Vasco

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domingo, 14 de janeiro de 2018

FUXICOS DA COLINA-13 - OS SEM CANECOS

Buglê, em foto do álbum do atleta, foi
um dos banidos.... 
Entre 1959 e 1969, os times do Vasco da Gama passaram todo este tempo sem conquistar o título do Campeonato Carioca. Três razões eram apontadas como causas: 1 - falta de sorte; 2 – arbitragens prejudiciais: 3 – política interna. Dizia-se que o Vasco érea imenso por fora e pequeno por dentro.
 Sobre esta crítica, quem a sustentava chamava atenção para um fato: em 32 anos de Federação Carioca de Futebol, todos os filiados já tiveram gente sua dirigindo o Departamento de Arbitragens, menos os vascaínos.
Concordava-se que os chefes de arbitragens influíam em favor dos seus clubes, embora não ostensivamente. E lembravam que a “Turma da Colina” contava com árbitros seus torcedores – José Gomes Sobrinho, Gualter Gama de Castro, Gualtr Portela Filho e José Mário Vinhas –, mas estes eram repudiados pelo clube, por tentarem provar que eram isentos e terminavam  prejudicando o clube.
 Dentro desses casos, citava-se a anulação de um gol marcado por Pinga, durante a decisão do título estadual de 1958, quando bastava empatar com o Botafogo, após mandar 2 x 0 no Flamengo. Gualter Gama de Castro o anulou e depois admitiu que errara, levando a rapaziada a uma nova rodada decisiva (que acabou em título).
Barbosinha, segundo da esquerda para a direita,
também foi dispensado
 Pelo lado político, criticava-se o Vasco por não ter um Conselho Deliberativo formado pelas suas figuras mais representativas, bastando ser parente do amigo do amigo de um membro influente, ou de conselheiro, para ingressar na patota, como “eleitores de cabresto”.
Assim, os períodos eleitorais influenciavam, negativamente, a atuação dos jogadores, sendo que muitos deles entravam nas escaramuças politicas, levados pelos “cardeais”.
 Sobravam críticas, também, para jogadores considerados líderes, como os defensores Brito e Barbosinha, acusados de fazerem a cabeça de companheiros de menor importância no grupo, durante renovações de contratos, tornando tudo mais difícil.
 Em razão desses fuxicos, em sua volta como diretor, 27 anos depois, o ex-presidente Cyro Aranha afastou 16 jogadores, entre eles Brito, Barbosinha, Buglê e Nei Oliveira, que seriam titulares na maioria dos times brasileiros. O Vasco era um caldeirão que fervia muito. Só voltou a ser campeão estadual em 1970.
   

 

 

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