Se
a saída de Ademir Menezes e a entrada de Paulinho de Almeida no comando técnico
vascaíno melhorou o clima na Colina, não foi assim para todos os jogadores. O
meia uruguaio Danilo Menezes chegou a ser desligado da delegação que
excursionou a Goiânia, entre 10 a 12 de setembro de 1968, acusado de atuar com
má vontade, em Vasco 1 x 2 Vila Nova (após Vasco 2 x 1 Goiás).
Danilo havia
sido escalado fora de sua posição, a meia (era um típico camisa 10), para
jogar pela ponta-esquerda, sem nenhuma característica para o setor. Paulinho de
Almeida tinha em mente testar o meio-de-campo com Alcir e Benetti – em 1968,
dois homens no setor ainda era muito usado no futebol brasileiro – e terminou
arrumando todo aquele rolo.
Por ter
jogado mal, Danilo Menezes foi cobrado por Paulinho, não gostou e alegou
não poder render o mesmo que estava acostumado a mostrar, fora de sua posição.
O chefe, porém, não se comoveu.
DURANTE AS VOLTAS que o mundo faz, naquele mesmo 1968, Danilo foi peça importante no
time que o treinador Paulo Almeida Ribeiro levou
a vice-campeão carioca, após um começo de disputa muito enrolado – Pedro Paulo;
Ferreira (Jorge Luís), Brito (Sérgio), Fontana (Fernando) e Eberval (Lourival);
Buglê e Danilo Meneses (Alcir, Benetti); Nado, Nei (Adílson), Valfrido
(Bianchini) e Silvinho eram os jogadores da época.
Danilo reproduzido da Revista do Esporte |
Como
Danilo sentia uma fisgada na coxa esquerda, o diretor Iraci Brandão
aproveitou o fato e o mandou de volta ao Rio de Janeiro. No rolar da
“crisinha”, Danilo Menezes acusou Paulinho de Almeida de, nas derrotas, culpar
os jogadores.
Uruguaio, de cidade de Rivera, Danilo nasceu o caçula de oito
irmãos. Começou a carreira por um pequeno time de sua terra, chamado Oriental,
quando tinha 16 de idade. Sem demora, foi levado pelo Nacional, de Montevidéu,
ficando no clube tricolor da capital por quatro temporadas.
Em 1965, Danilo Menezes pintou em São Januário e esteve
vascaíno até 1972, quando foi, juntamente com o então também vascaíno Maranhão,
para o ABC, de Natal, clube alvinegro pelo qual foi eleito o camisa
10 do Século 20. Também, mereceu a biografia “O Último Maestro”, escrita, em
2000, pelo jornalista Rubens Lemos Filho.
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