Vasco

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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

XERIFES DA COLINA - FERNANDO M - 17

Xerifão na zaga vascaína da década-1980,  Fernando Cézar de Matos não tinha dúvidas quando precisava espanar bola ou atacante. Mas após encerrar a carreira, quando lhe pediam palpite  para jogo entre times que defendera, no ato, fazia questão de ficar, literalmente, em cima do muro.
- Não tenho o direito de torcer contra antigos companheiros, por ter vivido momentos importantes com as camisas dos clubes que defendi.  O Vasco, por exemplo, estará, para sempre, no meu coração, e não me dá esse direito, disse, numa dessas ocasiões.
Cria da Portuguesa Santista, em 1980, Fernando foi trabalhado pelo treiandor Ari Marta e, em 1984, o Santos o levou, para participar do título paulista da temporada, quando aprendeu as malandragens de Rodolfo Rodriguez, Márcio Rossini, Toninho Carlos, Paulo Isidoro e Zé Sérgio, aquela galera.
Nesta foto reproduzida do arquivo pessoal do atleta, Fernando Matos é o quinto em pé, da esquerda para a direita.
Nascido, em 17 de junho de 1961, na paulista José Bonifácio, o xerifão teve a sorte de ser dirigido pelos treinadores da moda da sua época, como Carlos Castilho e Chico Formiga, no Santos, e Antônio Lopes, Carlos Aberto Zanatta e Sebastião Lazaroni, no Vasco. Desembarcou em São Januário, em 1985,  e inscreveu o seu nome na galeria do xerifado da Colina.
Bicampeão estadual-1987/1988, Fernando ajudou a rapaziada a trazer dois canecos importantes do exterior, os espanhóis Ramón de Carranza e Tereza Herrera, jogando ao lado de feras como Acácio, Donato, Mazinho, Zé do Carmo, Tita, Geovani, Mauricinho e  Romário. Ele considera a conquista da Taça Guanabara-1986, pouco depois de sua chegada à ao Vasco da Gama, como o seu momento mais emocionante como cruzmaltino, pois a moçada não o caneco  há quase uma década.
Por ser um zagueiro técnico e que marcava gols, Fernando não demorou a cair no gosto da galera. Quem sofreu muito com a sua forte marcação foi o baiano Bebeto, quando era flamenguista e magrinho. Fernando deixou o Vascoa, em 1989, para defender o português Louletano. Em 1991, voltou e pulou para o outro lado do balcão, jogando pelo maior rival vascaíno, o Flamengo. Ficou campeão da Copa do Brasil da temporada, dirigido pelo ex-meia vascaínoJair Pereira e totalizou 115 jogos e 11 gols rubro-negros.

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