Reprodução da revista "O Cruzeiro" |
1 – ser uma espécie
de irmão mais velho da moçada e promover as promessas, dizendo conhecer bem a
turma da base; 2 – armaria o time no esquema tático 4-3-3 e seguiria cuidando
das equipes inferiores, com carta branca do presidente João Silva; 3 – via o
time com os mesmos defeitos de oito temporadas anteriores e mudaria aquilo; 4 –
cobraria organização tática, mas daria liberdade de criação aos atletas; 5 –
concentração só nas vésperas de partidas, de preferência, em São Januário; 6 – visitas às residências dos subordinados,
para saber como eles viviam e do que estavam precisando; 7 – repetir seus
treinadores Ondino Viera e Flávio Costa, que promoviam a chamada “hora do
caroço”, uma conversa franca com o grupo; 8 – ninguém seria obrigado a vencer,
mas a lutar pela vitória; 9 – queria disciplina, entusiasmo e compreensão
quando tomasse medidas que não agradassem a todos.
Ademir acusou Gentil de não varrer erros antigos e nem
organizar o time, taticamente. Mas estreou, cinco dias depois, levando 1 x 2, do “pequeno” Campo Grande e com o
gol vascaíno, de pênalti, batido
pelo zagueiro Brito. Nos segundo e terceiro jogos, novas derrota, pelo mesmo
placar, ante o Fluminense e o Bonsucesso.
Vieram dois clássicos e o
Vasco da Gama de Ademir Menezes respirou, com 2 x 0 Botafogo e 4 x 0 Flamengo. Parecia ter colocado o time nos eixos, após três quedas. Parecia! Se Gentil Cardoso
tivera três vitórias, um empate e duas derrotas, Ademir Menezes só conseguiu aqueles dois triunfos.. Cartel insuficiente para ficar para 1968, quando o
seu colega de time e lateral-direito Paulinho de Almeida o substituiu.
BARCA – A chegada de
Ademir Menezes ao comando do grupo principal vascaíno foi marcada pelo rebuliço
de uma anunciada proscrição de vários atletas, entre eles ídolos da torcida,
como os “xerifões” Brito e Fontana.
Brito e Fontana, ídolos marginalizados |
Com 14 temporadas em São Januário, Brito
pediu ao Vasco para negociar o seu passe, que
interessava a Santos, Palmeiras e Cruzeiro, entre outros, e não usar mais a
braçadeira de capitão. A Ademir Menezes, fez a acusação de ignorá-lo, fingindo
não conhecê-lo, e a outros companheiros. As queixas foram pelo final de 1967, e
o seu contrato iria até julho de 1968.
PARCEIRO de Brito na zaga vascaína,
o viril Fontana, também, considerou-se injustiçado por Ademir
Menezes. Quando foi afastado do time, recebeu propostas de Cruzeiro e
Atlético-NG, e do Flamengo, mas não forçou a sua saída do Vasco, por ter
situação financeira tranquila, negócios no Rio de Janeiro e ser
fazendeiro no município capixaba de Linhares.
A queixa maior de Fontana foi ter sido expurgado quando estava fora do time, recuperando-se de contusão, sofrida
durante a última partida da Taça Guanabara-1967, contra o América. Para ele,
fora envolvido em fofocas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário