O “picareta” chamava-se Ramón Platero e convenceu o Fluminense de que ele seria o cara certo para treinar a sua rapaziada. Pegou um time montadinho, pelo inglês Quincy Taylor, bicampeão carioca-1917/18, e fez o nome, levando os tricolores ao tri. Mas onde o “Almirante” entra nessa?
Seguinte: em 1922, Platero já estava no Vasco. Em 1922, levou a moçada, da Segunda Divisão à elite do futebol carioca, para ser bicampeão, em 1923/24. Ele saia de campo em campo de peladas, pelos subúrbios, procurando jogadores. Levava quem tinha veneno nos pés e só faltava matá-los com uma preparação física que os fazia correr igual a condenados.
Enquanto os outros times tinham atletas totalmente amadores, os vascaínos treinavam o dia todo, dormiam na sede do clube e se alimentavam em restaurante de comerciantes portugueses. Resultado: administravam o jogo no primeiro tempo e matavam o adversário no segundo. Dos 14 jogos do Estadual daquele 1923, os cruzmaltinos venceram 11 na etapa final. Ficou pela Colina até 1927 e voltou em 1938.
Antes de ser vascaíno, Ramón Platero passou, também, pelo Flamengo. Por sinal, foi o primeiro treinador rubro-negro. Antes dele, o clube tinha o seu time dirigido por uma comissão técnica formada pelo capitão, cartolas e amigos de dirigentes. Platero, no entanto, demorou-se pouco no Fla: de 21 de janeiro a 13 de maio de 1921, no espaço de sete partidas, vencendo duas, empatando duas e perdendo três. Não emplacou.
FLÁVIO COSTA - Um outro treinador a fazer sucesso na Colina, após ser flamenguista, foi o sargentão” Flávio Costa, que chegou a perseguir a Coluna Prestes, em seu tempo de militar.
Atleta rubro-negro campeão carioca-1925 e 1927, passou a treinador em 1933. Contou com Domingos da Guia e Leônidas da Silva em seu time, mas só ganhou o Torneio Aberto-1936. Quando nada, é atribuída a ele o início da revolução tática no clube, completada pelo húngaro Dori Krueschner.
De volta ao Flamengo, na década-1940, Flávio Costa levou o clube o seu primeiro tri-1942/43/44 – e criou um sistema tático em que Biguá, Bria e Jaime se colocavam em uma linha diagonal, pelo lado direito, variação do WM, do inglês Herbert Chapman, sucesso na Europa. Em 1947, ele tornou-se treinador vascaíno e fez a sua diagonal, pela esquerda, com Ely do Amparo, Danilo Alvim e Jorge Sacramento. Foi campeão estadual naquele ano e bi, em 1949/1950. Antes, em 1948, levara o time ao título do Sul-Americano de Clubes Campeões, o primeiro do futebol brasileiro no exterior.
Flávio, treinador da Seleção Brasileira, vice-campeã da Copa do Mundo-1950, teve uma segunda passagem pelo Vasco, entre 1953/1956. Voltou à Gávea, em 1962, e ficou até 1965, tendo sido campeão carioca-1963.
Um outro
treinador que passou pelo Flamengo, antes de chegar à Colina, foi GENTIL
CARDOSO, entre setembro de 1949 e julho de 1950. Ficou por 56 jogos, com
36 vitórias, 12 empates e oito derrotas. Assim como Flávio Costa, foi
centro-médio, também.
Em 1931 e pelo Bonsucesso, Gentil foi o primeiro a esboçar, no Brasil, o WM, que havia visto na Europa, onde esteve em viagem como militar da Marinha. Ao Vasco chegou em 1952, para ser campeão carioca, com a última equipe do ciclo “Expresso da Vitória”. Sofreu muita pressão dos cartolas (termo que ele criou) e foi demitido após o jogo final da temporada, já em janeiro de 1953, quando os donos do poder em São Januário queriam e promoveram a volta de Flávio Costa.
Abel chegou à Seleção Brasileira, mas só disputou um compromisso, pelo time A: 1 x 1 Inglatera, em 19 de abril de 1978, em Londres. Pouco depois, fez parte da equipe canarinha que foi à Copa do Mundo da Argentina-1978, mas não entrou em campo. Jogu mais pela seleção olímpica: 10 vezes, entre 1971 e 1972, vencendo três, empatando quatro e perdendo três partidas.
Dorival voltou a São Januário, em 2013, mas sem sucesso. Totalizou 68,68% de aproveitamento – 66 jogos, 40 vitórias, 16 empates e 10 quedas – emduas duas pasagens pela Colina, e 51,35% como flamenguista – 37 partidas, vencendo 15, empatando 12 e perdendo 10.
Uma tremenda picaretagem terminou fazendo um bem danado ao Vasco da Gama.
Explica-se: quando a seleção uruguaia veio ao Brasil, disputar o Campeonato
Sul-Americano-1919, trouxe como massagista um sujeito que fora pugilista. Mas
dizia-se auxiliar técnico de Severino Cartigo, o chefe do time celeste. E por
aqui ficou. Vejamos o que rolou com outros treinadores vascaínos:, O “picareta” chamava-se Ramón Platero e convenceu o Fluminense de que ele seria o cara certo para treinar a sua rapaziada. Pegou um time montadinho, pelo inglês Quincy Taylor, bicampeão carioca-1917/18, e fez o nome, levando os tricolores ao tri. Mas onde o “Almirante” entra nessa?
Seguinte: em 1922, Platero já estava no Vasco. Em 1922, levou a moçada, da Segunda Divisão à elite do futebol carioca, para ser bicampeão, em 1923/24. Ele saia de campo em campo de peladas, pelos subúrbios, procurando jogadores. Levava quem tinha veneno nos pés e só faltava matá-los com uma preparação física que os fazia correr igual a condenados.
