Campeão mundial-1958 – foi bi, em 1962 -, o
goleiro e bonitão Gilmar não poderia deixar de ser procurado pelos anunciantes.
Pouco depois do Mundial da Suécia, uma empresa fabricante de camisa o chamou
para dar-lhe uma ajudinha no vestir bonito da rapaziada.
Por aquele tempo, os criadores das agências
publicitárias já usavam palavras em inglês, como “Sportliner”, para impressionar
os consumidores, o "camisa 1" do Corinthians e
dos selecionados paulista e brasileiro, garantia de que o tecido por ele promovido
não desbotava e assentava no corpo, como uma luva.
Gylmar dos
Santos Neves tinha um “y” em sua grafia, mas a imprensa o trocou pelo “i”, com
o qual ele foi escrito nos 104 jogos que disputou pelo escrete canarinho, entre
os 8 x 1 Bolívia, de 3 de março de 1953, e os 2 x 1 Inglaterra, no 12 de junho
de 1969, com 73 vitórias, 15 empates e 16 escorregadas (104 gols levados).
Gilmar, quando bicampeão mundial, ajudou a
vender, também, produto que deixava o consumidor mais elegante e com os olhos
mais protegidos, conforme garantia a peça publicitária sobre “óculos de luxo,
com lentes especiais de cristal, importadas da Tchecoeslováquia”. País, por sinal, que ele ajudou a vencer (3 x 1), durante a final da Copa do Mundo-1962, no
Chile.
Neste anúncio, Gilmar pegou o embalo do
sucesso de quem, igual a ele, desfrutava da idolatria nacional, a cantora Celly
Campello, eleita a primeira rainha da música jovem “brasuca”.
Logo, com óculos tão bem recomendados, a galera
poderia esperar esperar que um “Estúpido Cupido” pintaria pela frente, com certeza, quando
estivesse pegando um “Banho de Lua” com a gata da hora. Confere?
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