Durante o governo Juscelino
Kubitschek (1956 a 1961), a UDN-União Democrática Nacional resistia a qualquer conversa
sobre reforma constitucional. Ressentia-se de o marechal Henrique Lott,
ministro da Guerra, ter-lhe aplicado um contra-golpe, em 11 de novembro de
1955, assegurando a posse do JK, do
PSD-Partido Social Democrático.
Liderada pelo deputado Carlos Lacerda, a UDN tentava evitar o adversário no
poder, alegando que este não tivera a maioria dos votos e que a diferença para
o seu candidato, Juarez Távora, fora menor do que 500 mil, representando isso a
manifestação dos comunistas, proibidos de ocuparem cargos eletivos, desde 1946.
Ao assumir a liderança da maioria no Congresso Nacional, em 1956, o deputado baiano Vieira de Mello usou o tema reforma da carta como malandragem, pois o objetivo principal do Governo era atrair udenistas para uma conversa. Estes, no entanto, em vez de papo com o inimigo, preferiam desarquivar projetos que explodissem como bombas políticas, casos de propostas do baiano Aliomar Beleeiro e do mineiro Afonso Arinos.
Baleeiro propunha emenda constitucional para a maioria absoluta na eleição presidencial, enquanto Arinos defendia coligações partidárias, com candidatos distintos, elegendo-se o mais votado dentro da aliança. Na verdade, uma tabelinha com transferência de votos no placar.
Não funcionou a estratégia udenista, sobretudo porque, das eleições de outubro de 1955, a “maioria congressual” saíra fortalecida, deixando a frente PSD-PTB-Partido Trabalhista Brasileiro (do vice-presidente eleito, João Goulart, ex-ministro de Getúlio Vargas) com aumento de capacidade parlamentar para reformar a Constituição. A UDN viu que precisaria buscar algo mais sério para esgrimar com a base governista no Congresso, enquanato PSD-PTB sacava que a sucessão de JK passava por um projeto revisionista. Mas não o fez e nem os udenistas, com Jânio Quadros, que espadachou o PSD do candidato e marechal Lott, em pleito presidencial.
Pode-se dizer que nesta a UDN venceu, mas nem tanto, pois o JQ não
esquentou a cadeira de presidente, renunciando-a (sete meses depois) e jogando-a
no bumbum do petebista João Goulart, o Jango, que não teve muito tempo para
mexer com aquela “senhora” nascida em 1947, mulher de tantos fuxicos.
E, já que ninguém mexia com a “véa”, a milicada que derrubou o Jango e tomou o poder, em 1964, foi com tesão pra cima dela. Usou, não gostou e trocou por uma mais prenda nova, em 1967, usando nessa infidelidade o Ato Institucional Nº 4, empurrado goela abaixo do Congresso Nacional.
Passadas 21 temporadas daquele casamento com a inspiração da alma verde oliva, após tantas queixas sobre o seu caráter, chegou a vez da “véa” se vingar e xifrar os velhos amantes. Entrou de caso com a turma do Doutor Ulysses e chegou às vias do fato com aquela patota, em 1988 – êta “véa” danada! Teve amantes sabidos e nuca ignorados – em 1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988 – do Império à República, passando por ditaduras de caudilho gaúcho e de generais-presidentes – seguramente, esta não e uma “véa” séria!
Vieira de Mello, namoro malandro - imagem do museu da cidade de Barreiras-BA |
Ao assumir a liderança da maioria no Congresso Nacional, em 1956, o deputado baiano Vieira de Mello usou o tema reforma da carta como malandragem, pois o objetivo principal do Governo era atrair udenistas para uma conversa. Estes, no entanto, em vez de papo com o inimigo, preferiam desarquivar projetos que explodissem como bombas políticas, casos de propostas do baiano Aliomar Beleeiro e do mineiro Afonso Arinos.
Baleeiro propunha emenda constitucional para a maioria absoluta na eleição presidencial, enquanto Arinos defendia coligações partidárias, com candidatos distintos, elegendo-se o mais votado dentro da aliança. Na verdade, uma tabelinha com transferência de votos no placar.
Não funcionou a estratégia udenista, sobretudo porque, das eleições de outubro de 1955, a “maioria congressual” saíra fortalecida, deixando a frente PSD-PTB-Partido Trabalhista Brasileiro (do vice-presidente eleito, João Goulart, ex-ministro de Getúlio Vargas) com aumento de capacidade parlamentar para reformar a Constituição. A UDN viu que precisaria buscar algo mais sério para esgrimar com a base governista no Congresso, enquanato PSD-PTB sacava que a sucessão de JK passava por um projeto revisionista. Mas não o fez e nem os udenistas, com Jânio Quadros, que espadachou o PSD do candidato e marechal Lott, em pleito presidencial.
Pedro I, o primeiro amante, em imagem reproduzida de www.imperiobrazil |
E, já que ninguém mexia com a “véa”, a milicada que derrubou o Jango e tomou o poder, em 1964, foi com tesão pra cima dela. Usou, não gostou e trocou por uma mais prenda nova, em 1967, usando nessa infidelidade o Ato Institucional Nº 4, empurrado goela abaixo do Congresso Nacional.
Passadas 21 temporadas daquele casamento com a inspiração da alma verde oliva, após tantas queixas sobre o seu caráter, chegou a vez da “véa” se vingar e xifrar os velhos amantes. Entrou de caso com a turma do Doutor Ulysses e chegou às vias do fato com aquela patota, em 1988 – êta “véa” danada! Teve amantes sabidos e nuca ignorados – em 1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988 – do Império à República, passando por ditaduras de caudilho gaúcho e de generais-presidentes – seguramente, esta não e uma “véa” séria!
Nenhum comentário:
Postar um comentário