Vasco

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terça-feira, 7 de abril de 2020

BURACO-SACO DE PANCADA BANGUENSE

  
Presidentes Prestes reproduzido de
www.netvasco.com.br
A data 7 de abril marca um dos momentos mais significativos da história cruzmaltina – e, também, do país. O Vasco da Gama discordou da postura racista dos clubes da elite – Fluminense, Flamengo, Botafogo e América – que exigiam a dispensa de seus negros e operários, e deixou claro que preferia não disputar o Campeonato Carioca-1924, a ter que sacrificar 11 jovens que o ajudaram a ser o campeão estadual-1923.
  Pelo ofício Nº 261, enviado à Associação Metropolitana de Esportes Athléticos-AMEA, o presidente vascaíno, José Augusto Prestes avisou que um ato público que o maculasse jamais seria praticado pelo seu clube.
  A postura vascaína  contra a discriminação gerou a segunda cisão no futebol carioca. Os quatro “grandes” que haviam crido a AMEA, incluindo o suburbano Bangu, justificavam que os atletas deste tinham empregos definidos, enquanto ao Vasco da Gama acusava-se manter jogadores com ocupações “duvidosas”.
 Fora da AMEA, a Turma da Colina encarou Vila Isabel, Carioca,  Palmeiras-RJ, River, Andaraí,  Mackenzie, Mangueira, Engenho de Dentro e Bonsucesso, filiados à Liga Metropolitana de Desportos Terrestres-LMDT, e conquistou o seu segundo título no futebol carioca. Enquanto isso, o campeonato da AMEA era disputado pelos elitistas e os banguenses, além dos seus aliados São Cristóvão, Brasil e Helênico.
  Para ser campeão antiracista, o Vasco venceu os 16 desafios que encarou, tendo por treinador o uruguaio Ramon Platero e este time-base: Nélson, Leitão e Mingote; Brilhante, Claudionor e Arthur; Pascoal, Torterrolli, Rusinho, Cecy e Negrito.  Confira outros grandes resultados nos 7 de abril:        
Este foi  o Vasco que lutou e venceu os
preconceitos contra negros, analfabetos
 e brancos pobres no futebol brasileiro 

VASCO 9 X 1 BANGU - valeu pelo Campeonato Carioca-1929, que teve título vascaíno somando 15 vitórias, sete empates e só uma queda. Neste que foi o 15º jogo entre os dois clubes, Russinho foi o nome do jogo, com cinco gols – Hespanhol (de pênalti), Santana, Mário Mattos, Buza e Fausto completaram o placar, em São Januário. O apito foi de Carlos Duarte e o Almirante, treinado pelo inglês Harry Welfare, alinhou: Jaguaré, Hespanhol e Itália; Brilhante, Tinoco e Mola; Buza, Fausto, Russinho, Mário Mattos e Santana.     

VASCO 4 X 0 TUNA LUSO-PA - o Almira já havia visitado o Norte do país, entre 1953 e 19554, quando voltou a fazê-lo, no 7 de abril de 1955. Esteve no Estádio Leônidas Sodré de Castro, em Belém, para um encontro "encontro de sangue lusitano”, pois o time local tinha a sua mesma origem..

Dario, Ernâni, Haroldo, Cléver, Orlando e Beto (em pé);
Vavá, Ademir, Artoff, Pingas e Djayr (agachados)
VASCO 2 X 0 BEKSITAS -  em 1956, a rapaziada excursionava pela Europa. E deu um pau nos turco, amistosamente, em Istambul: 2 x 0, com gols marcados por Ademir Menezes e por Vavá, em uma quarta-feira. Na foto, uma das formações durante o giro, mas o time escalado pelo técnico Martim Francisco, no dia, formou com: Hélio (Ernâni), Dario (Cléver) e Haroldo; Orlando e Beto; Maneca, Ademir, Vavá (Iedo), Artoff (Parodi), Pinga (Laerte) e Djayr. 

VASCO 3 X 2 MADUREIRA - Estadual-1996, com jogo na casa adversário, à Rua Conselheiro Galvão. Foi um jogo de pouco público – 1. 486, que pagou os insuficientes R$ 14 430, 00 que não cobriram as despesa da partida. Valber ( 38 min)o, Pimentel (59) e  Assis (65) marcaram para a "Turma da Colina" do dia: Carlos Germano; Pimentel. Sídnei, Rogério (Zé Carlos) e Bill (Zinho); Leandro, Nelson, Juninho e Valber; Nilson e Dioney (Assis). O treinador era Carlos Alberto Silva. (Fotos reproduzidas de www.crvascodagama.com.br). Agradecimento.


Reprodução de capa de livro
VASCO 5 X 1 BANGU – ser goleado, pelos vascaínos por goleadas, nos 7 de abril,  não era novidade para os banguenses alvirrubros. Em 2002, eles levaram um sacode, pelo Torneio Rio-São Paulo, em tarde domingueira, novamente, em São Januário. Daquela vez, o cara foi Romário, que abriu e fechou a conta (37 e 92 min) – Leonardo Moura (52), Léo Lima (60) e Felipe (74) completarem a balaiada. Com Samir Yarak apitando e Evaristo de Macedo comandando a rapaziada impiedosa foi: Fábio; Leonardo Moura, André Leone, João Carlos e Edinho; Donizete Oliveira, Rodrigo Souto, Léo Lima (André Ladaga) e Felipe (Ely Thadeu); Euller e Romário.


Reprodução de capa de disco
MUNDO SEM VASCO - 1795 - franceses estabeleciam o sistemas métrico decimal; 1895- alemão Ludwig van Beethoven estreava a sua Terceira Sinfonia, usando teatro da austríaca Viena; 1827 - durante Guerra Cisplatina, na Batalha do Monte Santiago, em dois dias, divisão naval da Argentina era destruída pela marinha brasileira, no litoral portenho; 1831 - Imperador brasileiro Dom Pedro I abdicava do seu mando, em favor do seu filho Dom Pedro de Alcântara, então com 5 de idade, e nomeava José Bonifácio de Andrade e Silva tutor; 1908 - Gustavo de Lacerda fundava a Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro; 1948 - Nações Unidas criavam a Organização Mundial de Saúde;  1969 - nascimento simbólico das Internet, conforme publicação de RFC-1 (documentos técnicos criados por pessoas e organizações que lidam com tecnologia); 2003 - Estados Unidos dominam Bagdá, capital do Iraque, acabando com o regime de Saddam Hussein; 2018 - ex-presidente (da Repúblicas) brasileiro Luis Inácio Lula da Silva era condenado, pela Justiça, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sendo preso pela Polícia Federal, em São Bernardo do Campo-SP.
 Nascidos nos 7 de abril: Billie Holiday (1915 a 1959), cantora norte-americana; Gustav Landauer, revolucionário alemão; Gabriel Mistral (1889 a 1957), poetisa chilena; 1945 - Adílson Ramos, cantor e compositor brasileiro. 

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