1 - Ademir Marques de Menezes ganhou tal
apelido, evidentemente, por ter um queixo avantajado. Mas ele nem
ligava, quando era garoto. Só passou a se incomodar depois de chegar ao Vasco.
Em sua terra, Recife-PE, o que lhe incomodava era a fita métrica. Entre os seus
colegas do Colégio Carneiro Leão, ele era o único que não pegava o
elevador métrico. Em 1935, aos 13 anos de idade, media 1m35cm. Baixinho,
troncudinho e com braços curtos, tinha o apelido de Tiquinho de Gente, pois
nem o queixo era grande.
2 - Para crescer, Ademir fez natação. Trocou o time de futebol da escola
pelas braçadas nas águas, mas não funcionou. Então, foi ser do grupo de
atletismo do Sport Clube Recife. Nova bola fora. No time infantil do Sport e no
do colégio, mesmo sendo o cobra, ele exigia ser o goleiro, para a turma não
implicar com o seu tamanho e chamá-lo de “Toquinho”. Caso contrário, seria
briga certa. O irmão Ademar tentava tirar-lhe o complexo de tampinha, sem
êxito.
3 - Bicampeão
juvenil pernambucano-1940/41, Ademir chegou a São Januário, encarou fortes
treinamentos físicos e começou a crescer, bem como o queixo. Aos 19 de idade, ganhou o apelido de Queixada, que substituiu o de Tiquinho. Ele tornou-se o maior ídolo da torcida
cruzmaltina, marcando 301 gols, em 429 pugnas. Só foi suplantado no coração da
galera a partir da década de 1970, quando pintou Carlos Roberto de
Oliveira, o Dinamite.
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