Enquanto os outros times tinham atletas totalmente amadores, os vascaínos treinavam o dia todo, dormiam na sede do clube e se alimentavam em restaurante de comerciantes portugueses. Resultado: administravam o jogo no primeiro tempo e matavam o adversário no segundo. Dos 14 jogos do Estadual daquele 1923, os cruzmaltinos venceram 11 na etapa final. Ficou pela Colina até 1927 e voltou em 1938.
Antes de ser vascaíno, Ramón Platero passou, também, pelo Flamengo. Por sinal, foi o primeiro treinador rubro-negro. Antes dele, o clube tinha o seu time dirigido por uma comissão técnica formada pelo capitão, cartolas e amigos de dirigentes. Platero, no entanto, demorou-se pouco no Fla: de 21 de janeiro a 13 de maio de 1921, no espaço de sete partidas, vencendo duas, empatando duas e perdendo três. Não emplacou.
Flavio, quando atleta do Flamengo, em foto reproduzida de www.tardesdepacaembu Agradecimento. |
FLÁVIO COSTA - Um outro treinador a fazer sucesso na Colina, após ser flamenguista, foi o sargentão” Flávio Costa, que chegou a perseguir a Coluna Prestes, em seu tempo de militar.
Atleta rubro-negro campeão carioca-1925 e 1927, passou a treinador em 1933. Contou com Domingos da Guia e Leônidas da Silva em seu time, mas só ganhou o Torneio Aberto-1936. Quando nada, é atribuída a ele o início da revolução tática no clube, completada pelo húngaro Dori Krueschner.
De volta ao Flamengo, na década-1940, Flávio Costa levou o clube o seu primeiro tri-1942/43/44 – e criou um sistema tático em que Biguá, Bria e Jaime se colocavam em uma linha diagonal, pelo lado direito, variação do WM, do inglês Herbert Chapman, sucesso na Europa. Em 1947, ele tornou-se treinador vascaíno e fez a sua diagonal, pela esquerda, com Ely do Amparo, Danilo Alvim e Jorge Sacramento. Foi campeão estadual naquele ano e bi, em 1949/1950. Antes, em 1948, levara o time ao título do Sul-Americano de Clubes Campeões, o primeiro do futebol brasileiro no exterior.
Flávio, treinador da Seleção Brasileira, vice-campeã da Copa do Mundo-1950, teve uma segunda passagem pelo Vasco, entre 1953/1956. Voltou à Gávea, em 1962, e ficou até 1965, tendo sido campeão carioca-1963.
Gentil é o terceiro, em pé, da esquerda para a direita, em foto reproduzido da Revista do Vasco |
Em 1931 e pelo Bonsucesso, Gentil foi o primeiro a esboçar, no Brasil, o WM, que havia visto na Europa, onde esteve em viagem como militar da Marinha. Ao Vasco chegou em 1952, para ser campeão carioca, com a última equipe do ciclo “Expresso da Vitória”. Sofreu muita pressão dos cartolas (termo que ele criou) e foi demitido após o jogo final da temporada, já em janeiro de 1953, quando os donos do poder em São Januário queriam e promoveram a volta de Flávio Costa.
ABEL BRAGA - Antes de treinar o time vascaíno, em 2000, sem
carregar nenhum caneco para a Colina, ele foi atleta da “Turma da Colina”,
entre 1976 a 1979. Nesta atividade, n entanto, ajudou a rapaziada a conquistar a
Taça Guanabara e o Campeonato Carioca, ambos de 1977, sob o comando do
treinador Orlando Fantoni – Mazaropi; Orlando ‘Lelé’, Abel, Geraldo e Marco
Antônio; Zé Mário, Helinho e Dirceu; Wilsinho, RobertoDinamit e Ramón
Pernambucano foi o time-base.
Carioca, nascido em 1º de setembro de
1952, Abel Carlos da Silva Braga vestiu a camisa cruzmaltina em 171
oportunidades, tendo em 11 delas balançado a rede. A sua segunda passagem pela
Colina já foi como treinador, em 2.000, mas sem títulos. Isso ele foi conquistar
dirigindo o time do Flamengo e sendo ganhador da Taça Guanabara e do Estadual-2004.
Abel chegou à Seleção Brasileira, mas só disputou um compromisso, pelo time A: 1 x 1 Inglatera, em 19 de abril de 1978, em Londres. Pouco depois, fez parte da equipe canarinha que foi à Copa do Mundo da Argentina-1978, mas não entrou em campo. Jogu mais pela seleção olímpica: 10 vezes, entre 1971 e 1972, vencendo três, empatando quatro e perdendo três partidas.
DORIVAL JÚNIOR – Paulista,
de Araraquara, Dorival Silvestre Júnior nasceu
em 25 de abril de 1962, dando continuidade ao seu tio Dudu (Olegário Toloi de
Okiveira) como mais um atleta da família.
Ele chegou ao Vasco, em 2009, para devolver a rapaziada à
elite do Campeonato Brasileiro. Ganhou a Série B-2009, na 36º rodada,
antecipadamente, mas isso não foi suficiente para o clube aceitar a sua pedida
e renovar o seu contrato. Saiu, esteve pelo Flamengo, entre 2012 e 2013, tendo sido
demtido por não aceitar redução saslarial.Dorival voltou a São Januário, em 2013, mas sem sucesso. Totalizou 68,68% de aproveitamento – 66 jogos, 40 vitórias, 16 empates e 10 quedas – emduas duas pasagens pela Colina, e 51,35% como flamenguista – 37 partidas, vencendo 15, empatando 12 e perdendo 10.
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