Há quatro dias, o Paraguai celebrou o seu “Dia da Criança”,
em homenagem aos (entre 700 a 3.500 menores)
citados pela história do pais como mártires do campo de batalha, diante de 20
mil brasileiros e argentinos, durante a guerra em que a tríplice aliança
Argentina/Brasil/Uruguai dizimou a nação paraguaia.
Sobre o massacre dos garotos, pelos brasileiros, nada
partido de seguidores do general paraguaio Solano Lopez merece credibilidade,
sem comprovação documental. O homem era um megalomaníaco que desejava, à força,
recompor o Vice-Reinado do Prata, reunindo parte da Argentina, do Brasil e o
Paraguai, razão pela qual invadiu os territórios argentino (primeiramente) e brasileiro.
De outra parte, não se pode duvidar de nada atribuído a
Luís Filipe Gastão de Orleans, o Conde D´Éu, o maior “escroque” dos
tempos imperiais. Tão ruím, ao ponto de arrendar pedreiras que eram dinamitadas
nas proximidades do quarto onde a sua mulher grávida passava os maiores sustos.
Até alugava casas para transformação em cortiços. Não valia nada.
EMBORA SE ATRIBUA ao Conde D´Éu a ordem de não deixar nenhum
paraguaio vivo, bem como familiares e os
que gestassem na barriga da mãe, esta versão não foi encontrada em
nenhum documento da época sobre a batlha do 16 de agosto de 1869. Ele teria, também,
mandado incendiar uma mata onde paraguaios se escondiam, para queimá-los
vivos. No entanto, o Visconde de Taunay,
que fez parte do Estado-Maior do exército brasileiro durante o conflito, não aliviou
o lado do genro do Imperador, colocando-o como um sanguinário matador de
crianças.
Recentemente, a Organización
Campesina del Norte e Via Campesina
Internacional relembraram o fato e inistiram que Argentina, Brasil e Uruguai
foram à guerra contra o Paraguai “obedecendo ao império inglês”, mas revisão documental comprovou que a Inglaterrra nada
teve a ver com isso. Um militante dessas duas organizações, Adriano Munóz,
escreveu: “Foi...na madrugada, que as crianças resolveram deixar seus lápis e
brinquedos para enfrentar a tropa inimiga...”
NA DÉCADA-1970, o brasileiro José Chiavenato diz, por
um livro, que “crianças de seis a oito anos, no ápice da batalha, assustadas,
se agarravam nas pernas dos soldados brasileiros, chorando...foram degolados no
ato”.
Imagem reproduzida de www.bing.com |
É difícil acreditar que crianças nessa idades troquem os
brinquedos pelo fuzil, que não aguentariam carregar. O livro já era, pois, há uns três anos, a Biblioteca
Nacional desmentiu grande parte das informações contidas nele, a partir do
achado de novos documentos sobre o conflito, inclusive cartas escritas por
Solano Lopes.
Após o final da Batalha de Acosta Nu, surgiram muitas versões
sobre o que teria ocorrido por lá. No Paraguai, fala-se em 3.500 “niños”, de oito
aos 15, massacrados naquele 16 de
agosto. Historiadores modernos brasileiros são mais cautelosos e dizem que não
sobraram paraguaios vivos para contar nada daquele dia.
ALGO, NO ENTANTO, é certo: relatos de jornalistas argentinos e europeus contam
que os militares brasileiros degolaram muita gente durante o conflito que rolou
entre 1864 a 1870, quando as tropas de
Dom Pedro II mataram, covardemente, Solano Lopes, que já estava cercado, dominado e
sem como fugir.
Se o Conde D´Eu mandou mesmo matar milhares de crianças
durante a Guerra da Tríplice Aliança, nem o carrasco nazista Josef Mengele
conseguiu fazer isso no campo de concentração de
Auschwitz. É hora de colocar o marido da
Princesa Isabel no panteão dos maiores escroques da humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário