Na década de 1930, quando
o futebol brasileiro profissionalizou-se, os zagueiros não costumavam
abandonar a sua área. Tentar marcar gols não era comum. Mas apareciam alguns
que balançavam o filó. Caso de Florindo Alves Ferreira, que deixara duas redes
sacudindo durante os seus 61 jogos pelo Atlético-MG.
Em 1937, o Vasco precisava
de um cabra macho lá atrás. E foi a Belo Horizonte buscar Florindo, que já
tinha no currículo os títulos de campeão mineiro-1936 e do Torneio dos
Campeões-1937 – antes do Galo, defendera o Tupinambás, de Juiz de Fora-MG,
onde nascera, em 21 de abril de 1924, e o Siderúrgica. Em São Januário, ele
emplacou e chegou à Seleção Brasileira.
TITULAR – Em 1937, Poroto
e Itália eram os donos da zaga vascaína. Na temporada seguinte, Florindo barrou
o segundo, que disputara a primeira Copa do Mundo-1930, no Uruguai. E
passou a fazer dupla com Jahu. Depois, com Osvaldo. Só em 1943 perdeu a
posição, quando apareceram Haroldo, Sampaio, Rubens e Rafagnelli disputando as
duas vagas de “xerifes”.
Em 1942, em seu último ano
como titular, Florindo foi figura destacada em uma das mais catimbadas páginas
da história cruzmaltina, a conquista Troféu da Paz.
Inclusive, um dos
seus lances de raça, mereceu a contracapa do Nº 207 da revista “Esporte
Ilustrado de 26 de março. “Florindo Espetacular!”, exclamava a manchete.
SOBRE A CATIMBA, vale
explicar: Vasco e América disputaram um amistoso comemorativo da
pacificação da bola do então Distrito Federal, que tinha duas entidades
brigando, a Liga Carioca de
Futebol e a Federação Metropolitana de Desportos.
O duelo rolou em 31 de julho de 1937, e a “Turma da Colina” mandou 3 x 2, em São Januário, diante de 25 mil almas. De quebra, ficou com a Taça Pinto Bastos e o Bronze da Vitória. Além daquilo, haveria, ainda, o Troféu da Paz, para ser decidido em melhor de três.
O duelo rolou em 31 de julho de 1937, e a “Turma da Colina” mandou 3 x 2, em São Januário, diante de 25 mil almas. De quebra, ficou com a Taça Pinto Bastos e o Bronze da Vitória. Além daquilo, haveria, ainda, o Troféu da Paz, para ser decidido em melhor de três.
Nesse ponto entram duas versões. Pela americana, o trio de embates
englobaria o jogo de 31 de julho de 1937 e as suas vitórias (3 x 1) de 5 de
setembro de 1937 e (2 x 0) de 25 de agosto de 1938. Segundo o “Jornal do
Brasil”, a decisão só foi ocorrer em 24 de março de 1942, com 2 x 1 vascaínos. Da mesma forma, a edição citada acima da “Esporte
Ilustrado” faz a mesma afirmação, com manchete nas páginas centrais:
“Vasco conquistou o Troféo da Paz”.
A REVISTA publica a foto do time campeão, do seu
primeiro gol e uma terceira folha destaca o goleiro vascaíno Walter
praticando uma defesa.
No texto, escreve: “... a disputa do ‘Troféo da Paz’ constitui uma legítima ‘avant-première’ do certame de 1942... Venceu o Vasco e mereceu vencer porque encontrou com mais oportunidades o caminho das redes...”
O duelo deu-se no Estádio Wenceslau Braz, apitado por Solon Ribeiro. Florindo formou dupla de zaga com Oswaldo.
Além do já citado goleiro Walter, o time teve ainda, na defensiva, Figliola, Zarzur (Noronha) e Dacunto. O ataque esteve com Alfredo II, Ademir Menezes, Massinha, Villadoniga, que marcou os dois gols, e Manoel Rocha – depois passou por São Paulo, São Cristóvão e Francana-SP.
Florindo é o penúltimo à direita, em pé, em foto reproduzida da revista e Esporte Ilustrado |
No texto, escreve: “... a disputa do ‘Troféo da Paz’ constitui uma legítima ‘avant-première’ do certame de 1942... Venceu o Vasco e mereceu vencer porque encontrou com mais oportunidades o caminho das redes...”
O duelo deu-se no Estádio Wenceslau Braz, apitado por Solon Ribeiro. Florindo formou dupla de zaga com Oswaldo.
Além do já citado goleiro Walter, o time teve ainda, na defensiva, Figliola, Zarzur (Noronha) e Dacunto. O ataque esteve com Alfredo II, Ademir Menezes, Massinha, Villadoniga, que marcou os dois gols, e Manoel Rocha – depois passou por São Paulo, São Cristóvão e Francana-SP.
ESCRETE - Florindo estreou
e despediu-se da Seleção Brasileira em São Januário. Na estreia, Brasil 3 x 2
Argentina, em 22 de janeiro de 1939, pela Copa Roca. O time era comandado por
Carlos Nascimento e foi: Thadeu, Domingos da Guia e Florindo; Zezé
Procópio, Brandão e Afonsinho; Adílson, Romeu, Leônidas da Silva, Perácio
e Carreiro.
No último jogo, em 24 de março de 1940, em Uruguai 4 x 2, pela Copa Rio Branco, o treinador já era Jayme Pereira Barcellos e Florindo teve a companhia de outros dois vascaínos, o goleiro Nascimento e o médio Zarzur. A equipe foi: Nascimento, Norival e Florindo; Zezé Procópio Zarzur e Afonsinho; Pedro Amorim, Hortêncio (Romeu), Leônidas das Silva, Jair Rosa Pinto e Hércules.
Os seis jogos de Florindo
pela Seleção Brasileira foram: 22.01.1939 – 3 x 2 Argentina; 25.02.1940 –
0 x 3 Argentina; 05.03.1940 – 1 x 6 Argentina; 10.03.1940 – 3 x 2 Argentina; 17.03.1940 – 1 x 5 Argentina; 25.03.1940 –
3 x 4 Uruguai.No último jogo, em 24 de março de 1940, em Uruguai 4 x 2, pela Copa Rio Branco, o treinador já era Jayme Pereira Barcellos e Florindo teve a companhia de outros dois vascaínos, o goleiro Nascimento e o médio Zarzur. A equipe foi: Nascimento, Norival e Florindo; Zezé Procópio Zarzur e Afonsinho; Pedro Amorim, Hortêncio (Romeu), Leônidas das Silva, Jair Rosa Pinto e Hércules.
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