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sábado, 12 de agosto de 2017

KIKE EDITORIAL (OU O VENENO DO ESCORPIÃO-36) - JORNAL DA BAHIA - Nº1º

1 -  Em 1962, Portugal mandou  para cá uma réplica da imagem de Nossa Senhora da Esperança, a que viajara com Pedro Alvares Cabral, em 1.500, quando ele descobriu o Brasil. Então, três mil baianos reuniram-se na Praça das Pedrinhas, em Porto Seguro, para comemorar os 462 anos do acontecido, com missas celebrada por  Don Policarpo da Costa Vaz, Bispo da Guarda, e com a presença, também, de 17 prefeitos de portuguesas vilas da Beira. Mas, como a missa aconteceu a cerca de dois quilômetros onde os historiadores acreditam ter sido o local em que o Frei Henrique de Coimbra rezara a primeira por aqui, a galera de Cabrália boicotou Jesus. Não aceitava a glória ser da vizinha Porto Seguro – por dois quilômetros de fronteiras municipais, a fé religiosa baiana tinha limites, quatro séculos depois.                          

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2 – De olho nas eleições de 7 de outubro de 1962, foi anunciado que o ministro da Educação,  Oliveira Brito (foto), o secretário Vieira de Mello e os deputados Aluísio de Castro e Régis Pacheco estavam unidos  para isolarem, dentro do PSD-Partido Social Democrático, o ex-governador Antônio Balbino. Ao tomar conhecimento do fuxico, o deputado Antônio Carlos Magalhães, que era da UDN, achou esquisito aquilo, pois Balbino ainda detinha a maior influência pedessista na Bahia. E anunciou solidariedade ao homem, mesmo sendo de um outro partida. Depois da Revolução de 31 de Março de 12964, só ACM sobreviveu. Enxergava mais longe.

3 – No dia 22 de novembro de 1979, após o presidente da República, o general João Batista de Oliveira Figueiredo enviar ao presidente do Congresso Nacional, o baiano Luís Viana Filho, o texto que extinguia a Aliança Renovadora Nacional-ARENA e o Movimento Democrático Brasileiro-MDB, ao tomar conhecimento do fato, o presidente da última legenda citadas, o deputado Ulisses Guimarães, gritou: “O general acha que o Congresso é a cocheira dos seus cavalos”.   

4 – Pelo final da década-1980, ao ser preso, em Salvador, como estelionatário,  José Carlos Tenório da Silva, de 23 de idade, dissera ao delegado que ele era um jogador famoso do Vasco da Gama, que atuara ao lado de Lorico e Saulzinho (astros da década-1960)  e que estava sendo confundido com algum homônimo. Investigação feita, ficou constatado que o sujeito contava com vários inquéritos abertos pela Delegacia de Defraudações e Falsificações e tivera algumas entradas na de Furtos e Roubos. E não passara de juvenil vascaíno.

5- Escreveu a revista carioca "O Cruzeiro", de 5 de setembro de 1953:" O Ministro Antônio Balbino deixará marcada a sua passagem pelo Ministério da Educação com uma iniciativa do mais alto valor: a da criação da assistência Técnica de Educação e Cultura. Os nomes mais representativos das letras, das artes, da ciência e da cultura do Brasil foram convocados....para em conjunto colaborarem planos práticos de estudos  e de pesquisas parra servirem à melhor orientação do Ministério da Educação. Um gesto do mais profundo alcance e ao mesmo tempo uma demonstração de espírito público, pelo qual o atual titular da Pasta da Educação se despoja das vaidades do tratamento pessoal dos problemas de seu ministério para lhe dar m vigor e um sabor inteiramente brasileiro.....o livro didático precisas de uma apresentação mais uniforme e uma redução de custo e providências para difusão em larga escala... facilitando-lhe todas as fases, as condições de maior expansão no seio do povo. É m trabalho de grande valor para o Brasil"–  realmente, proposta de grande valor, Mas texto de uma rasgação de seda impressionante, parecendo "matéria paga".         

6-– Passado algum tempo, José Carlos Tenório da Silva foi preso quando assistia a um jogo no antigo Estádio Otávio Mangabeira, mais conhecido por Fonte Nova. Reconhecido por uma de suas vítimas, que chamou a policia, ele jurou ser o goleador Dario, o “Dadá Maravilha” – Dario José dos Santos, que passara por Atlético-MG, Flamengo e Bahia, entre outros –, do qual tinha roubado a documentação fornecida pela então Confederação Brasileira de Desportos-CBD e atual CBF (de Futebol). Mais? Portava, ainda, um talão de cheques roubado do então presidente do Vitória, Carlos Palma – não desistia do crime e nem da bola. E tinha currículo sensacional para ser o goleador do time da penitenciária.

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