A
carreira do zagueiro Fernando Silva incorporou dois fatos inimagináveis para ele:
foi um dos responsáveis pelo milésimo gol de Pelé e entrou na primeira troca de
jogadores entre os grandes rivais Bahia e Vitória, além de ter sido campeão
estadual pelos dois clubes, algo raríssimo na “Boa Terra”.
Fernando, em 1969, reproduzido de www.usp.com.br |
Fernando insiste que o DVD “Pelé Eterno” mostra isso, claramente, razão de chamar o apitador de “juiz encomendado”– Andrada; Fidélis, Moacir, Fernando e Eberval; Renê e Buglê; Acelino (Silvinho), Adílson, Beneti e Danilo Menezes foi o time vascaíno, comandado por Célio de Souza.
Fernando estava com 21 anos de idade na noite de 19 de novembro, quando foi acusado de ter cometido, no Maracanã, o pênalti mais famoso do futebol brasileiro. Estava acostumado a jogar do lado de Brito, mas, daquela vez, o seu companheiro foi Moacir.
Na época, não usava-se zagueiro na sobra, dois zagueiros com dois laterais ajudando e nem dois volantes fixos. Era no mano a mano, quatro defensores marcando quatro atacantes.
Ao
futebol baiano, Fernando chegou em 1972, sendo campeão estadual e ajudando o
Vitória a fazer um bom Campeonato Brasileiro, com Mário Sérgio e Osni sendo
os principais astros. Para o Bahia, foi trocado
por Natal, um dos ídolos do Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes.
Embora tivesse
nascido em Minas Gerais, Fernando iniciou a carreira pelo paulistano Juventus.
Depois do Vasco, defendeu o Bangu, antes de ir para o futebol baiano. O
Fluminense de Feira de Santana e o Leônico foram os seus últimos clubes. Neste,
aos 29 anos de idade, encerrou a carreira, devido a uma lesão facial, em 1981,
jogando na cidade alagoana de Arapiraca, pelo Campeonato Nacional.
Uma cabeçada quebrou-lhe o rosto, levando-o a
passar por duas cirurgias. Até tentou voltar a jogar, mas o calor fazia o seu
nariz sangrar. Não deu mais. Então, estudou e montou um escritório imobiliário
com assistência jurídica. Depois, voltou ao Rio de Janeiro e passou a trabalhar
em uma escolinha de futebol conveniada ao Vasco, na cidade de Maricá, na Região
dos Lagos, Rio de Janeiro.
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