Vasco

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terça-feira, 1 de agosto de 2017

FERAS DA COLINA - PAULO BIM

  Em 1967, o “Almirante” levou para a Colina um atacante que era bancário. Literalmente! Não sentava-se no  banco dos reservas, mas, há 12 anos, servia ao Banco Bandeirantes, que concedeu-lhe um ano de licença para ele faturar gols no futebol carioca. Afinal, aquele vinha sendo o seu grande negócio, como comprovava a vice-artilharia do Campeonato Paulista-1966, jogando pelo pequeno Comercial, de Ribeirão Preto.
 Filho do ponta-esquerda Pascoal Bim, da época em que o Noroeste, de Bauru, era amador, o novo vascaíno fora registrado no cartório por Cleiton Paulo Bim Neto e havia estudado até o segundo ano do curso de Contabilidade, quando teve de optar entre os números e a bola.
 Ao chegar a São Januário, Paulo Bim, que casara-se, há dois meses, com Ana Maria, ficou sabendo que fora contratado para substituir o maior ídolo da torcida cruzmaltina da época, o goleador Célio Taveira, que havia sido negociado com o uruguaio Nacional, de Montevidéu. Por sinal, os dois eram muito parecidos, fisicamente, e até tinham a mesma altura: 1m77cm.
Reprodução de álbum
de figurinhas garimpadas por
www.rgdogol.com
Por sinal, devido aquela semelhança, a coluna “Candinha no Esporte”, da Revista do Esporte – Nº 432, de 17.06.1967 – reuniu os dois, quando o antigo goleador cruzmaltino enfrentou o Vasco, pela primeira vez, como tricolor uruguaio, e ao lado da foto escreveu: “ Como são parecidos o Célio e o Paulo Bim. Tanto que quando o fotografo o chamou ara posar ao lado do novo atacante vascaíno, o Célio encarou-o e exclamou: ‘Puxa, esse cara é meu irmão gêmeo?”.
 Nascido em Guararapes-SP, em 23 de março de 1941, Paulo Bim, como todo garoto brasileiro, jogava as suas peladas de rua. Entrou para o time da Associação Atlética Brasil e foi pentacampeão amador da cidade, dos 15 aos 19 anos de idade. O próximo time foi o Associação Atlética Oswaldo Cruz, das cidade do mesmo nome e que chegou à primeira divisão do futebol paulista. Foi por ali que profissionalizou-se.
 Em 1963, Paulo Bim mudou-se para a Ferroviária, de Araraquara, da Divisão Especial do Campeonato Paulista, a mais importante da Federação estadual de futebol. Em 1964, foi para o Comercial, de Ribeirão Preto, pelo qual marcou muitos gols e despertou a cobiça do Vasco da Gama. Até então, o máximo que o seu currículo contava eram as convocações para as seleções brasileira de acesso-1962 e paulista de novos-1966.                       

 

 

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