Como Paulinho de
Almeida não conseguira títulos, durante a temporada-1968, embora tivesse
recuperado o futebol do time, que terminou vice-campeão carioca, o Vasco o
dispensou e começou 1969 com o seu futebol entregue a um outro ex-ídolo da
torcida, o antigo meia e ponta-esquerda Pinga, isto é, José Lázaro Robles.
Pinga, reproduzido de www.osgigantesdacolina é o último.agachado á direita |
Era acusado de não saber dialogar com a sua rapaziada. “Pinga conhece futebol, mas não se fazia entender pelos jogadores”, disse à imprensa o presidente vascaíno, Reinaldo Reis.
REALMENTE, Pinga era de pouco falar. Em vez de ir embora de São Januário, aceitou ser auxiliar técnico do sucessor Evaristo de Macedo.
Para muitos, a troca de Pinga por Evaristo
não surpreendia. Este último já estava no clube, atuando como supervisor,
organizando o departamento de futebol, mas imaginava-se que, na verdade, estava
à espera de assumir o comando da equipe, pois Pinga só dirigira os amadores
vascaínos, enquanto ele era visto pelo presidente Reinaldo Reis como um “homem
tarimbado”.
Quando supervisor, Evaristo traçou planos e
organogramas, e observou, detidamente, o trabalho de Pinga. Quando o Vasco
perder dois amistosos, na Venezuela, veio a primeira crise para Pinga encarar.
Logo falaram de sua demissão e da substituição por Evaristo. Mas não rolou.
Evaristo fez questão de dizer que a sua missão em São Januário era bem outra.
CAMPEONATO CARIOCA-1969 - Pinga seguiu dirigindo a rapaziada. Das tribunas, os cartolas seguiam o criticando por falar pouco. Achavam que, daquele jeito, não seria possível orientar o time. E o jogaram no ralo.
Pinga caiu, invicto: 1 x 0 São Cristóvão; 1 x 1 Bangu; 2 x 1 Olaria; 1 x 0 Portuguesas e 0 x 0 Bonsucesso. Em 13 de abril, Evaristo estreou, nos 2 x 2 América, mas não fez grande campanha pelo restante da disputa – 1 x 2 e 0 x 0 Fluminense; 0 x 1 e 2 x 0 Botafogo; 0 x 3 e 1 x 1 Flamengo; 1 x 2 Bangu; 6 x 0 Madureira; 4 x 0 Campo Grande; 3 x 1 Portuguesa, 0 x 0 Bonsucesso e 1 x 0 América.
No mesmo 1969, Paulinho de Almeida voltou e o substituiu. Para
depois ser substituído por Célio de Souza. O Vasco do final da década-1960 era
uma máquina de moer treinadores.
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