Vasco

Vasco

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO - PAÍS DO REPETECO FICA BEM ALI NA ESQUINA

O Brasil é um país que se repete muito. Inclusive, nas gírias baianas. Por exemplo, “campado”, sinônimo de “tá lascado, tá frito, tá na pior”, muito usado na  década-1960, está de volta. Vejamos no parágrafo abaixo.
Digamos que a recente eleição presidencial do Vasco da Gama, de certa forma, lembre a República brasileira. Longe, evidentemente, de comparar Eurico Mirnda, Júlio Brant e Alexandre Campello  com Getúlio Vargas, o general Eurico Dutra e o brigadeiro Eduardo Gomes. Oxente!
Como rola isso? Primeiramente, o rolo começou na Bahia, por terem achado o Brasil, por lá, oficialmente, em 1.500.  Passados, 517 temporadas, Eurico e Brant foram às urnas, e o primeiro saiu do furdunço  declarando-se dono da capitania hereditária de São Januário. No meio do caminho, rolaram acusações de irregularidades cometidas pelo situacionista, depositadas numa tal de “urna 7”.  Este, no entanto, continuou sentado em sua velha cadeira de cacique da Colina.
Eurico Dutra virou o jogo com a
providencial  ajuda de Getúlio......
Ante a reação de Brant, o caso foi parar na Justiça comum que tirou do lance a tal urna, onde estariam os votos dos associados de última hora, favoráveis ao “Homem do Charuto”, como os rivais chamam o fumante Senhor Miranda, um cadilho na política esportiva.
 Coincidentemente, de 1930 para cá, o Vasco e a República passaram por golpes, contragolpes, deposições, renúncias, enfim, mil armações. Se Getúlio Vargas teve 15 temporadas ininterruptas no poder, Eurico chegou a 12. Ajudando a eleger Campello, chegará a 15, também. Semelhança?
Pois bem!  Enquanto Vargas impôs o seu Estado Novo que começara durante o auge do nazismo e do fascismo, na década-1940, os vascaínos viveram grandes momentos pela época da Ditadura dos nossos generais-presidentes, vencendo um Campeonato Brasileiro (1974) e três Estaduais (1970/77/82), além de um Toneio-Rio-São Paul (1966) – antes, na era getulista, havia sido campeão sul-americano.
 Veio um dia, então, em que Eurico caiu e o “ex-matador” e ainda maior ídolo da torcida vascaína, Roberto Dnamite, o expulsou de São Januário, por oito temporadas. Este mesmo dia foi vivido por Getúlio, por culpa de um complô envolvendo até o  general Góes Montiero, seu velho colaborador.
 Enquanto Getúlio dançava, os “coronéis” Juracy Magalhães, Juarez Távora e Virgílio de Melo Franco armavam uma contra-dança para um sujeito “bonito e solteiro” aglutinar forças contra o Estado Novo. Até que o carinha começou a emplacar, lotando comícios, enquanto o adversário Eurico falava para quatro moscas e duas formigas.
 Pressionado a retirar a sua andidatura, entre outros, pelo governador mineiro Benedito Valadares, o general foi duro, como um mato grosso: “Não pedi para entrar nisso, agora não saio”. E Getúlio foi obrigado a apoia-lo. Além de um futuro deptuado (pelo PTB) Hugo Borghi ter tido a santa picaretagem (para a turma dele) de espalhar que o brigadeiro dispensava os votos dos marmiteiros – entenda-se, trabalhadores pobres.
...e Eurico Miranda passou a rasteira em Brant via Campello. 
 Na recente eleição vascaína, impuganada a “urna 7”, Júlio Brant levava para o Conselho Delibertivo a maioria dos votos, quatro vezes mais do que Eurico. Era o Eduardo Gomes contra o Eurico Dutra do início de campanha presidencial republicana. Coincidência?
Rola a bola e Brant desentendeu-se com Alexandre Campelo, que seria seu vice, a poucos dias do pleito. Este este costurou o apoio da turma do Eurico, o do charuto, e virou a dança, com um golpe de mestre (para a sua patota) .
Qualquer coincidência com a semelhança é mera realidade. Vasco da Gama e  República ‘brasuca’ estão nessa. Os Eurico que o digam.  Um foi eleito com a ajuda de um ditador e o outro ditou a eleição de um sem chance – deixaram, na história, Gomes e  Brant “campados”.       
FOTO DUTRA 'DIVUGAÇÃO' E EURICO WWW.NETVSCO.COM.BR
           

     

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário