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domingo, 27 de janeiro de 2019

150 - DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - AS PRIMEIRA TELEMENINAS ESPORTIVAS

Maria Luiza, entrevistando Zagallo,. foi a
primeiríssima repórter global

  Desde 18 de outubro de 1950 que a primeira TV brasileira - Tupi-SP - estava no ar. Um mês depois, inaugurou-se a có-irmã do Rio de Janeiro. 
E  não demorou para o telejornalismo esportivo marcar presença na telinha: no 15 de outubro, Jorge Amaral narrou e Ari Silva comentou Palmeiras 2 x 0 São Paulo, direto do paulistano estádio do Pacaembu.
tre os cariocas, a primeira narração foi de Antônio Maria, em Vasco 2 x 1 América, no Maracanã e que deu o título estadual aos vascaínos.

  Como no rádio, o telejornalismo esportivo foi, de início, algo muito distante das mulheres. Só pelo final da década-1960 elas começaram a aparecer, representadas por Sheila Tardeli, participando das jornadas narradas por José Cunha, para a Tupi-RJ. Em 1969, quando a emissora lançou o progrma “Ataque & Defesa”, com Ruy Porto, ela, ainda, ajudava na produção.  
Monika Leitão parou e voltou à teleinha
  Em 1970, Marilene Dabus chegou no meio da rapaziada, como auxiliar de redação de Sérgio Cabral, para o programa “Jornal da Bola, da TV Continental-RJ. Em 1973, Miriam Delamare era tradutora de textos do primeiro grupo a fazer o “Esporte Espetacular”, da Globo. Em 1977, Rosemary Araújo, ex-atleta de vôlei, tornou-se a primeira apresentadora feminina de programas esportivos, em “Stadium”, da TV Educativa-RJ (atual TV Brasil), focando esportes olímpicos e paralímpicos.
 Vale ressaltar que “Stadium” está no ar desde aquela época, quando era diário. Depois, ficou semanal e, em 2016, novamente,  diário.  É o 12 mais na tigo da TV brasileira, entre os esportivos, tendo, na década- 1980, sido do SBT e da TV Gazeta.
 Nos passos de Rosemary, as próximas apresentadoras  da TV brasileira só vieram em 1983, no “Show do Esporte”, da TV Bandeirantes, com Sílvia Vinhas, Elis Marina, Sandra Annenberg e Simone Melo, entre outras, se revezando nas apresentações.   
 O primeiro grande lance das meninas da telinha, no entanto, já havia rolado desde 1978, quando Maria Luiza terminou o seu estágio na TV Globo e pediu ao diretor de jornalismo, Armando Nogueira, para ser repórter esportiva. Experimentada pelo editor  Hedyl Valle Júnior, foi aprovada e escalada para cobrir a Copa do Mundo-1978, na Argentina. 
Isabela Scalabrini já abandonou a reportagem esportiva
 Maria Luiza deu conta do recado, direitinho. E tornou-se objeto de admiração geral de jogadores – principalmente dos iranianos -,  jornalistas e povo argentino, que jamais vira  mulher fazendo aquilo. Entrevistada pela TV do país, distribuiu muitos autógrafos pelas ruas da cidade onde estava. 
A “Malu” abriu caminho para Monika Leitão, estagiária desde 1978, e Isabela Scalabrini. Esta, em 1979, também, após estagiar na Globo e passar seis meses apurado notícias, passou a fazer matérais para o “Globo Esporte”, de várias modalidades, exceto o futebol, assunto só para homens na emissora.
Enviada aos Jogos Pan-Americanos-1983, na Venezuela, Scalabrini mandou ver legal, até colocando matérias no “Jornal Nacional”, um dos principais programas da emissora. Garantiu passagem para cobrir os Jogos Olímpicos-1984, em Los Angeles-EUA, e em Seul-1988, nos Jogos da Coreia do Sul. Também, para a Copa do Mundo-1986, a segundo que o México promoveu.
Com a competência mostrada, ela foi enviada a vários Mundiais de vôlei e de basquete. Depois, esteve apresentadora do “Globo Esporte” e de “Esporte Espetacular”. Em 1992, trocou o esporte pela reportagem geral.
De sua parte, Monika Leitão, também, começou fazendo matérias para o “Globo Esporte”, quando o diretor da Divisão de Esportes era Ciro José e os editores Hedyl Valle Júnior, Michel Laurence e Luizinho Nascimento.

Rosemary Araújo foi a primeira apresentadora de "Stadium"
Por mostrar segurança nas entradas ao vivo em vários telejornais de 1980, Monika foi enviada  para ser a primeira mulher brasileira a cobrir  Jogos Olímpicos – os de Moscou. No mesmo 1980, esteve em Porto Rico, cobrindo o Pré-Olímpico de basquetebol, mas não se entusiasmou muito, pois, em 1981, casou-se e abandonou a carreira, para a qual voltou, em 1994, apresentando programa na TV Record-SP.
Monika voltou, também, à Globo, ficando por uma temporada como repórter, em São Paulo. Depois, transferiu-se para a Globo-RJ e, em 1996, passou a produtora de “Esporte Espetacular” e participante de coberturas de grandes eventos internacionais, como X-Games;  Volvo Ocean Reace – regata volta ao mundo – e Homeless World Cup.
Atualmente, temos mulheres reportando, comentando e até narrando, como ocorreu na recente Copa do Mundo da Rússia – grande jogada delas na latinha.


1 - As fotos de Monika Leitão e de Isabela Scalabrini foram reproduzidas de www.memória.globo.com, enquanto as de Maria Luiza e de Rosemary Araújo vieram do vascaíno Jorge Medeiros. Agradecimentos.
2 - Após 150 títulos, completados com o de hoje, esta coluna trocará de nome a partir do próximo dia 3 de fevereiro, passando a ser "O DOMINGO É UMA MULHER BONITA".    









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