Vasco

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quinta-feira, 13 de julho de 2017

VASMENGO X FLAVASCO-24 - IDOLAÇOS

Quis o destino que duas situações inusitadas fizesse os dois maiores ídolos das torcidas cruzmaltina e rubro-negra vestirem as camisas do rival? Pois aconteceu! Vamos ver como:

ADEMIR MENEZES, o pernambucano que havia sido rubro-negro em seu começo de carreira, defendendo o Sport-PE,   rubro-negrou, no Maracanã, pelo Combinado Vasco-Flamengo, que prestou uma homenagem ao ex-presidente do Flamengo, Gilberto Cardoso, que o coração tirara desta vida 37 dias antes.
Aa foto reproduzida de
www.fernandomachado
mostra o garoto Ademir
em sua primeira rubro-negrada
Rolou durante um amistoso contra uma formação idêntica reunindo jogadores argentinos das equipes Racing/Independiente, em 23 de dezembro de 1955. Os dois clubes cariocas armaram um combinado que  venceu, por 3 x 1, com gols dos vascaínos Paulinho de Almeida e Parodi, e do rubro-negro Dida.
 Apitada pelo inglês Harry Davis, o amistoso teve o Combinado Vasco/Flamengo alinhando: Hélio (Vsc); Paulinho de Almeida (Vsc) e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordan; Joel, Paulinho, Ademir Menezes (Vsc), Dida (Ademir Meneses (Vsc), Vavá (Vsc), Pinga (Vsc) e Parodi (Vsc).  
 
NASCIDO EM 8 DE NOVEMBRO DE 1921, o então maior ídolo da história vascaína vestiu a camisa da “Turma da Colina” até a temporada seguinte, quando o “Almirante” foi a Lisboa vencer o Sporting-POR, por 3 x 2, marcando a inauguração do estádio José Alvalade, perante 60.780 pagantes. O anfitrião, por sinal, formou uma seleção com atletas emprestados por outros clubes – Hélio, Paulinho e Orlando; Haroldo, Laerte e Coronel; Sabará, Valter (Livinho), Ademir (Vavá) e Djayr, com gols de Vavá (2) e de Sabará foi o último Vasco de Ademir, dirigido por Martim Francisco.
Autor de 301 gols, em 429 jogos, Ademir foi, também, o artilheiro da Copa do Mundo-1950, com 8 tentos –  total de 35, em 41 compromissos pela Seleção Brasileira.
Apelidado por “Queixada”,  por ter um queixo grande, Ademir marcou 278 tentos vascaínos, o primeiro em 29 de março de 1942, no 1 x 0 Bangu, pelo Torneio Início, disputado em São Januário. O oficial, no entanto, saiu  dos 4 x 1 Bonsucesso, em 3 de maio, pelo Campeonato Carioca-1942, no estádio do Madureira, à Rua Conselheiro Galvão – o último em 3 de junho de 1956, amistosamente, no já demolido estádio Sarriá, em Vasco 3 x 2 Espanyol, de Barcelona. Todos estes feitos rolaram nos domingos.
 
POR TER, TAMBÉM, servido às seleções brasileira,  Ademir esteve vascaíno entre março de  1942 a outubro de 1944; março-1945 a novembro de 1945; fevereiro de 1948 a fevereiro de 1950; agosto de 1950 a fevereiro de 1953; julho de 1953 a junho de1956. Ele levou para São Januário as artilharias dos Campeonatos Cariocas-1949 (31 gols) e de 1950 (25), e do Torneio Rio-São Paulo-1951 (9).  Colocou no peto estas faixas: do Torneio Início (1942); Torneio Municipal (1944); Torneio Municipal (1945); Campeonato Carioca (FMF) (1945); Sul-Americano de Clubes (1948); Torneio Início (1948); Campeonato Carioca (FMF) (1949); Campeonato Carioca (FMF) (1950); Campeonato Carioca (FMF) (1952); Quadrangular Internacional do Rio  de Janeiro (1953) e Torneio Octogonal Rivadavia Correa Mayer (1953).
 Zico vascaíno, reproduzida de www.torcedores.com. Agradecimento
 
GALO CRUZ DE MALTA – Zico, o maior ídolo do Flamengo, a partir da segunda metade da década-1970 – a partir de 1955 e até lá, o posto era do alagoano Dida – foi vascaíno por 45 minutos. 
 Arthur Antunes Coimbra envergou a jaqueta cruzmaltina  em homenagem ao seu grande amigo Roberto Dinamite, que se despedia do futebol, pelo amistoso Vasco 0 x 2  La Coruña, pelo qual jogava o ex-flamenguista e ex-vascaíno Bebeto – o baiano José Roberto Gama de Oliveira. Zico saiu do Maracanã direto para o Aeroporto Tom Jobim, onde embarcaria para cumprir compromissos no Japão.
Nascido no Rio de Janeiro, em três de março de 1953, anos após vestir a camisa vascaína, Zico voltou a irritar a torcida flamenguista, declarando, na Turquia, onde treinava o Fenerbahce, que tinha muito carinho pelo Vasco. Conforme o publicado pela “Agência Lance”, em oito de novembro de 2006, o “Galinho” disse: "Eu tenho muito carinho pelo Vasco. Foi o único clube que, na minha despedida, foi ao Maracanã, representado pelo presidente Calçada (Antônio Soares). Ele me entregou uma placa que guardo até hoje com muito carinho. Foi um reconhecimento que jamais esquecerei. Tenho muito respeito pelo Vasco", afirmou.
O Zico vascaíno aconteceu na quarta-feira 24 de março de 1993, com apito de José Roberto Wright, gols de Bebeto, aos 38 minutos do 1º tempo, e de Nando, aos 45 do segundo. O público foi de 28.926 pagantes e a renda: CR$ 2.780.250.000,00. O Vasco alinhou: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Leandro Ávila, Zico (Geovani) e Roberto Dinamite (Valdir); Bismarck e William, comandados por Joel Santana. O time espanhol foi: Liaño (Yosu), Djukic, Albistegui (Savin), Ribera e José Ramón; Mauro Silva, Nando, Hoyas e Marcos (Ramón); Fran e Bebeto (Antônio), dirigidos por Arsenio Iglesias.
 
 

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