Vasco

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sábado, 19 de agosto de 2017

O VENENO DO ESCORPIÃO - O MAIOR ESCROQUE DO IMPÉRIO BRASILEIRO

Há quatro dias, o Paraguai celebrou o seu “Dia da Criança”, em  homenagem aos (entre 700 a 3.500 menores) citados pela história do pais como mártires do campo de batalha, diante de 20 mil brasileiros e argentinos, durante a guerra em que a tríplice aliança Argentina/Brasil/Uruguai dizimou a nação paraguaia.
Sobre o massacre dos garotos, pelos brasileiros, nada partido de seguidores do general paraguaio Solano Lopez merece credibilidade, sem comprovação documental. O homem era um megalomaníaco que desejava, à força, recompor o Vice-Reinado do Prata, reunindo parte da Argentina, do Brasil e o Paraguai, razão pela qual invadiu os territórios argentino (primeiramente) e brasileiro.
De outra parte, não se pode duvidar de nada atribuído a Luís Filipe Gastão de Orleans, o Conde D´Éu, o  maior “escroque” dos tempos imperiais. Tão ruím, ao ponto de arrendar pedreiras que eram dinamitadas nas proximidades do quarto onde a sua mulher grávida passava os maiores sustos. Até alugava casas para transformação em cortiços. Não valia nada.
EMBORA SE ATRIBUA ao Conde D´Éu a ordem de não deixar nenhum paraguaio vivo, bem como familiares e os  que gestassem na barriga da mãe, esta versão não foi encontrada em nenhum documento da época sobre a batlha do  16 de agosto de 1869. Ele teria, também, mandado incendiar uma mata onde paraguaios se escondiam, para queimá-los vivos.  No entanto, o  Visconde de Taunay, que fez parte do Estado-Maior do exército brasileiro durante o conflito, não aliviou o lado do genro do Imperador, colocando-o como um sanguinário matador de crianças.
Recentemente, a Organización Campesina del Norte e  Via Campesina Internacional relembraram o fato e inistiram que Argentina, Brasil e Uruguai foram à guerra contra o Paraguai “obedecendo ao império inglês”, mas revisão  documental comprovou que a Inglaterrra nada teve a ver com isso. Um militante dessas duas organizações, Adriano Munóz, escreveu: “Foi...na madrugada, que as crianças resolveram deixar seus lápis e brinquedos para enfrentar a tropa inimiga...”
NA DÉCADA-1970, o brasileiro José Chiavenato diz, por um livro, que “crianças de seis a oito anos, no ápice da batalha, assustadas, se agarravam nas pernas dos soldados brasileiros, chorando...foram degolados no ato”. 
Imagem reproduzida de www.bing.com

É difícil acreditar que crianças nessa idades troquem os brinquedos pelo fuzil, que não aguentariam carregar.  O livro já era, pois, há uns três anos, a Biblioteca Nacional desmentiu grande parte das informações contidas nele, a partir do achado de novos documentos sobre o conflito, inclusive cartas escritas por Solano Lopes.  
Após o final da Batalha de Acosta Nu, surgiram muitas versões sobre o que teria ocorrido por lá. No Paraguai, fala-se em 3.500 “niños”, de oito aos 15, massacrados  naquele 16 de agosto. Historiadores modernos brasileiros são mais cautelosos e dizem que não sobraram paraguaios vivos para contar nada daquele dia.
ALGO, NO ENTANTO, é certo:  relatos de jornalistas argentinos e europeus contam que os militares brasileiros degolaram muita gente durante o conflito que rolou entre 1864 a 1870, quando as tropas de Dom Pedro II mataram, covardemente, Solano Lopes, que já estava cercado, dominado e sem como fugir.
Se o Conde D´Eu mandou mesmo matar milhares de crianças durante a Guerra da Tríplice Aliança, nem o carrasco nazista Josef Mengele conseguiu fazer isso no campo de concentração de Auschwitz.  É hora de colocar o marido da Princesa Isabel no panteão dos maiores escroques da humanidade.   

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