Ele foi o
segundo artilheiro vascaíno dos Campeonatos Cariocas, linhagem inaugurada
por Russinho, em 1929 (23 gols) e repetida em 1931 (17). Os seus 25 tentos do
ano de sua estreia, em 1937, só foram superados por Roberto
Dinamite, que marcou 31, em 1981.
Nome do cidadão: Leonísio Fantoni, o Niginho, cruzmaltino entre outubro de 1937 a
setembro de 1939. Antes, fora do Cruzeiro-MG, do qual seguiu para o
Lázio-ITA, onde virou Fantoni III, por ser de uma família em que os irmãos Ninão e Orlando, e o primo Nininho também eram boleiros. Niginho era irmão de um outro jogador vascaíno.... |
O jornal “ A Noite” escreveu isso sobre a
estreia de Niginho: “A atuação do popular jogador correspondeu plenamente à expectativa.
Agindo com desenvoltura e corretamente, Niginho orientou os ataques do seu
novo time, conseguindo, além disso... dois magníficos gols, na forma que lhe é
característica, com dois indefensáveis chutes”.
Realmente,
os petardos eram uma marca registrada de Niginho, rompedor que compensava
com aquilo e piques rápidos o que lhe faltava em habilidade. Por
sinal, foi um dos motivos que o fizeram ser ídolo no Cruzeiro e no Lázio, clube
que gostava de jogadores altos e fortes, como ele.
EXPULSO DA "BOTA" - Mesmo ídolo da Lázio, Niginho foi expulso da Itália, por recusar-se a servir ao exército de Benito Mussolini que iria fazer a guerra na Abissínia, em 1936.
Bom para o Vasco, que foi buscá-lo no então Palestra, futuro Cruzeiro, para
onde voltara.
Íntimo das redes –
marcara quatro vezes durante os 12 x 0 sobre o Andaraí e com a média acima de
um gol por partida (25 em 20 jogos do Carioca de 1937), Niginho foi
convocado para a Seleção Brasileira da Copa do Mundo-1938, na
Itália. Porém, um veto italiano, aceito pela
FIFA, atendendo vingança do governo fascista do país, o impediu de jogar.
Quem “pagou o pato” foi o Flamengo.
Durante a inauguração do estádio da Gávea e abertura do Estadual Carioca-1938, aos 3 minutos da etapa final, ele abriu a conta. E bisou o
feito, aos 33. Era o dia 4 do 9. Então, 4 + 9 = 13. Tudo no 3.
Em 11
de junho do ano seguinte, Niginho voltou a aprontar diante dos Fla, no
mesmo local e em um domingo: 2 x 0, com dois gols, os últimos que marcaria
com a jaqueta preta da Colina. Por aquela época, seu treinador já era Gentil
Cardoso e o time este: Nacimento, Jahu e Florindo; Argemiro, Zarzur e
Calocero (Oscarino); Orlando, Villadoniga, Nignho, Gandulla e Emeal.
...Orlando, que foi, também, treinador do Vasco, na década-1970 |
CAMISA BRANCA –Era
a tarde do domingo no 16 de janeiro de 1938. Que a galera se lembrasse, nunca
tinha visto a rapaziada adentrar ao tapete verde São Januário usando camisa
branca com faixa transversal preta. Quem não foi ao jogo, surpreendeu-se, no
dia seguinte, quando o "Jornal do Sports" fez alusão ao fato,
com fotos de Vasco 4 x 1 Bonsucesso, pelo Campeonato Carioca.
Quem se deu melhor
naquela tarde foi Niginho, autor de dois gols. O prélio rolou em janeiro de 1938, mas ainda valia, pelo Campeonato Carioca de 1937.
A
“Turma da Colina”, meramente, só cumpriu tabela. Além de Niginho, marcaram os
outros gols os atacantes Lindo e Luna, por este fime: Rey, Poroto e (Zé Luís)
Itália; Rafa, Zarzur e Calocero; Lindo, Alfredo I, Niginho, Feitiço e Luna. O
Vasco terminou a temporada em terceiro lugar, há oito pontos do campeão,
totalizando 30 pontos, em 22 jogos, vencendo 13, empatando 4 e perdendo 5.
Marcou 84 e sofreu 42 gols –Niginho nasceu em 12 de fevereiro de 1912 e viveu
até 5 de setembro de 1975.
FOTOS REPRODUZIDAS DA REVISTA DO CRUZEIRO EC, Nº 45, DE MAIO-2000. AGRADECIMENTO DESTE BLOG NÃO É COMERCIAL, SÓ DE DIVULGAÇÃO HISTÓRICA.
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