Vasco

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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

XERIFES DA COLINA - FERNANDO S - 16

  A carreira do zagueiro Fernando Silva incorporou dois fatos inimagináveis para ele: foi um dos responsáveis pelo milésimo gol de Pelé e entrou na primeira troca de jogadores entre os grandes rivais Bahia e Vitória, além de ter sido campeão estadual pelos dois clubes, algo raríssimo na “Boa Terra”.
Fernando, em 1969, reproduzido de
www.usp.com.br
Da primeira parte, ele jura que não houve o pênalti que resultou no gol mais visto (pela TV) do que a chegada do homem à lua. Garante que Pelé tropeçou em uma de suas pernas e caiu dentro da área vascaína, para o árbitro pernambucano Manoel Amaro de Lima ver infração.
 Fernando insiste que o DVD “Pelé Eterno” mostra isso, claramente, razão de chamar o apitador de “juiz encomendado”– Andrada; Fidélis, Moacir, Fernando e Eberval; Renê e Buglê; Acelino (Silvinho), Adílson, Beneti e Danilo Menezes foi o time vascaíno, comandado por Célio de Souza.
 Fernando estava com 21 anos de idade na noite de 19 de novembro, quando foi acusado de ter cometido, no Maracanã, o pênalti mais famoso do futebol brasileiro. Estava acostumado a jogar do lado de Brito, mas, daquela vez, o seu companheiro foi Moacir.
Na época, não usava-se zagueiro na sobra, dois zagueiros com dois laterais ajudando e nem dois volantes fixos. Era no mano a mano, quatro defensores marcando quatro atacantes.
Ao futebol baiano, Fernando chegou em 1972, sendo campeão estadual e ajudando o Vitória a fazer um bom Campeonato Brasileiro, com Mário Sérgio e Osni sendo os principais astros. Para o Bahia, foi trocado  por Natal, um dos ídolos do Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes.
Embora tivesse nascido em Minas Gerais, Fernando iniciou a carreira pelo paulistano Juventus. Depois do Vasco, defendeu o Bangu, antes de ir para o futebol baiano. O Fluminense de Feira de Santana e o Leônico foram os seus últimos clubes. Neste, aos 29 anos de idade, encerrou a carreira, devido a uma lesão facial, em 1981, jogando na cidade alagoana de Arapiraca, pelo Campeonato Nacional.
 Uma cabeçada quebrou-lhe o rosto, levando-o a passar por duas cirurgias. Até tentou voltar a jogar, mas o calor fazia o seu nariz sangrar. Não deu mais. Então, estudou e montou um escritório imobiliário com assistência jurídica. Depois, voltou ao Rio de Janeiro e passou a trabalhar em uma escolinha de futebol conveniada ao Vasco, na cidade de Maricá, na Região dos Lagos, Rio de Janeiro.

 

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