O VENENO DO ESCORPIÃO - 'PÉROLAS' NEGRAS DA IMPRENSA ESTRANGEIRA

1 – Katharine Graham, editora do jornal norte-americano Washington Post, recebera duas informações para colocar na pauta do dia: 1 - um motorista perdera o controle do carro e fora parar dentro de uma casa, onde um casal transava em um sofá, na sala de visitas; 2 – cinco pessoas haviam invadido a sede do Partido Democrata, no Edifício Watergate. Ouvidas as duas pautas, ele indagou aos pauteiros: “Vocês não trouxeram nenhuma notícia séria? Desse jeito, não venderemos nenhum jornal, amanhã”.

Kissingr reproduzido de capa de livro
de Heather Wagner

OBS: para os esquecidinhos comedores de queijo: o caso Watergate derrubou o presidente Richar Nixon.           

2 – Segundo Henry Kissingr, que foi Secretário de Estado norte-americano, entre 1873 a 1977, o grande problema dos países comunistas era a falta de função dos partidos comunistas, que ele os comparava aos monges do Tibé. Para Kissinger, os PCs se limitavam a produzir ortodoxia ideológica, enquanto os tibetanos só ortodoxia religiosa.

3 -  O humorista norte-americano Alan King saiu do consultório do seu dentista indignado por ter pago preço que considerou exorbitante, pela colocação de uma coroa de ouro. E disse à imprensa que a coroa só poderia ter pertencido à Raínha Elizabeth II, da Inglaterra.  De sua parte, um outro humorista norte-americano, Bob Hope, disse: “Não sei porque continuo a reclamar do presidente Jimmy Carter (1977 a 1981). Afinal, ele não fez nada”.

4 – Em 1950, o escritor William L. Sirer lançou o primeiro volume de seu livro de memórias  “ Jornada Pelo Século Vinte”. Tinha 26 de idade e ouviu este comentário de um discípulo de Sigmund Freud: “Você jamais será um grande escritor, pois teve uma infância muito feliz”.

OBS: para os esquecidinhos comedores de muito queijo: Sirer escreveu o elogiadíssimo, aplaudidíssimo “Ascensão e Queda do Terceiro Reich”, uma das grandes obras da história do século 20.         

FHC reproduzido do acervo
presidencial do Palácio do Planalto

                                                                                                                                          5 – Durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2003), um repórter do “Jornal de Brasília” apelidou por “guardiões sincronizados” os garçons que serviam as refeições “vips” no Palácio da Alvorada, isto é, a visitantes mais do que ilustres, como os chefes de Estado. Os tais chegavam e rodavam pela mesa em duplas, trios, “qudrúplas e quíntúplas”, como se fossem robôs – um esquisito barato!      

6 – Quando sofreu um infarto, em 18 de setembro de 1981, ao ser colocado na maca que o levaria para o exame médico, no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, o presidente da República, João Figueiredo, brincou com os padioleiros, recomendando-os: “Cuidado! Não façam muita força, porque vocês podem ter um infarto” – coração bem humorado.  

7 - Ministro das Previdência Social (1979 a 1982), o gaúcho Jair Soares, indagado por um repórter do “Jornal de Brasília” sobre as sus relações com o colega Hélio Beltrão, da Desburocratização, respondeu:  “Muito boas, pois ele toca violão e eu canto”. Não contente com o que ouvira, o repórter atacou: “Mas vocês andam meio-desafinados”. Jair contra-atacou: “Isso, na sua opinião, que não é a mesma das paradas de sucesso”.

Obiang reproduzido de www.wikipedia

8 – Amaral de Souza, governando o Rio Grande do Sul (1979 a 1983) mandou queimar todos os arquivos estaduais do DOPS-Departamento de Ordem Pública e Social, baluarte da ditadura dos generais-presidentes que mandaram-no Brasil, entre 1964 a 1985. Detalhe: todos os arquivos haviam sido microfilmados -  Amaral fez muita fumaça. 

9 – Teodoro Obiang, ditador da Guiné Equatorial, atingindo 34 temporadas de sacanagens contra o seu povo, em 2012, era acusado por torturas e lavagem de dinheiro. Já que tinha milhões de dólares sobrando, comprou uma cobertura na Avenida Vieira Souto, no Rio de Janeiro, pagando R$ 80 milhões de reais. Maior transação imobiliária já ocorrida na Cidade Maravilhosa – os vizinhos não o expulsaram do prédio, pois o antigo vizinho não informou a ninguém quem seria o novo vizinho, porque ficou sabendo que os seus vizinhos não sabiam quem era o vizinho chegante.