Xerifão na zaga
vascaína da década-1980, Fernando Cézar
de Matos não tinha dúvidas quando precisava espanar bola ou atacante. Mas após encerrar a carreira, quando lhe pediam palpite para jogo entre times que defendera, no ato, fazia
questão de ficar, literalmente, em cima do muro.
- Não tenho o
direito de torcer contra antigos companheiros, por ter vivido momentos
importantes com as camisas dos clubes que defendi. O Vasco, por exemplo, estará, para sempre, no
meu coração, e não me dá esse direito, disse, numa dessas ocasiões.
Cria da Portuguesa
Santista, em 1980, Fernando foi trabalhado pelo treiandor Ari Marta e, em 1984,
o Santos o levou, para participar do título paulista da temporada, quando
aprendeu as malandragens de Rodolfo Rodriguez, Márcio Rossini, Toninho Carlos, Paulo
Isidoro e Zé Sérgio, aquela galera.
Nesta foto reproduzida do arquivo pessoal do atleta, Fernando Matos é o quinto em pé, da esquerda para a direita. |
Bicampeão
estadual-1987/1988, Fernando ajudou a rapaziada a trazer dois canecos
importantes do exterior, os espanhóis Ramón de Carranza e Tereza Herrera,
jogando ao lado de feras como Acácio, Donato, Mazinho, Zé do Carmo, Tita,
Geovani, Mauricinho e Romário. Ele
considera a conquista da Taça Guanabara-1986, pouco depois de sua chegada à ao
Vasco da Gama, como o seu momento mais emocionante como cruzmaltino, pois a
moçada não o caneco há quase
uma década.
Por ser um
zagueiro técnico e que marcava gols, Fernando não demorou a cair no
gosto da galera. Quem sofreu muito com a sua forte marcação foi o baiano Bebeto,
quando era flamenguista e magrinho. Fernando
deixou o Vascoa, em 1989, para defender o português Louletano. Em 1991, voltou
e pulou para o outro lado do balcão, jogando pelo maior rival vascaíno, o
Flamengo. Ficou campeão da Copa do Brasil da temporada, dirigido pelo ex-meia
vascaínoJair Pereira e totalizou 115 jogos e 11 gols rubro-negros.
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