Viana |
Quando lhe pediram para indicar atletas dispostos a
jogar no exterior, ele arrumou emprego para 11 colegas das canchas cariocas. O
dizer de um sujeito desses? No mínimo, um amigão! Certo? Mas ele
teve um outro título: Super-SuperCampeão. Da temporada carioca-1958.
Umbelino Viana é o nome da fera. Foi reserva do capitão Hideraldo Luís Bellini, mas disputou
três partidas do chamado “SS-58” – 25.07 – Vasco 4 x 2 Bonsucesso; 03.08 –
Vasco 3 x 1 Madureira; 25.10 – Vasco 3 x 3 Bonsucesso –, por duas diferentes
formações armadas pelo treinador Gradim (Francisco de Sousa Ferreira): Barbosa, Dario,
Viana e Ortunho; Écio e Orlando; Sabará, Wilson Moreira, Vavá, Rubens e Pinga,
nos dois primeiros jogos, e, no terceiro, Barbosa, Paulinho de Almeida, Viana e Coronel;
Écio e Orlando; Sabará, Laerte, Delém, Rubens e Pinga.
VIANA NASCEU no mesmo dia consagrado ao surgimento do
Club de Regatas Vasco da Gama, em 21 de agosto, só que ele em 1936, enquanto o
“Almirante” já existia desde 1898.
Um zagueiro regular, era como ele se considerava. “Não sou nenhum cobra”, afirmou à seção “Bate-Bola” da
“Revista do Esporte” Nº 210, de 16 de março de 1963. Mas, quando entrava em
campo, xerifava o pedaço do jeito que Bellini faria. E deixava claro que não
brincava em serviço quando estivesse à serviço da jaqueta cruzmaltina.
Com aquele uniforme, Viana considerava-se bem e mal
pago. Levara só Cr$ 25 cruzeiros, quando juvenil, por empatar com o Madureira
(pouquíssimo, na época) , e Cr$ 15 mil cruzeiros, por vitória sobre a Portuguesa
de Desportos, pelo Torneio Rio-São Paulo-1956 (bela grana, então).
Além do “Super-Super-1958” , o zagueiro Viana
ganhou mais dois títulos importantes pelo Vasco, ambos em 1957, dirigido pelo mesmo
Martim Francisco: em 14 de junho, o Torneio de Paris, na França, e, dois dias
depois, o Torneio Tereza Herrera, na Espanha.
Durante a final do primeiro, pegou pela frente o maior
craque da época, o goleador Di Stefano e outros superastros, como Kopa
e Gento, que não conseguiram dobrá-lo – Vasco 4 x 3. Na segunda decisão, 4 x 2
Atlethic Bilbao, com Martim Francisco escalando: Carlos Alberto Cavalheiro,
Dario e Viana (Brito); Laerte, Orlando e
Ortunho (Joaquim Henriques); Sabará,
Válter Marciano, Livinho, Vavá e Pinga, sem substituições na segunda
partida.
Bellini |
MESMO COM AQUELE sucesso, Viana entendia que o seu
lugar pertencia a Bellini, que não participara da conquista. Era uma prova da
sua afirmação de a sinceridade era a sua maior virtude. “Pode ser que o nosso
futebol seja igual... mas ele (Bellini) é grande e o meu lugar é na suplência”,
declarou à “Revista do Esporte” de Nº
104, de 4 de março de 1961, indo além em
sua admiração pelo colega: “É, verdadeiramente, o grande capitão, com todos o
chamam. Sua presença em qualquer equipe é sinônimo de tranquilidade. Acho que,
tão cedo, o Vasco não arranjará um capitão igual a ele”, imaginava.
Viana tirava o chapéu para o capitão cruzmaltino, mas estava de olho
na vaga de titular. Brito estava chegando, mas ele entendia que, se Bellini
saísse, a vaga seria dele. “Mas não posso deixar de reconhecer que o Brito é um
zagueiro de respeito e que ainda chegará à Seleção Brasileira”, ressaltou e
acertou.
VIANA ERA O TÍPÍCO jogador do qual o Vasco não abria mão. São Paulo, Atlético Mineiro,
Bahia e Guarani de Campinas-SP quiseram levá-lo, mas a “Turma da Colina” não o
liberou, pois o via como “um bom reserva” para Bellini. E, se tivesse saído,
talvez, não desse certo. A saudade de São Januário não o deixaria ficar por
muito tempo longe. Dizia, abertamente.
Lançado no time principal vascaíno por Martim Francisco, ele teve boas atuações
durante as temporadas de 1957/58/59, mas a imprensa carioca apostava, no início
de 1961, que ele havia encerrado o seu ciclo no Vasco, o que, realmente,
aconteceu. Deixou São Januário e passou
pelo paulista Noroeste de Bauru-1961 e o Campo Grande-RJ, entre 1962 a 63.
Meu amigo Viana trabalhamos juntos por muitos anos de segurança do mercado continente meu nome é Mendes sou tenente da reserva da PMERJ saudoso Viana.
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