Quando defendia o
Bonsucesso, iniciando a carreira, ele batia até na sombra. Ganhou os apelidos de “Xerife” e de "Moisés
Paulada" e era o "profeta do apocalipse. Recomendava descer o sarrafo nos inícios das partidas, garantindo que nenhum juiz
expulsava ninguém de campo nos primeiros cinco minutos.
A camisa do Vasco levou Moisés à Seleção Brasileira. Reprodução de www.netvasco |
No entanto, a sua proposta mais indecorosa foi avisar aos zaguerios que eles
jamais deveriam pensar em ganhar o Trofeu Belfort Duarte, uma extinta premiação
aos ateltas brasileiros que ficassem 10 temporadas sem expulsões de campo.
Mesmo com
tanto veneno na língua (e nas chuteiras), Moisés foi excluído de poucas pelejas. Jogou pelos
quatro “grandes” do Rio de Janeiro, teve uma passagem pelo Paris Saint-Germain
e foi campeão paulista, pelo Corinthians-1977.
Moisés Matias Andrade, nascido em
Resende-RJ, viveu entre 30 de novembro de 1948
e 26 de agosto de 2008. Ao Vasco da Gama, chegou em 1971 e saiu em 1976,
tendo feito parte da equipe que levou para São Januário o primeiro título de
campeão brasileiro (primeiro, também, de um time carioca), comandado por Mário
Travaglini – Andrada; Fidélis (Paulo César), Miguel, Moisés (Joel
Santana/Marcelo) e Alfinete; Alcir, Zanatta e Ademir (Peres/Fred/Amarildo);
Jorginho Carvoeiro (Jaílson/Cláudio), Roberto Dinamite e Luiz Caralos Lemos.
Moisés, mesmo deixando implícito que
atacante pretendente a entrar na área do Vasco da Gama fizesse, antes, o seu
testamento, chegou à Seleção Brasileira. Convocado pelo treinador Mário Jorge
Lobo Zagalo, disputou um amistoso, em 21 de junho de 1973, asssitido por 80 mil
almas, em Moscou, vencendo a então União Soviética, por 1 x 0 – Wendel; Zé
Maria, Luís Pereira, Moisés e Marco Antônio; Clodoaldo e Rivellino; Valdomiro, Jairzinho (autor do gol), Leivinha e Paulo César
“Caju” foi a o time.
Moisés também fez parte dos jogadores que vestiram as camisas do Vasco e do
Flamengo, os maiores rivais do futebol carioca. Pelos rubro-negros, passou
antes (1968) e depois de ter sido um cruzmaltino (1978).
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