Vasco

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domingo, 13 de janeiro de 2019

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - O DOCE BALANÇO DA GAROTA DE IPANEMA

 Realmente, Heloísa Eneida Meneses Pais Pinto, a Helô, para as amigas, era a coisa mais linda, mais cheia de graça, quando passava diante do Bar Veloso, a caminho do mar.
 Não foi a toa que Tom Jobim e Vinicius de Morais constaram o seu “doce balanço”, que tornava o ar mais volátil  pelo cruzamento das ruas  Montenegro com  Prudente de Morais.  
Foto divulgação de capa de livro
 E lá se ia aquela garota se dourar na praia de Ipanema e ser beijada por ventos que fluíam e refluíam, constantemente.  Filha de um general aposentado, era tudo o que um poeta não gostaria de cantar. 
Perdoava, no entanto, o destino, por vê-la mostrando em sua caminhada geometria espacial em seu balanceio, quase um samba. Coisa de fórmula escapada do conhecimento egípcio e até do pai da “Teoria da Relatividade”, o físico alemão Albert Einstein, que não a conhecera quando visitara o Rio de Janeiro.
 Tom e Vinícius nem só escreveram e cantaram. Ficaram na certeza de que a beleza da garota que lhes encantava não era privilégio só de seus olhos. Sabiam que aquela mocidade passaria, mas deixaria, sempre, neles a sensação de culto a um misto de flor e sereia, cheia de luz.
A garota e a praia de Ipanema...

 Quando a música “Garota de Ipanema” – também – conquistou o carioca, a curiosidade sobre quem seria a musa musicada, evidentemente, foi enorme. Vinicius bateu o martelo: “Não vou dizer quem é. A moça é noiva e pode se aborrecer”.
 Em 1962, quando Helô cruzou com Vinícius pelos calçadões de Ipanema, o “Poetinha” disse-lhe, nem brincando e nem paquerando; “Eu e o Tom Jobim fizemos uma música pra você. Chama-se ‘Garota de Ipanema’. Claro! Ela corou. Mas gostou. Quem não gostaria?
 Três temporadas se passaram e o Rio de Janeiro ficou quatrocentão, em 1965. Como tudo era festa na “Cidade Maravilhosa”, a revista semanal “Manchete”, do empresário Adolpho Bolch, negociou um encontro da musa com o poeta, escalou o fotógrafo Sérgio Alberto Cunha.
... e num papo com  Vinicius, clicados pela revista 'Manchete"
De saída, Helô não queria ser fotografada. Mas terminou rolando as fotos que você vê e foram publicadas pela edição de 13 de setembro de 1965 – N 700 e ano 13 da semanária. No embalo, musa e poeta  decidiram revelar ao mundo a maior curiosidade do mundo. Na época, o presidente italiano, Giuseppe Saragat visitava o Brasil e São Paulo promovia a sua oitava bienal de artes plásticas internacional – notícias que tornaram-se secundárias.    
Dali por diante, a garota cresceu, casou-se, foi mãe, descasou-se, esteve capa de revista sexy – sozinha e com uma filha- , tornou-se empresária, gente de TV, escreveu um livro e viveu muitas aventuras, que se fossem todas contadas aqui não caberia em um só computador.    
Reprodução de o site "Biografia - Helô Pinheiro"

MÚSICA - “Garota de Ipanema” foi gravada, primeiramente, por Peri Ribeiro, filho de  Dalva de Oliveira. 
Composta, em 1962, já teve mais de 600 versões em vários outros idiomas e, entre outros, foi cantada, por Frank Sinatra. Teve, ainda, versão instrumental para a trilha do filme homônimo da canção, de 1967.  
Foto divulgação de grife de Helô
Na TV,  Helô apresentou o programa feminino “Ela”, na Bandeirantes década-1980; “Show da Tarde”, no SBT;  “Helô Pinheiro na Rede Mulher”; “Rio Mulher”,  na CNT-RJ e “The girl from Ipanema”,  no canal 42 Miami- Rio.

    GAROTA DA TELA
 Apresentou, também, o programa “Código de Honra”, da TV Justiça/Faculdade FMU/Iasp, discutindo o Direito, curso no qual graduou-se; “Programa De Cara Com a Maturidade”, outro da Bandeirante, e atuou nas novelas “Cara a Cara”, da Bandeirante; “ Água Viva”; “Coração Alado e “Aquele Beijo”, da Globo, e ”, da Globo, “Meus Filhos Minha”, do SBT.  
Ao lado da filha Ticiane, apresentou o programa “Ser Mulher”, da Fox Life - grande garota!   




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