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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

OS ARQUEIROS DA COLINA - 2 - RODRIGUES

Rodrigues, na verdade, era Rodriguez
A turma de jovens torcedores vascaínos não conhece Rodrigues. Mas os pesquisadores o colocam em alta conta. Filho de Mariano Rodriguez e de Carmem Fornes Rodriguez, o antigo goleirão vascaíno nasceu no bairro do Belenzinho, em São Paulo, em 3 de setembro de 1915.
Pergunta-se: se ele era filho de espanhóis, da família Rodriguez, porque era Rodrigues? O mistério só foi descoberto quando um diretor da Portuguesa de Desportos, ao ler, com atenção, uma renovação de contrato do atleta, observou que ele assinara Rodriguez. Rodrigues era aportuguesamento, por conta dos repórteres. E, como não lhe fazia mal algum, ele foi deixando, aceitando. Afinal, era brasileiro.

 
 Gabriel Rodriguez, o Rodrigues, foi buscado, pelo Vasco, na também lusitana Portuguesa de Desportos. Em 1945, ajudou a Turma da Colina” a carregar caneco e faixa para São Januário. Era o primeiro título do “Expresso da Vitória”, que começara a ser colocado nos trilhos, em 1942, pelo presidente Cyro Aranha. Três anos depois, quando o chefão já era Jaime Fernandes, e o comandante da rapaziada o treinador uruguaio Ondino Viera, que aqui ficou sendo Vieira, o goleiro Rodrigues foi peça importante na conquista dos dois turnos, disputando 12 dos 18 jogos como titular. Sofreu a média de 0,8 gol por partida, excelente, para uma época em que os artilheiros eram mais do que impiedosos.
Rodrigues, Augusto da Costa e Rafagnelli; Berascochea, Ely do Amparo e Argemiro; Djalma, Ademir Menezes, Lelé (Jair Rosa Pinto) e Chico Aramburo era o fantástico time-base vascaíno que marcou 58 gols no Campeonato Carioca-1945 – sofreu 15. Rodrigues assumiu o posto de titular a partir do empate com o América (1 x 1), em 26 de agosto, a quatro jogos do final do turno. Antes, a camisa 1 estivera vestida por Barqueta, Martinho e Castro. Em 1946, Rodrigues já era passado em São Januário. A sua vaga passaria para aquele que é considerado o maior goleiro da história do Vasco, o também paulista Moacyr Barbosa.
O início da carreira de Rodrigues foi, em 1935, pelo Clube Atlético Paulista, o ex-Antarctica. Na temporada seguinte, já estava na Portuguesa de Desportos, que defendeu até 1942. Mas poderia ter saído, em 1938, para o Fluminense, a pedido do mesmo Ondino Viera, que o tivera na Colina, segurando a lenha na caldeira do“Expresso”.
                                        Foto reproduzida de "A Gazeta Esportiva".
 

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