Tela pintada pro Henrique Dentiale |
1 - Ontem, vi um rapaz usando a camisa do Bonsucesso. De há muito eu não leio e nem ouço falar sobre os rubro-anis. Eles já encararam o Vasco da Gama por 139 vezes, com 97 vitórias vascaínas, 15 deles e 27 empates, desde 30
de novembro de 1924.
3 - Fui ver na minha caderneta e tá lá que o Bonsuça foi fundado pelas proximidades da carioca Praça das Nações, por 23 rapazes, na
noite de 12 de outubro de 1913. Logo, é mais do que centenial. Filiou-se
à Liga Municipal, em 1915, e à Liga Suburbana, em 1916, para ser tri, em
1917/18/19. Animada, a rapaziada inscreveu o clube na Liga Metropolitana
e, naquela ano, teve o seu primeiro grande pega com os vascaínos: na decisão do
Campeonato Carioca da Segunda Divisão. Saiu de campo vice, mas obrigou o
adversário a disputar duas prorrogações de meia-hora, cada. Antigos historiadores
rubro-anis juravam que o Bonsucesso tinha mais time e perdera o título no
apito, com gol sofrido ilegalmente, de mão.
4 - Em
1930, o Bonsucesso formou um belo time, apelidado por Esquadrão Acadêmico, só
com a rapaziada formada em casa, com destaques para Gradim, autor do primeiro
gol (já pelo Vasco) do futebol profissional carioca, e Leônidas da Silva, o
artilheiro da Copa do Mundo-1938, quando deixou o Vasco para atender a então
Confederação Brasileira de Desportos, que ofereceu-lhe mais grana.
Foi
por contas daquele bom time – tinha outros atletas de muito bom nível técnico,
como Heitor, Claudionor, Durval, Vareta, Ceci, Miro, Oto, Loló, Eurico,
Alfinete e Rebolo – que o Bonsucesso ganhou prestígio, disputou o Torneio
Rio-São Paulo-1933 e ficou em terceiro lugar.
5 - Além
de Gradim e de Leônidas da Silva, entre outros bons jogadores que vestiram a
camisa do clube suburbano e depois defenderam o Vasco estão o artilheiro
Cabrita, marcador do último gol do Rio de Janeiro como capital brasileira, a
temível dupla de zaga formada por Renê e Moisés, o bom goleiro Jonas e o
meia Jair Pereira.
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