Quando uma lesão tirou Romário da Copa do Mundo-1990, na Itália, ele não era mais vascaíno. Já defendia o holandês PSV Eindhoven. Mas a convocação fora devido ao que mostrara pelo time da Colina.
Era 4 de março de 1990 e o PSV goleava o Den Hag, por 6 x 0, com Romário marcando o segundo e o quinto gols, e totalizando 22 no Campeonato Holandês-1990 – o placar final chegou a 9 x 2. Lá pelas tantas, ele contra-atacou, pela esquerda, e chutou ao gol, sendo carrinhado pelo zagueiro Marco Gentile. Sentiu uma tremenda dor e saiu pulando para a linha de fundo. Foi carregado por dois membros da comissão técnica do seu time, sem conseguir manter a chuteira no pé direito. O primeiro exame constatou fratura acima do tornozelo. Inicialmente, o médico do PSV suspeitou de ter sido no perônio (e foi), o osso posterior que liga o calcanhar ao joelho. Depois, calculou a recuperação em até 56 dias, a 90 do Mundial.
Romário lutou contra o tempo, para ser convocado pelo treinador Sebastião Lazaroni. Até buscou, particularmente, um fisioterapeuta, o Nílton Petroni Vilardi Junior, o “Filé”, para cuidar só dele, pois o médico da CBF, Lídio Toledo, tinha muita gente sob os seus cuidados. Os resultados do tratamento garantiram a convocação, mas Romário foi à Copa muito mal, fisicamente, só entrando em campo em Brasil 1 x 0 Escócia, em 20 de junho, no estádio Delle Alpi, em Turim. Jogou 64 minutos e foi substituído, por Müller.
Nenhum comentário:
Postar um comentário