Quis
o destino que duas situações inusitadas fizesse os dois maiores ídolos das
torcidas cruzmaltina e rubro-negra vestirem as camisas do rival? Pois aconteceu! Vamos ver como:
ADEMIR
MENEZES, o pernambucano que havia sido rubro-negro em seu começo de carreira, defendendo
o Sport-PE, rubro-negrou, no Maracanã, pelo Combinado
Vasco-Flamengo, que prestou uma homenagem ao ex-presidente do Flamengo,
Gilberto Cardoso, que o coração tirara desta vida 37 dias antes.
Apitada pelo inglês Harry Davis, o amistoso teve o Combinado Vasco/Flamengo alinhando: Hélio (Vsc); Paulinho de Almeida (Vsc) e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordan; Joel, Paulinho, Ademir Menezes (Vsc), Dida (Ademir Meneses (Vsc), Vavá (Vsc), Pinga (Vsc) e Parodi (Vsc).
NASCIDO EM 8 DE NOVEMBRO DE 1921, o então maior ídolo da história vascaína vestiu a camisa da “Turma
da Colina” até a temporada seguinte, quando o “Almirante” foi a Lisboa vencer
o Sporting-POR, por 3 x 2, marcando a inauguração do estádio José Alvalade, perante
60.780 pagantes. O anfitrião, por sinal, formou uma seleção com atletas
emprestados por outros clubes – Hélio, Paulinho e Orlando; Haroldo, Laerte e
Coronel; Sabará, Valter (Livinho), Ademir (Vavá) e Djayr, com gols de Vavá
(2) e de Sabará foi o último Vasco de Ademir, dirigido por Martim Francisco.
Autor
de 301 gols, em 429 jogos, Ademir foi, também, o artilheiro da Copa do
Mundo-1950, com 8 tentos – total
de 35, em 41 compromissos pela Seleção Brasileira.
Apelidado por “Queixada”, por
ter um queixo grande, Ademir marcou 278 tentos vascaínos, o primeiro em 29 de
março de 1942, no 1 x 0 Bangu, pelo Torneio Início, disputado em São
Januário. O oficial, no entanto, saiu
dos 4 x 1 Bonsucesso, em 3 de maio, pelo Campeonato
Carioca-1942, no estádio do Madureira, à Rua Conselheiro Galvão – o último
em 3 de junho de 1956, amistosamente, no já demolido estádio Sarriá, em Vasco
3 x 2 Espanyol, de Barcelona. Todos estes feitos rolaram nos domingos.
POR TER, TAMBÉM, servido às seleções brasileira, Ademir esteve vascaíno entre março de 1942
a outubro de 1944; março-
GALO
CRUZ DE MALTA – Zico, o maior ídolo do Flamengo, a partir da segunda metade da
década-1970 – a partir de 1955 e até lá, o posto era do alagoano Dida – foi
vascaíno por 45 minutos.
Arthur Antunes Coimbra envergou a jaqueta cruzmaltina em homenagem ao seu grande amigo Roberto
Dinamite, que se despedia do futebol, pelo amistoso Vasco 0 x 2
Nascido
no Rio de Janeiro, em três de março de 1953, anos após vestir a camisa
vascaína, Zico voltou a irritar a torcida flamenguista, declarando, na
Turquia, onde treinava o Fenerbahce, que tinha muito carinho pelo Vasco.
Conforme o publicado pela “Agência Lance”, em oito de novembro de 2006, o
“Galinho” disse: "Eu tenho muito carinho pelo Vasco. Foi o único clube
que, na minha despedida, foi ao Maracanã, representado pelo presidente
Calçada (Antônio Soares). Ele me entregou uma placa que guardo até hoje com
muito carinho. Foi um reconhecimento que jamais esquecerei. Tenho muito
respeito pelo Vasco", afirmou.
O
Zico vascaíno aconteceu na quarta-feira 24 de março de 1993, com apito de José
Roberto Wright, gols de Bebeto, aos 38 minutos do 1º tempo, e de Nando, aos
45 do segundo. O público foi de 28.926 pagantes e a renda: CR$
2.780.250.000,00. O Vasco alinhou: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís,
Tinho e Cássio; Luisinho, Leandro Ávila, Zico (Geovani) e Roberto Dinamite
(Valdir); Bismarck e William, comandados por Joel Santana. O time espanhol
foi: Liaño (Yosu), Djukic, Albistegui (Savin), Ribera e José Ramón; Mauro
Silva, Nando, Hoyas e Marcos (Ramón); Fran e Bebeto (Antônio), dirigidos por
Arsenio Iglesias.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário