Só mesmo sendo pinel pra insistir tanto. Pois ela era: Lucy Lúpia Pinel Balthazar Alves de Pinho, viveu assim, de 7 de setembro de 1932 a 24 de maio de 2012.
Há quatro décadas, o mercado aéreo brasileiro era
super-machista. Impensável mulher entrar nele. Um exemplo: Lucy Lúpia
Balthazar, primeira mulher brasuca a fazer curso de comando de aeronaves, foi
amplamente sacaneada pelos seus instrutores.
Mesmo graduada piloto comercial de linhas aéreas e instrutora de aeroclubes, Lucy teve instrutores que nem a colocaram no simulador de voos. Deixaram claro não estarem dispostos a encorajarem uma mulher a ser comandante de avião.
Mesmo graduada piloto comercial de linhas aéreas e instrutora de aeroclubes, Lucy teve instrutores que nem a colocaram no simulador de voos. Deixaram claro não estarem dispostos a encorajarem uma mulher a ser comandante de avião.
Quando Lucy
pensava em passar para o lado esquerdo da cabine de comando da aeronave, a do
piloto, foi-lhe ordenado ocupar a cadeira do co-piloto. Ela recusou e considerou
a discriminação à mulher insuportável. Principalmente no ar. Aconteceu em 1978.
Carioca, trineta de Philippe Pinel, o médico francês
pioneiro no tratamento de problemas mentais, começou a gostar da aviação em
1967, quando já tinha 36 de idade.
No aeroporto de Nova Iguaçu-RJ, ela e mais duas mulheres faziam o curso de pilotagem, mas só ela o concluiu.
Contratada, pela primeira vez, em 1973, Lucy atuou em pequenas empresas, sendo co-piloto em voos não visuais e noturnos, e fez curso da Embraer para habilitação ao avião Bandeirante, de fabricação nacional. Também, foi avaliada e voou como comandante e acompanhada por co-piloto. lho.
Em 1979, Lucy lançou o livro Eu Quero Voar - lançou três, no total - pelo qual aborda o preconceito contra a mulher aviadora.
Por ali, ela revela que lhe diziam ser caro contratá-la, porque teriam de pagar por um outro quarto em hotéis, porque ela não os dividiria com os comandantes. Pior: que ela provocaria ciúmes nas esposas dos comandantes e levaria medo a passageiros que soubessem que o avião seria comandado por mulher.
No aeroporto de Nova Iguaçu-RJ, ela e mais duas mulheres faziam o curso de pilotagem, mas só ela o concluiu.
Contratada, pela primeira vez, em 1973, Lucy atuou em pequenas empresas, sendo co-piloto em voos não visuais e noturnos, e fez curso da Embraer para habilitação ao avião Bandeirante, de fabricação nacional. Também, foi avaliada e voou como comandante e acompanhada por co-piloto. lho.
Em 1979, Lucy lançou o livro Eu Quero Voar - lançou três, no total - pelo qual aborda o preconceito contra a mulher aviadora.
Por ali, ela revela que lhe diziam ser caro contratá-la, porque teriam de pagar por um outro quarto em hotéis, porque ela não os dividiria com os comandantes. Pior: que ela provocaria ciúmes nas esposas dos comandantes e levaria medo a passageiros que soubessem que o avião seria comandado por mulher.
Lucy teve muitas dificuldades até obter a licença para pilotar linhas aéreas. Completou
as horas exigidas pela lei e fez prova teórica. Aprovada, recebeu cartão
provisório válido por duas temporadas. Então, o Ministério da Aeronáutica mudou
a lei e ela recebeu uma licença de piloto comercial sênior, o que a impedia de
pilotar aviões grandes.
Lucy, evidentemente, recorreu contra a medida, mas os seus vários requerimentos ao Departamento de Aviação Civil foram indeferidos. Finalmente, em 2000 – 24 temporadas depois -, ela recebeu, pelos Correios, o documento que tentava, retroativa a 1976.
Lucy, evidentemente, recorreu contra a medida, mas os seus vários requerimentos ao Departamento de Aviação Civil foram indeferidos. Finalmente, em 2000 – 24 temporadas depois -, ela recebeu, pelos Correios, o documento que tentava, retroativa a 1976.
Lucy foi primeira mulher piloto da
aviação comercial brasileira e, também, da América Latina, o que, inclusive, está
registrado elo livro Conquistadors of the Sky, escrito por Dan Hagedorn e publicado em 1999.
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