhe o rosto por Fidel contar ser comunista desde os tempos de estudante (graduou-se em Direito) e que negava, para não prejudicar os seus propósitos revolucionários. Pobre Mathwes! Passou o restante da vida execrado pelo mais famoso jornal do planeta e povo norte-americano, após El Comandante não ter cumprido promessas revolucionárias e, principalmente, confiscados propriedades de cidadãos norte-americanos em sua ilha.
...bem como no resto domundo.
 Mas nem só um jornalista foi ludibriado por Fidel. Eu o entrevistei aqui em Brasília, quando ele veio para posse do presidente Fernando Collor, e ele disse-me que jamais deixou o Comitê Central do Partido Comunista lhe dirigir. Ele autografou a minha credencial, sem eu pedir, e me ofereceu um charuto. Perguntei-lhe se a sua recusa em seguir a cartilha comunista de Moscou seria ter um comunismo esculhambado em Cuba e, após jogar uma baforada de fumaça de charuto sobre mim, por pura sacanagem, respondeu, que “esculhambacion era coisa de Bracil”.
 A entrevista foi longa, pois ele demorava muito nas resposta. Quando eu disse-lhe que ele não me parecia “porra nenhuma” (pediu para traduzir), mas apenas fidelista, fidelista, demonstrando preocupação em só se manter no poder e expandir o seu mito, ele encerrou  entrevista.
Fidel, na verdade, parecia  uma reedição de Simon Bolívar, que queria ser o presidente de uma América unificada. Sob seu comando, rolaram intervenções militares cubanas em Angola, Argélia, Congo-Leopoldville, Etiópia Siria e Nicarágua. 

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