Vasco

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quinta-feira, 13 de junho de 2019

3 - MEXERICOS DA KIKINHA - DIA DE TOÍN

1 - Olha´í, galera! Hoje, o 13 de junho, é o Dia de Santo Antônio, do glorioso Toín, o santo casamenteiro. 
Toín, com´é que é? Ainda não penso em me amarrar, pois pretendo, antes, terminar o meu curso de jornalismo. Mas tenho uma amigas aí passando da hora de juntar os trapos. Vê se dá uma forcinha pra elas, cara, se mira nas pobrezinhas, tá? 

O Toín é gente boa, um chapão. Inclusive, lhe devemos muitos favores. Por exemplo, aquele do 13 de junho de 1976, quando ele avisou ao goleiro Mazzaropi para onde o Zico iria mandar a sua cobrança de pênalti.
 O carinha zarpou em cima da maricota e a rapaziada faturou a nossa segunda Taça Guanabara da história vascaína - a primeira havia sido em 1965. 
Aquilo tudo aconteceu diante de 133.444 almas pagantes. Domingaço pra  Mazaropi; Gaúcho, Abel, Renê e Marco Antônio; Zé Mário e Zanata (Luís Augusto); Luís Fumanchu, Dé (Jair Pe­reira), Roberto Dinamite e Luís Carlos Lemos.

2 - No dia do glorioso Toín, quem aniversaria é um cara que mandou ver no ataque vascaíno. Danadão! De tanto aprontar com as pitchucas, foi apelidado, pela sua patota, por Despachante, porque o esporte predileto dele não era fazer a maricota se aninhar lá onde a coruja dorme, mas despachar as minas, assim que as levava ao pé da felicidade. Mas este lance que só rolou até ele se enroscar com a gloriosa Erysistela, uma maria chuteira que já havia traçado metade da Turma das Colina.
O que rolou? O terrível Despa, após dois meses de chamegos com a sirigaita da Erysistela, despachou-a. Mas esta não aceitou ser jogada para escanteio. Aproveitou um passeio a Salvador e encomendou, ao Macumbeiro do Esporte Clube Bahia, um servicinho de deixar o desafeto pior do que na reserva do reserva do reserva.
Então! Estava o sacanão do Despa com a sua nova prenda na horizontal - quer dizer, tentava estar, pois nem nada, nem nada. E aqueles papos – “É primeira vfez que isso me acontece” – rolando. Foi quando Erysistela recebeu uma mensagem telepática do macumbeiro do Tricolor de Aço, sugerindo-lhe telefonar, naquele instante, pro seu despachante. E ela mandou ver.
- Alô, quem é? – indagou o Despa.
 Erysistela, que sorria, do outro lado da linha, enfiou-lhe uma caneta:
Imagem de Santo Antônio reproduzida do acervo da
Arquidiocese de Salvadora-Bahia
- Aí, mané! Tá caindo pelas tabelas? Comigo não rolava isso, né mesmo? Mandei lhe marrar. Você só volta às atividades se pintar, de novo, na minha.
-Erysistela, você foi capaz de fazer isso comigo?
- Da mesma forma que você foi capaz de fazer aquilo comigo. Mas podemos fazer um acordo - e fizeram e o sujeito teve devolvidas as suas prerrogativas perdidas, o que ajudou-lhe a botar muitas bolas na caçapa – também, dos adversários vascaínos.
 O (ex) Despachante voltou comer angu no prato  da maria chuteira, pianinho, pianinho. Segundo ela, rolou, também, uma ajudinha do valoroso Toín, que, como garantiu-me, mandou-lhe, de presente, para o casório, as alianças - de ouro 18 kilômetros depois da mina.
            

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