Em 1967, o
“Almirante” levou para a Colina um atacante que era bancário. Literalmente! Não sentava-se no banco dos reservas, mas, há 12 anos, servia
ao Banco Bandeirantes, que concedeu-lhe um ano de licença para ele faturar gols
no futebol carioca. Afinal, aquele vinha sendo o seu grande negócio, como
comprovava a vice-artilharia do Campeonato Paulista-1966, jogando pelo pequeno
Comercial, de Ribeirão Preto.
Filho do
ponta-esquerda Pascoal Bim, da época em que o Noroeste, de Bauru, era amador,
o novo vascaíno fora registrado no cartório por Cleiton Paulo Bim Neto e havia estudado até o segundo ano do curso de Contabilidade, quando teve de
optar entre os números e a bola.
Ao chegar a São Januário, Paulo Bim, que casara-se, há dois meses, com Ana Maria, ficou sabendo que fora contratado para substituir o maior
ídolo da torcida cruzmaltina da época, o goleador Célio Taveira, que havia sido negociado com o
uruguaio Nacional, de Montevidéu. Por sinal, os dois eram muito parecidos,
fisicamente, e até tinham a mesma altura: 1m77cm.
Reprodução de álbum de figurinhas garimpadas por www.rgdogol.com |
Nascido em Guararapes-SP, em 23 de março de 1941, Paulo Bim, como todo garoto
brasileiro, jogava as suas peladas de rua. Entrou para o time da
Associação Atlética Brasil e foi pentacampeão amador da cidade, dos 15 aos 19
anos de idade. O próximo time foi o Associação Atlética Oswaldo Cruz, das
cidade do mesmo nome e que chegou à primeira divisão do futebol paulista. Foi
por ali que profissionalizou-se.
Em 1963, Paulo Bim mudou-se para a Ferroviária, de
Araraquara, da Divisão Especial do Campeonato Paulista, a mais importante da Federação estadual de futebol. Em 1964, foi
para o Comercial, de Ribeirão Preto, pelo qual marcou muitos gols e despertou a cobiça do Vasco da Gama. Até então, o máximo que o
seu currículo contava eram as convocações para as seleções brasileira de
acesso-1962 e paulista de novos-1966.
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