Vasco

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terça-feira, 8 de agosto de 2017

OS XERIFES DA COLINA - ORTUNHO -14

Na certidão de nascimento, ele ganhou o nome de Jorge Carlos Carneiro. Para a torcida vascaína, no entanto, era Ortunho. Um apelido incomum para atletas do futebol carioca. Não no Rio Grande do Sul, devido a proximidade do Uruguai. Como havia, por aquelas bandas, um craque com tal denominação e semelhança física com ele, não deu outra. O Jorge trocou de graça.
Nascido, em Porto Alegre, em 1º de outubro de 1935, Ortunho viveu por 69 – até 22 de novembro de 2004. Com a jaqueta cruzmaltina, conquistou dois títulos de campeão estadual, em 1956 e em 1958, embora durante a primeira temporada só tivesse entrado em só uma partida, a última do time no Campeonato Carioca, no empate, pro 1 x 1, com o Olaria, na Rua Bariri. Seu Vasco foi: Hélio, Ortunho, Bellini e Coronel: Laerte e Orlando; Valmir, Livinho, Vavá, Valter Marciano e  e Lierte.
Do segundo título, Ortunho guardou a lembrança de três escalações: na estreia do time, Vasco 3 x 1 Bangu (20.08.1958); nos 4 x 2 sobre o Bonsucesso (25.07.2958) e na escorregada, por 1 x 3, ante o Madureira (03.08.1958).
Nas três partidas do Carioca-1958, Ortunho formou a defesa vascaína, em seu primeiro jogo, com Barbosa, Dario e Bellini. No segundo e no terceiro, a sua companhia na  zaga já foi Viana, que substituíra Bellini –  Écio e Orlando completavam a defensiva da equipe, enquanto os homens de frente  eram Sabará, Almir, Livinho, Wilson Moreira, Vavá, Rubens e Pinga 
 Dirigido pro Francisco de Souza Ferreira, o Gradim que, como ele, ganhou apelido tirado jogador uruguaio, Ortunho foi campeão, também, do Torneio Rio-São Paulo-1958, ainda que com participação mínima: entrou no decorrer da última partida, substituindo Dario, em Vasco 5 x 1 Portuguesas de Desportos (06.-04.1958). Mas marcou uma grande presença durante a conquista do I Torneio de Paris, uma espécie de Mundial de clubes da época, ajudando o Vasco a bater (na bola e no braço), na decisão (14.07.1957) contra o então melhor time do mundo, o espanhol Real Madrid, por 4 x 3.  Dirigido por Martim Francisco, o mesmo técnico do título carioca de 1956, o Vasco da grande conquista teve: Carlos Alberto Cavalheiro; Dario, Viana, Orlando e Ortunho; Laerte e Valter Marciano; Sabará, Livinho, Vavá e Pinga.
Depois do Torneio de Paris, Ortunho ajudou o Vasco a ganhar também, a Taça Tereza Herrera, vencendo, na final, ao Athletic Bilbao, por Vasco 4 x 2, com esta formação: Carlos Alberto, Dario e Viana; Laerte, Orlando e Ortunho; Sabará, Livinho, Vavá, Wálter e Pinga. 

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