Vasco

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domingo, 27 de agosto de 2017

XERIFES DA COLINA - CÉLIO SILVA - 28

  Além de “xerifão”, Célio Silva assombrava por mais um detalhe: tinha uma 'porradaça' no pé bom de cobranças de faltas. Enviava verdadeiros  “mísseis teleguiados” para os pobres dos goleiros se virarem. Mas quem se apavoravam mais eram os caras da barreira. Pediam, encarecidamente, aos colegas, para não fazerem falta pelas proximidades da área. Sentiam-se no pelotão de fuzilamento, diante do “Canhão do Brasil”, como os “speakers”  chamavam aquele becão, de 1m80cm de altura, explodindo vigor e saúde.
 Célio Silva – nascido, em Miracema-RJ, em 20.05.1968 – encantou aos vascaínos quando defendia o Americano, de Campos-RJ, em 1987. Durante aquela temporada, ele ajudou os alvinegros campistas na conquista de três títulos: dos Brasileiro da Série B e de Seleções Estaduais, pela do RJ, e ainda o de campeão do Interior.
Reproduzido do jornal
Correio do Brasil.
DESEMBARCADO EM São Januário, onde ficou até 1993, Célio Silva seguiu com fome de taças e faixas. Em 1988, mandou ver em 11 partidas do time campeão do Estadual-RJ, com 21 vitórias, em 27 jogos – além de três empates e três quedas.
 Por ser “chegante” na Colina, o impetuoso Célio teve de esperar um pouco para ser titular, pois os “xerifes de plantão” – Donato e Fernando Mattos – estavam em grande forma.
O TÍTULO MAIS importante, no entanto, viria na temporada-1980, o de campeão brasileiro, dividindo posição com o equatoriano Quiñonez, no time armado pelo treinador Nelsinho Rosa. Célio Silva foi campeão, ainda, como vascaínos, das Taças Rio-1988 e Guanabara-1990, ambas representando uma fase do Estadual, e bi do espanhol Torneio Ramon de Carranza-1988/89. De quebra, ajudou a rapaziada a levar os canecos de torneios rápidos (Brigadeiro Jerônimo Bastos-1988 e Adolpho Bloch-1990).
QUANTO a Quiñonez, o rival de Célio no “xerifado” da área cruzmaltina, este – nascido, em 13.10.1962, em San Carlos, e registrado por Holger Abraham Quiñónez Caicedo – chegou ao Vasco de maneira idêntica. Defendia um adversário (Barcelona, de Quyaquil), e entusiasmou aos vascaínos enfrentando-os. Mas ficou só de 1989 a 1990 no Vasco, a tempo de disputar 39 partidas, formando dupla de zaga campeã com Marco Aurélio.  
IGUALDADES entre Célio e Quiñonez: foram jogadores, também, de seleções nacionais. Pela canarinha, Vagno Célio do Nascimento Silva disputou nove jogos – quatro vitórias, três empates e duas escorregadas –, todos em 1997. Diferença entre os dois? O equatoriano era dois centímetros mais alto; o brasileiro mais rápido.   

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